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sábado, 5 de março de 2016

Bomba nuclear no coração do PIG!: Vox Populi: ação contra Lula foi tiro pela culatra

247 – O Instituto Vox Populi foi o primeiro a medir o impacto da operação deflagrada pelo juiz Sergio Moro contra o ex-presidente Lula nesta sexta-feira.
Com mais de 15 mil questionários válidos, a pesquisa comprova que o efeito foi contrário ao desejado pela Globo e pelos demais meios de comunicação engajados na destruição de Lula.
Nada menos que 56% desaprovaram a inclusão de Lula na Lava Jato e 43% desaprovaram a conduta de Moro (mais do que os 34% que aprovam).
Além disso, 65% viram exagero na condução coercitiva e 57% disseram acreditar na palavra de Lula.
Para completar no dia de ontem, nada menos que 63% dos entrevistados disseram ter visto a entrevista de Lula na sede do PT. Os dados mostram que ainda não mataram o "jararaca".
Confira, abaixo, alguns resultados:
Resultado com 15 mil questionários válidos:
1) Qual o seu sentimento em relação ao fato de que o ex-presidente Lula foi incluído na investigação da Lava Jato? 
Gostei, eu aprovo                41%
Não gostei, não aprovo       56%
Não sei responder                 3%
2) Qual a avaliação que você faz do trabalho do juiz Moro nesse processo da Lava Jato? 
Aprovo, ele está fazendo um excelente trabalho              34%
Aprovo, mas ele tem exagerado em algumas medidas     22%
Desaprovo                                                                         43%
Não sei responder                                                                1% 
3) Com qual das frases você se identifica mais? 
Não vejo problema algum na forma como foi feita a condução do Lula para depor na Polícia Federal                                34%
ou
Achei um exagero a forma como o ex-presidente Lula foi levado a depor pelos agentes da Polícia Federal                             65%
Não sei responder                                                                  1%
4)Você acredita na inocência do ex-presidente Lula? 
Sim, acredito nele                                                                 57%
Nao, ele é culpado                                                                34%
Não sei responder                                                                   8%
5) Depois que o ex-presidente depôs na Policia Federal ele concedeu uma entrevista coletiva na sede do PT em São Paulo que foi transmitida pela televisão. Você assistiu à entrevista dele? 
Sim, assisti tudo                                                                      63%
Sim, assisti partes da entrevista                                              25%
Não, mas fiquei sabendo                                                        11%
Não, estou sabendo disso agora

REQUIÃO: É MOLECAGEM DA GLOBO E DO MORO! E MARCO AURÉLIO DESQUALIFICA MORO



É um BBB!
No Blog do Esmael Morais: Requião vê “molecagem” de Moro e da Globo em espetáculo  midiático


O senador Roberto Requião (PMDB-PR), nesta sexta-feira (4), classificou como “molecagem” da 
TV Globo, Ministério Público e Justiça Federal a condução coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio 
Lula da Silva na 24ª fase da Operação Lava Jato.
Para o parlamentar, o BBB da Globo — em referência ao programa Big Brother Brasil — é uma 
“molecagem festejada por alienados e prejudicial ao direito”.
“Condução coercitiva desnecessária, absurdo BBB da Globo, MP e Justiça Federal.Molecagem 
festejada por alienados e prejudicial ao direito”, tuitou.
Requião também criticou o juiz Sérgio Moro pelo espetáculo midiático. “Foi ilegal e fere o direito”, 
opinou o senador que é advogado e jornalista por formação.
“Eu, Lula, e qualquer cidadão devemos responder por nossos atos. Mas o espetáculo midiático da 
Globo,MP e juiz, foi ilegal e fere o direito”, disse pelo microblog.

Primeira crítica contundente do Supremo Tribunal Federal à ação do juiz Sérgio Moro contra o ex-presidente Lula nesta sexta-feira 4 veio do ministro Marco Aurélio Mello; "Condução coercitiva? Oque é isso? Eu não compreendi. Só se conduz coercitivamente, ou, como se dizia antigamente, debaixo de vara, o cidadão de resiste e não comparece para depor. E o Lula não foi intimado", afirmou; "Precisamos colocar os pingos nos 'is'", continua; Mello criticou o argumento de Moro, de que a medida foi tomada para assegurar a segurança de Lula; "Nós, magistrados, não somoslegisladores, não somos justiceiros", e ensinou: "Não se avança atropelando regras básicas"

OS ABUSOS DE MORO: MPF não pediu coercitiva de Lula em documento original, mas ele concede



O juiz também disse que a condução coercitiva só seria "necessária caso o ex-Presidente convidado a acompanhar a autoridade policial para prestar depoimento na data das buscas e apreensões não aceite o convite". Lula não foi convidado.
Jornal GGN - Na decisão aprovando a condução coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da 
Silva, o juiz Sergio Moro afirmou que acolheu o pedido da equipe de procuradores da força tarefa da 
Operação Lava Jato. No documento de 113 páginas, contudo, o MPF não solicita a condução 
coercitiva de Lula, a quem pede, apenas, que fosse alvo de medidas cautelares de busca e apreensão 
e de quebra de sigilo telemático.
"Embora o ex-­Presidente mereça todo o respeito, em virtude da dignidade do cargo que ocupou (sem 
prejuízo do respeito devido a qualquer pessoa), isso não significa que está imune à investigação", 
disse o juiz Sergio Moro, no despacho que, ao contrário do que informou, não "autorizou" a 
condução coercitiva de Lula, mas ordenou.
De acordo Moro, a solicitação partiu do Ministério Púlico Federal, pelos procuradores da equipe, sob 
comando de Deltan Martinazzo Dallagnol, no sábado do dia 20 de fevereiro. No documento, os 
procuradores afirmaram que com "forte indícios" diversos "fatos vinculados ao esquema que fraudou 
as licitações da PETROBRAS apontam que o ex-Presidente da República, LUIZ INÁCIO LULA DA 
SILVA [LULA], tinha ciência do estratagema criminoso e dele se beneficiou".

O pedido dos procuradores aponta que, "com o avanço das investigações no âmbito da Operação 
Lava Jato, surgiram fortes indícios de que LULA, presidente de honra do INSTITUTO LUIZ 
INACIO LULA DA SILVA, tem relação próxima com os executivos das empreiteiras envolvidas 
nas condutas delitivas perpetradas no seio e em desfavor da PETROBRAS".
Dallagnol e sua equipe contextualizaram e detalharam o que indicaram ser "fortes indícios" do 
envolvimento do ex-presidente Lula com a Operação Lava Jato. A conclusão foi que: 
"aparentemente, as empreiteiras realizaram doações ao INSTITUTO LUIZ INACIO LULA DA 
SILVA buscando auxiliá-lo na promoção dos fins a que se destina. Supostamente, os valores 
recebidos pela L.I.L.S. PALESTRAS, EVENTOS E PUBLICAÇÕES LTDA. destinaram-se ao 
pagamento de palestras".
Como estes fatos não teriam relações com ilegalidades ou irregularidades, os próprios procuradores 
ressaltaram que: "a priori, não há algo de ilícito em realizar palestras e receber por elas, assim como 
doações oficiais a entidades com fins sociais são perfeitamente legais e, da mesma forma, contratos 
de consultoria são lícitos".
A busca para a motivação de colocar Lula como alvo da Lava Jato foi justificada da seguinte forma: 
"o problema surge quando há indicativos ou provas de que as doações, os contratos e os serviços 
foram usados para esconder a natureza real de pagamentos de propina. Em diversas situações já 
denunciadas como crimes no caso Lava Jato a prestação de serviços ocorreu, mas foi superfaturada 
para ocultar o pagamento de propinas. A suspeita, fundada, agora, é que as supostas palestras e 
doações possam ter sido usadas como justificativas formais para pagamentos de vantagens 
indevidas", informou o documento.
Para esclarecer e aprofundar essa suposição, a equipe pediu autorização para Moro de uma série de 
mandados. Lula e sua esposa, dona Marisa, eram alvos apenas do pedido de "medidas cautelares de 
busca e apreensão e de quebra de sigilo telemático".
O juiz da Vara Federal de Curitiba avançou sobre o que não foi solicitado a princípio, afirmando que 
o pedido de condução coercitiva de Lula teria sido "pleiteado em separado".
A justificativa seria evitar "tumulto provocado por militantes políticos, como o ocorrido no dia 
17/02/2016, no Fórum Criminal da Barra Funda, em São Paulo", conforme depois enfatizado pelos 
investigadore na coletiva de imprensa. "Colhendo o depoimento mediante condução coercitiva, são 
menores as probabilidades de que algo semelhante ocorra, já que essas manifestações não aparentam 
ser totalmente espontâneas", ainda denotou Moro.
Moro resguardou-se de possíveis indicações políticas em sua tomada de medida e afirmou que a 
ordem "não envolve qualquer juízo de antecipação de responsabilidade criminal, nem tem por 
objetivo cercear direitos do ex­-Presidente ou colocá­lo em situação vexatória".
"Prestar depoimento em investigação policial é algo a que qualquer pessoa, como investigado ou 
testemunha, está sujeita e serve unicamente para esclarecer fatos ou propiciar oportunidade para 
esclarecimento de fatos. Com essas observações, usualmente desnecessárias, mas aqui relevantes, 
defiro parcialmente o requerido pelo MPF para a expedição de mandado de condução coercitiva para 
colheita do depoimento do ex-­Presidente Luiz Inácio Lula da Silva", concluiu Sergio Moro.
Além disso, o juiz da Lava Jato disse que a "utilização do mandado" de condução coercitiva "só será 
necessária caso o ex-Presidente convidado a acompanhar a autoridade policial para prestar 
depoimento na data das buscas e apreensões, não aceite o convite". Entretanto, pulou-se a etapa do 
convite a Lula para prestar depoimento.

AUTORA DA REPORCAGEM SOBRE SUPOSTA DELAÇÃO DE DELCIDIO, A AMANTE DE ZÉ RUELA CARDOZO SE MANIFESTA NO FACEBOOK


“Juntas somos fortes”: Débora Bergamasco

No Diario do Centro do Mundo

A jornalista Débora Bergamasco, autora da reportagem sobre a alegada delação de Delcídio, se pronunciou sobre o assunto no Facebook.
Ela apoiou a jornalista Nathalia Ziemkiewicz, numa discussão que esta teve no Facebook com Paulo Nogueira, diretor do DCM.
Nathalia criticou um artigo do DCM que levantava um possível conflito de interesses no trabalho de
Débora, dada sua ligação com o ex-ministro da Justiça.
Nathalia escreveu num post que gostaria de revelar os bastidores da saída de Nogueira da Abril. Uma 
amiga de Nathalia comunicou a Nogueira o post, e ele perguntou a ela se sabia quais eram aqueles 
bastidores. Ela não tinha a menor ideia. (Depois, alegou que confundiu a Abril com a Globo.)
Em certo momento, Nathalia – que na refrega se juntou de diversos amigos – disse que gostaria que 
Débora reagisse à altura ao DCM.
Foi aí que a autora da reportagem interveio. O texto, que não toca no alegado conflito de interesses, 
está abaixo: 
Nathalia, querida. Não a conheço, mas já sinto um imenso orgulho de sua posição firme, de uma 
mulher que não se intimida. A minha resposta a quem quer que seja está na reportagem feita com 
muito esforço pessoal, uma equipe incrível e, imagine se isso seria possível em 2016, por mérito 
próprio! Inimaginável, não?Sabe, às vezes não há como se posicionar melhor do que fazendo o próprio trabalho. Agradeço 
sua solidariedade. Juntas somos mais fortes.

O INÍCIO DO FIM DO MORO




POR FERNANDO BRITO 

Talvez por ser muito jovem, o Dr. Sérgio Moro tenha acreditado que o mundo real é igual ao mundo que a mídia constrói.
Sim, parece muito, mas não é.
Animado pelo bombardeio da “Operação Choque e Terror” dos meios de comunicação, fez seu lance mais ousado, embora não ao ponto que, intimamente, desejava.

Foi aquém do que queria, mas além do que devia.
Um depoimento civilizado de Lula e, até, uma medida de força, a de busca e apreensão no seu 
Instituto teriam desgastado mais o ex-presidente sem, contudo, permitir a reação de alguém que é 
vítima de uma violência travestida de rigor legal.
Mas Moro acreditou que podia mais, ainda que não tinha forças para o ato final: a prisão de Lula e 
sua condução às masmorras de Curitiba, para dali só sair com a confissão que é a única chave a abrir 
aquela cadeia.
Jogou com os conceitos mentais que cultiva – e que a mídia faz vicejar – de que a “meia-prisão”, 
representada pela “coação coercitiva” (já de si, um absurdo, que deixo para o juristas comentarem) 
seria a desmoralização, a execração social, a qual multidões de “coxinhas” sairiam as ruas para 
comemorar.
E seria isso mesmo o que qualquer marqueteiro – ele poderia até consultar o João Santana, que está 
ali, preso, à sua disposição – ou analista da grande imprensa lhe diria. A pesquisa, fresquinha, do 
Datafolha estava à mão para confirmar a conclusão: só 15 ou 20% achavam que Lula não tinha culpa 
no cartório.
O que deu errado, porém, e fez do todo poderoso juiz dar um tiro no pé e, aparentemente, ter 
despertado a primeira reação capaz de fazer a mídia gaguejar e o “sequestro” – é o nome que merece 
a condução injustificada por policiais, ainda que por ordem judicial arbitrária – voltar-se contra o 
sequestrador, sempre aplaudido?
Sérgio Moro é um homem descolado da realidade social. É natural que assim seja, ao se tornar juiz 
com apenas 24 anos, um dos giudici ragazzi nos quais confessadamente se inspira em seu delírio de 
uma Operação Mãos Limpas tropical.
É, no voluntarismo próprio dos que acham que basta um homem honrado, duro e implacável para 
mudar o mundo, um destes que crê que as massas servem para uivar de prazer diante da destruição 
dos “inimigos da moral” e as reduz àquilo a que as conduzem.
O Dr. Moro não é capaz de compreender que existe um processo social que, embora conformado ao 
leito que lhe desenham os meios de comunicação, o mais poderoso aparato de controle social, é um 
rio profundo e suas reações podem fazer com que rompa as barreiras com as quais se pretende 
canalizá-lo.
O povo, aparentemente tolo e dirigível, tem suas profundezas.
É por isso que ontem Moro deu seu mau passo.
Tocou no apego à democracia que remanesce no Brasil, tocou na única identidade política que 
sobreviveu à entrada do século 21.
Pessoas neutras e até críticas – e com muitas razões – ao PT se chocaram com a violência de seu ato 
e a prova disso é que já se percebe – finalmente! – reações no STF aos desbordamentos que ele 
pratica. (Observação en passant: não se iludam com a decisão de Rosa Weber, Moro é seu enfant 
gâté)
E fez muitas delas saírem de sua passividade.
Por incrível que pareça, até mesmo Lula saiu da passividade e partiu para o combate.
E as tropas transtornadas do impeachment e do “pixuleco”?
Tirando algumas dúzias de transtornados e moleques pixadores de São Paulo, não apareceram para a 
esperada “festa nas ruas”.
A semana será de uma tentativa desesperada de criar fatos novos e de mobilização para as 
manifestações do dia 13.
Não parece, porém – salvo se Lula não seguir com a disposição demonstrada ontem – que vá sair 
conforme o planejado.
Moro errou e seu erro pode ter sido o início do fim de seu delírio de poder.
Os golpes, embora se desenvolvam lenta e progressivamente, têm muito mais chances quando se 
desfecham rápida e decididamente.
Do contrário, o que parecia morto vive e desperta com uma força insuspeitada.
Se isso se fez até com um cadáver, como o de Vargas, que dirá com um morto muito vivo, como é 
Lula.

PREPARAR PARA A HORA DO “BASTA”!





Por Wanderley Guilherme dos Santos
 
blog Segunda Opinião

A investigação Lava está à beira de implodir em razão do delírio ideológico dos promotores e do Juiz
por ela responsáveis. A retórica desabrida, satanizando tolices, a desinformação e, pior, a antecipação de lances futuros, alguns fora da competência do Juizado curitibano, dificultam adistinção do que é prestação de contas, propaganda, dissimulação e wishfulthinking. A palavra“indício”, por exemplo, deixou de “indicar” algo e passou a gigantesca evidência, como o enxofre,da inconfundível presença do demônio.
 
O óbvio planejamento de intervenções espetaculares de acordo com a temperatura política, e o
crescente atrevimento com a descabida e prepotente condução coercitiva do ex-presidente Lula da
Silva, resultam da complacência das autoridades superiores, no Executivo, Legislativo e Judiciário
Trata-se de comportamento inquisitorial pré-concebido, insultando frontalmente as crenças cívicas
da maioria dos pobres brasileiros e contaminando negativamente as expectativas da população, em
geral.
À falta de, até agora, comprovados crimes de acumulação econômica ilegal, por parte do ex-
presidente Lula, policiais e procuradores transformam um inquérito da mais absoluta pertinência e
tempestividade em malabarismos de sessão matinal circense em torno de pedalinhos, um sítio e um
tríplex. Ainda que fossem doados mediante recursos de uma “vaquinha” entre todas as grandes
empreiteiras nacionais, e durante o mandato do ex-presidente, a questão é: e daí? – Sem
comprovação de que alguma delas foi direta e ilegalmente beneficiada por intervenção do presidente
(e não a mera suspeita, pois alguma sempre ganhará concorrências) aceitar os pedalinhos seria
criticável, mas de limitado atentado à moral e ao patrimônio público. Ora, não só não apareceram
provas, nem mesmo, ao que saiba oficialmente, delação de ninguém a respeito de nada, como os
procuradores estão desviando o olhar da população do que é fundamental: a acumulação econômica
ilegítima via predação de patrimônio e recursos públicos. Com o aplauso dos que consideram que
delação justifica coação e até prisão estão dando cobertura ao diversionismo midiático, cúmplices
dos ladravazes enriquecidos por acumulação econômica ilegítima.
Comparar o absurdo acúmulo pessoal de riqueza por parte de empresários, políticos e altos
burocratas a um sítio supostamente presenteado a Lula, é sandice, péssima utilização do mandato
investigativo que a sociedade lhes paga: onde estão as contas no exterior, coleções de obras de arte,
veículos, propriedades rurais e urbanas para exploração econômica, viagens regulares por conta
própria e passadio de primeira em Paris, Londres, Nova Iorque?
Onde se esconde o acervo de joias de d.Mariza? E seu guarda-roupa de grife? Sítio em Atibaia e
tríplex em Guarujá que nem do casal são? Ora, trata-se de outra manifestação de preconceito,
presumindo que Lula, de origem pobre, tisnaria sua dignidade e a da função que ocupou interferindo
nas ações públicas por preço tão vil. Claro, corrupção mesmo, a sério, só para eles, bem nascidos e
mal acostumados.
Os responsáveis pela investigação devem um balanço claro da Lava-Jato e da expectativa de prazos
de conclusão. Claro que a descoberta de evidências (não “indícios”) provoca alteração em
cronogramas, mas a existência de um quadro de referência é indispensável para que o jornalismo
possa acompanhar e a opinião pública possa avaliar se estão sendo eficientes e produtivos ou
meramente difamadores e garotos propaganda de televisão.
Com a coação física e moral do ex-presidente Lula os responsáveis pela Lava-Jato talvez venham a
se revelar indignos dos privilégios que desfrutam. O ex-presidente é um dos mais importantes
recursos políticos dos miseráveis deste País, líder de governos capazes de provocar justamente esse
ódio amparado em toga. Destruí-lo, seria uma derrota imensurável para os pobres e humilhados;
destruí-lo injustamente, aproveitando os privilégios de classe e corporação, é inaceitável. Se for
comprovada a precipitação e o infundado da coação ao ex-presidente, o insulto não poderá passar em
branco. Juízes e procuradores deverão pagar pela ameaça em que se constituíram aos pobres do
Brasil. Pedidos de desculpa serão insuficientes. Hora de preparação para o que estão pedindo. No
grito, não mais.