Por Eduardo Bueres
Depois de sabotarem fortemente através da tática do silencio sepulcral o lançamento do livro de Amauri Ribeiro Júnior, ‘A privatária Tucana’, o núcleo que manda nas redações dos grandes jornalões brasileiros já deve ter contabilizado que, gratuitamente, criou um movimento contrário que fez atrair, ainda mais, a curiosidade geral sobre esse inédito sucesso de vendas, transformando-o em num verdadeiro terremoto editorial.
Se o baronato da mídia incomodado ficou, incomodados mais ainda - além de bastante preocupados com o famoso ‘até onde isso vai dar...’ - estão os envolvidos pela robusta consistência e conteúdo sustentado sobre as denuncias de falcatruas praticadas por importantes figuras da República, atualmente na 'oposição', maioria do fatos ocorridos durante o governo FHC, envolvendo o ex-governador e ex- candidato a presidência da república José Serra e sua filha, Verônica; mais um conjunto de episódios de sórdida espionagem entre o grupo café-paulistano de José Serra e o leite-mineiro do todo presidenciável playboy, Aécio Neves, correntes que se digladiam ininterruptamente pelo controle do poder da legenda tucana italianada.
Em reação a grande repercussão nacional e internacional, as forças do PIG, sob a batuta da Rede Globo, mudaram de tática e passaram para a ofensiva; durante a apresentação do JN de ontem, o "âncora" Willian Bonner, destacou - com aquela sua voz fria de arauto da reação - a prisão do arrolado Marcos Valério, bode velho que já se encontrava preso há dias pela Polícia Federal na Bahia, por problemas ligados á ordem fundiária.
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Até aí, nada, nadica de novo na trajetória desta personagem que não cheira bem: o destaque da ‘matéria’ global deve-se a repetição da palavra chave 'mensalão': como se ao mencioná-la, o porta-voz bonitinho tivesse o poder de disparar uma espécie de novo despertar crítico no inconsciente coletivo da opinião pública nacional, ora ‘narcotizada’ e feliz pelos reais benefícios que atualmente usufrui, fruto do legado da era Lula e agora Dilma, que retirou da linha da miséria quarenta milhões de brasileiros, inserção que irá proporcionar-lhe um maravilhoso Natal e um Ano Novo cheio de esperanças, enquanto o resto do mundo amarga suas dores no plano econômico e financeiro sob o chicote dos operadores escolhidos pela banca internacional.
Trazendo de volta o bordão ‘mensalão’, sempre muito bem requentado, resgata-se também uma forte lembrança que dele não se separa: a mais acachapante e desagradável derrota já sofrida pelos barões da grande mídia e seus mesquinhos amestrados, ao descobrirem que não possuíam mais força moral ou popular, para derrubar o governo Lula, como constava do roteiro original escrito pelas patas das varejeiras, o mesmo ocorrendo agora, quando novamente não dispõe de poder para 'abafar' e desqualificar o sucesso da 'bomba incendiária' escrita por um bom jornalista fora do seu controle .
Jornalista Amauri Ribeiro Júnior |
Aliais, é bom que se diga que essa expressão 'mensalão', foi uma invenção parida pelo PSDB, batizada pelo PTB e adotada pelo PIG que, estrategicamente, a retira do armário todas as vezes que sente necessidade de atenuar acusações que a imprensa livre, através das redes sociais, coloca a disposição do povo, porque precisam inventar um contraponto reacionário para combater esclarecimentos indesejáveis, como é agora o caso do lançamento do livro do jornalista Amauri Ribeiro Junior ‘Privataria Tucana’,
Surpresa não será se a próxima edição que chegar as bancas não sumir como um passe de mágica, adquiridos tanto pelos que desejam conhecer a verdade dos fatos, quanto pelos que desejam desesperadamente escondê-los. Melhor para Amauri, que poderá escrever mais a favor do Brasil fortalecendo a nossa construção de Democracia.
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