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terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Crianças imigrantes não denunciam abusos por medo de deportação

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A infraestrutura e segurança que são precárias em escolas públicas da América Latina e do Caribe são determinantes para a ocorrência de abuso sexual contra crianças e adolescentes. Esta é uma das conclusões de um relatório elaborado por organizações não governamentais que atuam na região. Entre os países pesquisados, Colômbia, México, Equador e Bolívia registraram o maior número de casos.

 
O relatório alerta que crianças, adolescentes e jovens imigrantes são mais vulneráveis a esse tipo de violência. Na maioria dos casos, eles não contam com documentos e não denunciam por medo de seus pais serem deportados para o país de origem.
Na Colômbia, entre 2004 e 2005, a Procuradoria recebeu 542 queixas de maus tratos e abusos sexuais cometidos em colégios públicos do país. Desse total, apenas 32 casos tiveram resolução.

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A situação mexicana aparece como a mais grave. Apenas na Cidade do México, entre 2001 e 2010, pelo menos 3.242 menores foram maltratados ou abusados no ambiente escolar.
O Equador registra um caso de abuso sexual a cada quatro estudantes. No país, segundo o Banco Mundial, existe uma "grave crise de violência sexual na população jovem”.
Já nas escolas bolivianas, mais de 100 agressões sexuais ocorrem somente em 2004. Neste caso, a punição máxima é a transferência de unidade, quando o agressor é o próprio professor.


Por Jorge Américo, na Radioagência NP

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