É uma coincidência, mas a baixaria só beneficia o Serra
O Conversa Afiada recomenda sugestão de navegante para ir ao site “anti-tucano”:
A campanha Dilma descobriu a pólvora.
Ivo Pugnaloni
“Alguém está usando e-mails falsos para denegrir a candidata de Lula!”
Ora, que novidade!
Francamente, não foi por falta de aviso.
O “Império” já fez isso e muito pior nas eleições na Venezuela, na Ucrânia, na Moldávia, na Romênia, no Irã e mais recentemente na Colômbia, onde ficou célebre o “mago indiano Ravi Singh”…
Aquele, que por sinal, já andou por aqui, na campanha Serra, mas que “não funcionou” e foi mandado embora ( mas sobre o qual agora muita gente estará pensando: “será que ele não funcionou mesmo?” )
E-mail falso é coisa antiga, mas muito eficiente.
Até a campanha de Obama foi gravemente ameaçada por essa tática básica.
Mas lá nos EUA a política não é uma brincadeira.
E ninguém se impressiona mais com “gênios” e “gurus”, que mandam você fingir que não está acontecendo nada e o que vem de baixo não te atinge.
Para combater as mentiras vindas do submundo, sem assinatura, a campanha Democrata criou uma página oficial de desmentir baixarias.
Simples assim: ao apócrifo, Obama respondeu com o Oficial, o assinado, o verdadeiro.
Nela, em vez de receber em seu computador e-mails falsos com baixarias, os usuários eram convidados, nas inserções de televisão da campanha de Obama, a visitar um site onde já encontrava uma coleção das calúnias, vídeos, documentos e fotos falsificadas que os republicanos espalhavam sobre ele.
A coleção de calúnias era aumentada todos os dias com a contribuição dos usuários, que eram convidados a enviá-las, de preferência com os e-mails que vieram junto com a mensagem.
Junto, no site, havia o desmentido oficial, as provas da falsificação e ainda um grande e enfático pedido ao usuário que retransmitisse o desmentido para o maior numero de internautas.
Tudo isso sem nenhuma observação do tipo “spam é feio, indelicado e politicamente incorreto”…
Foi assim que operou Obama, desmistificando, tirando o ar de “segredo”, de verdadeira “revelação”, da informação falsa que “misteriosamente” chegava ao e mail individual de cada usuário.
E você sabe, para o iniciante de internet, o que é “misterioso” tem valor…faz quem recebe a informação parecer único, especial, superior, diferente da massa que apenas vê TV…
A campanha Dilma teria percebido isso mais cedo e tomado essa providencia básica, de criar um site de desmentido, se não estivesse contaminada por três erros.
O primeiro erro é o clima de “já ganhou” ,não da candidata que leva tudo bem a sério, nem da direção, mas da própria militância, contaminada compreensivelmente talvez pelo comodismo natural da campanha midiática e pelos institutos de pesquisas, que podem ter inflado os índices para cima, atrapalhando mais o trabalho político do que quando os põe para baixo.
O segundo erro é acreditar muito no efeito da TV, veículo cuja credibilidade vem sendo erodida diariamente, esquecendo de convidar a militância ( não a paga, mas a voluntária) para a discussão nas ruas, para a panfletagem, para as portas de fábricas, para os terminais de ônibus.
O terceiro erro foi achar que o email é “coisa do passado”e que a moda agora é o twitter, as redes sociais e parafernálias a que a grande massa de internautas não tem acesso por serem ainda muito complicadas.Acontece que a maioria da população e principalmente a nova classe C só comprou seus computadores há poucos anos ou até meses.
Assim, a grande massa de usuários, não consegue ainda usar e ter acesso às complicadas ferramentas que os entendidos acham “o must” e recomendam, em lugar do “ultrapassado e mail”…
Quem pensa assim, e esquece que essa enorme massa consegue perfeitamente receber e mails falsos com links que a levam a vídeos falsos contra a Dilma no Youtube, pois seus endereços podem ser captados facilmente por sistemas de inteligência dedicados a obter e mails válidos na internet.
Afinal, se isso fosse difícil, não receberíamos dezenas de e mails por dia, anunciando “milhões de e mails válidos para a sua empresa vender mais”.
Essa terceira praga espalhou um tipo de “bom-mocismo” irracional, ingênuo e despolitizado entre a militância da campanha Dilma, dizendo coisas como:
1. “Mandar e mail para quem você não conhece é feio e isso não deve ser usado, pois isso é spam e o spam é politicamente incorreto” ( mas o outro lado pode mandar dezenas de spams por dia para a minha caixa..)
2. “O e-mail é coisa do passado, a moda é o twitter e as redes sociais”, ( na verdade só uma minoria de internautas usa essas coisas, mas com várias identidades, principalmente para paquera, dando a impressão que são muito mais usuários do que realmente são );
3. “Não adianta a campanha fazer vídeos desmentindo boatos, pois fazendo assim nós estaríamos entrando no mesmo nível dos adversários. O melhor é fingir que não está acontecendo nada e cada um fazer seus próprios vídeos e colocar no Youtube,de preferência engraçados, para se tornarem “virais” ( sem comentários…)
Esses conceitos, copiadas de algum livro escrito pelo mais novo sabichão da moda “nos States”, desarmou nossa militância, deixando-a pensar que sozinhos, os blogs particulares de abnegados jornalistas e militantes de esquerda, o twitter e os facebook da vida resolveriam o problema e conseguiriam fazer frente à mídia pró-Serra, que tem mais de 60 anos de experiência em dar golpes de estado e fazer oposição com tecnologia.
Para tentar recuperar os estragos não é difícil. Mas exige determinação e urgência:
a. Colocar no ar, imediatamente uma página de desmentidos, do tipo “É mentira deles!”, parecida com a do Obama.( por falar nisso: o PT não havia contratado uns especialistas da campanha do Obama? Onde eles andam? Que dizem?)
b. Divulgar o endereço de internet da página “É mentira deles” em todos os cartazes, folhetos e “santinhos” da campanha e principalmente, na campanha de TV e rádio, dizendo que só desesperados e gente sem proposta, que quer ganhar a eleição a qualquer custo, faz aquilo.
c. Usar o enorme tráfego que isso irá gerar para essa página, para mostrar, na condição de vítima das calúnias e do bloqueio da mídia, todas as propostas de Dilma, em detalhes, e principalmente os números e as realizações do governo Lula, que a mídia golpista esconde há oito anos.
No tempo do movimento para depor Sarney e dar o golpe tipo Honduras com Perillo e Gilmar Mendes, o senador Mercadante se queixou que “não agüentava mais a pressão de seus eleitores pelo Twittwer”.
No Irã, mensagens falsas dizendo “Pai, estou cercada na praça, venha rápido!”, atraiam milhares de pais desesperados para suas “manifestações espontâneas contra a fraude eleitoral”, onde se viam no meio de bombas e de correria…
Até quando vamos acreditar que informática é um convento de freiras e que tudo ali é real e verdadeiro?
Até quando vamos deixar de levar em conta que quem criou toda essa tecnologia tem condição de dominá-la a tal ponto de com não mais que dez pessoas conseguir automatizar procedimentos de envio que são feitos aos milhões e disseminados, na ponta, às centenas, por milhares de militantes reais da direita?
A revolução não será nem televisionada nem twittada, pessoal!
Chega de acreditar em Papai Noel e só em TV e apenas na militância virtual!
Vamos convocar para as ruas a militância consciente e organizada, como fazíamos no passado, pois a maioria de nós só espera um chamado, uma hora e um local, que nunca vem!
Vamos colocar o bloco na rua, nos pontos de ônibus, distribuindo folders com a comparação Lula x FHC, as propostas de Dilma e com o endereço da nossa página de desmentidos, a “É mentira deles”, ou qualquer outro nome que os marqueteiros queiram dar.
Temos que fazer do limão da calúnia uma limonada e um autêntico tiro no pé para eles.
E rápido!
Fonte: Paulo Henrique Amorim
Companheirada, estou muito preocupado com a releição da Governadora Ana Júlia, principalmente pela falta de organização e humildade da coordenação de campanha. No dia da eleição não tivemos nenhum fiscal, enquanto os tucanos lotaram as seções com fiscais e boca de urna. Na campanha era mais fácil conseguirmos material do Puty do que da Ana. Agora pouco, fiquei sabendo que o fraquissimo André Farias será substituido pelo antipático e também não menos fraco Marcílio Monteiro na Coordenação da campanha. Deste jeito é melhor jogarmos a toalha, será que a Governadora ainda não se tocou que os principais culpados pela sua grande rejeição são os irmãos Monteiros juntamente com o Puty, Edilson Rodrigues e André Farias. Precisamos de um coordenador que agregue todas as tendências, ou quem sabe mais de um coordenador. No meu ponto de vista as pessoas ideais para tentar retirar da UTI a campanha seria o Charles Alcantara, a Edilza, o Ganzer e o Everaldinho.
ResponderExcluirSorte para todos nós.