segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Mais desigualdade, mais violência! : 1% mais rico terá mais que todo o resto, alerta novo estudo

Da bbc - via DCM

 
O 1% mais rico em breve possuirá mais do que o resto da população do mundo, de acordo com um estudo realizado pela Oxfam, entidade internacional dedicada a combater a desigualdade social.

O avanço da desigualdade
Uma pesquisa da Oxfam divulgada hoje mostra que a participação da riqueza do mundo do 1% mais rico aumentou de 44% em 2009 para 48% no ano passado.
Mantidas as tendências atuais, a Oxfam diz que o 1% mais rico vai concentrar mais de 50% da riqueza 
do mundo em 2016.
A pesquisa coincide com o início do Fórum Econômico Mundial em Davos, encontro que reúne líderes políticos e empresariais de todo o mundo.
A diretora executiva da Oxfam Winnie Byanyima, que vai copresidir o evento de Davos, disse que usará o encontro para exigir uma ação urgente para diminuir o fosso entre ricos e pobres.
A escala de desigualdade global hoje, segundo ela, é “simplesmente estarrecedora”.

Se já tinham alguma desconfiança, os ricos brasileiros e seus blogueiros de estimação agora é que vão ter certeza mesmo de que Barack Obama é comunista.
Na contramão das medidas econômicas recessivas que vêm sendo estudadas pelo governo Dilma 2, o presidente dos EUA vai anunciar nesta terça-feira, em seu discurso anual sobre o Estado da União, que enviará projeto ao Congresso com proposta que prevê aumentar os impostos dos mais ricos e dos bancos e, ao mesmo tempo, desonerar a carga tributária da classe média.
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, novo "czar" da economia brasileira, poderia aproveitar sua viagem esta semana a Davos, na Suíça, onde representará nosso país no Fórum Econômico Mundial, para perguntar aos seus colegas americanos como é possível fazer um "ajuste fiscal", tirando de quem 
tem mais e vive da especulação financeira, para beneficiar quem vive apenas do seu trabalho, ao contrário do que o ministro vem planejando por aqui.
O "Plano Robin Hood" de Obama prevê um aumento da arrecadação de US$ 320 bilhões nos próximos dez anos, com a maior taxação de grandes bancos, casais que ganham mais de US$ 500 mil por ano e cobrança de impostos sobre heranças _ algo simplesmente fora de cogitação dos ajustes de Dilma-Levy.
De outro lado, a proposta do governo americano prevê uma desoneração de US$ 175 bilhões dos impostos pagos pela classe média no mesmo período, segundo notícia publicada nesta segunda-feira no New York Times, venerável publicação que, perto dos jornalões brasileiros, deve parecer um perigoso porta voz do socialismo, a ameaçar a liberdade de expressão em todo o mundo.
O principal jornal americano já prevê que Obama "vai enfrentar forte resistência num Congresso agora controlado pelo Partido Republicano", o equivalente, mal comparando, ao nosso PSDB.
O mais curioso e triste para nós é que Obama, que perdeu as últimas eleições parlamentares nos Estados Unidos, mostra coragem para enfrentar a oposição republicana, mesmo estando em minoria, enquanto Dilma Rousseff, que acabou de vencer as eleições gerais no Brasil, com ampla maioria no Congresso Nacional, faz exatamente o contrário, para agradar ao mercado.
Até agora, mesmo com a presidente se mantendo em ensurdecedor silêncio desde que tomou posse no segundo mandato, há 19 dias, seus ministros e assessores só vêm anunciando medidas que oneram a classe média, como o aumento dos impostos de profissionais liberais e prestadores de serviço que formaram pequenas empresas na forma de pessoas jurídicas, mais conhecidos por "PJ", além de restringir o acesso a benefícios sociais e liberar o aumento de tarifas.
Chega agora a cheirar a ironia a ameaça feita por tucanos emplumados, às vésperas da eleição de outubro, de que deixariam o Brasil se Dilma se reelegesse. Para quê?
Bom mesmo é ficar rico no Brasil, ir às compras e investir em imóveis nos Estados Unidos, sem nenhuma ameaça de taxação das suas fortunas. Tem lugar melhor no mundo para ser banqueiro ou herdeiro que vive de rendas? Quando começa a faltar água e luz, é só pegar um avião, de preferência um jatinho particular, e ir para suas casas em Punta ou Miami. Seu rico dinheirinho estará garantido pelo nosso fisco camarada, e não tem nenhum Obama que o ameace.
E vamos que vamos.

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