Réu no Supremo Tribunal Federal por corrupção, evasão de divisas e lavagem de dinheiro por meio de várias contas secretas na Suíça, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), é retratado pela revista Época, do grupo Globo, como "O senhor impeachment", como se ele tivesse força para liderar qualquer iniciativa golpista – e isso sem falar no fato de que duas decisões recentes do Supremo Tribunal, concedidas pelos ministros Teori Zavascki e Rosa Weber, travaram seus movimentos; no entanto, para Época, é Cunha "quem conduz o ritmo do futuro político do País".
247 – O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), é um cadáver político.
Réu no Supremo Tribunal Federal por corrupção, evasão de divisas e lavagem de dinheiro, ele escondeu, por meio de suas contas secretas na Suíça e empresas offshore, um patrimônio estimado em R$ 61 milhões pela Procuradoria-Geral da República.
No entanto, para a revista Época, do grupo Globo, ele é, na reportagem de capa desta semana, "o
senhor impeachment", como se tivesse força e moral para liderar um golpe contra a presidente Dilma Rousseff.
Nesta semana, duas decisões do Supremo Tribunal Federal, tomadas pelos ministros Teori Zavascki e Rosa Weber, travaram o rito do golpe que havia sido negociado por Cunha com a oposição. De um lado, Teori determinou que não cabe recurso do plenário em processos de impeachment.
Ou seja:
caso queiram levar adiante o projeto golpista, ele terá que ser liderado por Cunha – o que significaria a desmoralização completa do golpe. Rosa foi além e impediu que o deputado tome qualquer
iniciativa antes da manifestação do plenário do STF.
Para Época, porém, Cunha é "quem conduz o ritmo do futuro político do País" (leia aqui um trecho da reportagem). Nada mais distante da realidade.
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