Gilson Sampaio
Nossas elites têm horror a tudo que seja nativo. Vivem se gabando de comprar contrabando na extinta Daslu e agora na Tãnia Bulhões, também é feita de trouxa quando se jacta de beber somente água importada dos alpes suíços … de São Lourenço.
Dizem os pensadores que a água será motivo de muitas guerras num futuro não muito longínquo. Em Honduras, privatizaram os rios e as demais águas.
É bom ficar de olho no aquífero guarani.
Proteger a água como bem público
por deputados do Parlamento Europeu
Declaração escrita sobre a proteção da água como bem público apresentada ao Parlamento Europeu em 10 de Novembro de 2010 pelos pelos deputados Giommaria Uggias (Italia), François Alfonsi (França), Véronique De Keyser (Bélgica), João Ferreira (Portugal) e Niccolò Rinaldi (Italia).
Para ser aprovada e constar como uma posição do Parlamento, a declaração precisa de recolher um mínimo de 369 assinaturas de deputados.
Apela-se aos deputados europeus para subscrição desta declaração e convidam-se os visitantes do portal a enviar também este apelo.
Texto da Declaração: O Parlamento Europeu,
– Tendo em conta o artigo 123.º do seu Regimento,
A. Considerando que as Nações Unidas reconheceram o direito humano universal à água e ao saneamento (Resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas A/64/L.63/Rev.1),
B. Considerando que muitos cidadãos europeus não gozam do direito à água como "um bem comum para a humanidade" (Resolução P6_TA(2006)0087), devido à privatização e à mercantilização da água,
C. Considerando que a privatização conduziu à desigualdade e à exclusão, levando muitas vezes a aumentos sensíveis das tarifas da água, ao excesso de fugas nas redes de distribuição, a interrupções do fornecimento e a uma gestão pouco fiável, de tal forma que, em alguns casos, a gestão dos serviços regressou ao sector público,
1. Reitera que "a gestão dos recursos hídricos não deve ser sujeita às regras do mercado interno" (Resolução P5_TA(2004)0183);
2. Solicita às instituições europeias e aos Estados-Membros que desenvolvam todos os esforços para garantir que a totalidade dos cidadãos, sem exclusões, possa gozar do direito à água e ao saneamento;
3. Insta a Comissão a rever a legislação pertinente, em especial no que diz respeito à contratação pública e às concessões, a fim de garantir que a propriedade e a gestão da água, bem como das empresas de distribuição, permaneçam no sector público;
4. Encarrega o seu Presidente de transmitir a presente declaração, com a indicação do nome dos respectivos signatários, às instituições da União, bem como aos governos e parlamentos dos Estados-Membros.
Nenhum comentário:
Postar um comentário