O MViva!, espaço aberto, independente, progressista e democrático, que pretende tornar-se um fórum permanente de ideias e discussões, onde assuntos relacionados a conjuntura política, arte, cultura, meio ambiente, ética e outros, sejam a expressão consciente de todos aqueles simpatizantes, militantes, estudantes e trabalhadores que acreditam e reconhecem-se coadjuvantes na construção de um mundo novo da vanguarda de um socialismo moderno e humanista.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Neymar foi ou não chamado de macaco ? - o racismo nosso de cada dia...

 
O Santos venceu o Ituano por 1 a 0, na noite da última quarta-feira, em Itu, e garantiu a liderança do Campeonato Paulista, com dez pontos ganhos em quatro jogos disputados. Neymar, porém, não saiu de campo da forma como gostaria, depois de ter sido vítima de um suposto ato racista do técnico do Ituano, Roberto Fonseca. Ao final do primeiro tempo, o atacante chegou a perguntar ao treinador adversário se ele havia o chamado de "macaco", mas depois do duelo o jogador preferiu desconversar ao ser questionado sobre o assunto polêmico.

"Não sei se escutei mal, não sei o que ele (Fonseca) falou, estou cansado de gente chata no meu pé", afirmou Neymar, ainda no gramado do Estádio Novelli Júnior, onde o técnico Muricy Ramalho também colocou panos quentes na situação ao comentar o episódio.

O treinador qualificou o problema como um "mal-entendido", depois de o comandante do Ituano ter dito apenas que chamou Neymar de "cai-cai" e "surdo", pois negou que chamou o astro santista de "macaco".

"Sinceramente, acho que foi um mal-entendido. Nos dias de hoje, não cabe isso mais (racismo no futebol). Não deve ter nenhum maluco que pense assim. Por isso acho que foi um mal-entendido", disse Muricy, que ao mesmo tempo reconheceu que Neymar ouviu "uma coisa feia" por parte de Fonseca, mas que seria "coisa do futebol".

"Ele é treinador, é comandante, não teria a necessidade de falar isso (chamar o jogador de macaco), ainda mais com o Neymar, que é um jogador que, inclusive, vai ajudar os treinadores na Copa do Mundo. Se o Brasil for campeão, todos os treinadores vão levar vantagem com isso. Então não acredito que o Roberto fez isso, ele falou uma palavra que o Neymar entendeu diferente, na minha opinião", completou.

Muricy também reputou como "justo" o placar de 1 a 0 para o Santos diante do Ituano, mas admitiu que o seu time deixou a desejar. "É importante vencer, mesmo que a gente não tenha jogado bem, porque fazer pontos é importante. O time não se encontra bem ainda fisicamente, mas vai melhorar", projetou.

O comandante ainda admitiu que poderá poupar novos jogadores no clássico diante do São Paulo, domingo, na Vila Belmiro, depois de ter descartado Arouca e Renê Júnior do confronto em Itu por causa do risco de lesões musculares.

"Agora vamos fazer revisão médica e, se tiver problema muscular, temos de poupar, pois vão romper (o músculo se jogarem), não tem jeito. O Renê e o Arouca tiveram de sair. Se tivessem jogado aqui hoje (quarta-feira) teriam sofrido lesão muscular. Volto a repetir, não tem como acompanhar o ritmo que os times (do interior paulista) que treinaram antes da gente impõem neste início de campeonato", reconheceu.

(AE)

"A ELITE DOS NOSSOS PAÍSES NÃO GOSTA DE NÓS"




Ex-presidente Lula discursa durante o encerramento da III Conferência Internacional pelo Equilíbrio do Mundo e conclama a América Latina a "uma revolução na comunicação" por meio da internet. “A gente muitas vezes fica reclamando da imprensa. Ficamos reclamando e não fazemos o que está ao nosso alcance", disse. Mais cedo, ele encontrou Fidel Castro.  

Alexandre Haubrich, de Havana, especial para o 247


“Eu não reclamo, porque, no Brasil, a imprensa gosta muito de mim, só fala bem de mim... nasci assim, sou assim e vou morrer assim, irritando eles”. Foi nesse tom descontraído que o ex-presidente Lula discursou durante o encerramento da Terceira Conferência Internacional pelo Equilíbrio do Mundo, no Palácio de Convenções de Havana, nesta quarta-feira. 
Apesar das críticas à imprensa, lua evitou mencionar a Ley de Medios argentina ou à possibilidade de uma versão brasileira, preferindo convocar à integração entre os ativistas latino-americanos via internet.
“A gente muitas vezes fica reclamando da imprensa. Ficamos reclamando e não fazemos o que está ao nosso alcance", disse. "Com a internet, se tivéssemos uma unidade na América Latina, com nossos blogs, Twitter, Facebook, faríamos uma revolução na comunicação, e não precisaríamos mais pedir que publicassem o que queríamos”, completou. Lula destacou ainda que os "ataques midiáticos" não acontecem apenas no Brasil, mas em todos os países com governos progressistas na América Latina: “A elite dos nossos países não gosta de nós, não é pelos erros que cometemos, é pelos acertos que cometemos”, disse.
O evento em que o ex-presidente discursou foi dedicado ao 160º aniversário do nascimento do herói cubano José Martí e começou na segunda-feira. A reunião contou com debates sobre temas como meio ambiente e comunicação, passando por conferências de Ignácio Ramonet, Atílio Boron, Frei Betto, entre muitos outros intelectuais e políticos destacados dos mais diversos campos da esquerda mundial.
Conferência
A Conferência reuniu delegados de dezenas de países e os integrantes da Brigada Sulamericana de Solidariedade a Cuba, que inclui 80 brasileiros de diversos estados. Os brigadistas estão no país desde o dia 20 de janeiro para conhecer a realidade cubana. 
Na terça, antes do lançamento do livro de Fernando Morais, Lula recebeu um documento formulado pela Associação José Martí do Rio Grande do Sul e apoiado pela Brigada brasileira em defesa dos “Cinco Heróis”, cubanos que estão há 14 anos presos nos Estados Unidos depois de se infiltrarem em organizações terroristas anticubanas.
A principal sala de conferência do Palácio de Convenções esteve lotada para ouvir Lula falar por cerca de uma hora, tocando principalmente na questão da integração latino-americana, antes de exaltar feitos de seu governo e convocar os países ricos a ajudar o continente africano – temática cada vez mais presente em todos os discursos de Lula pelo mundo.
O ex-presidente começou sua fala explicando o pequeno atraso por estar com o líder histórico cubano Fidel Castro e haver almoçado com o atual presidente do país, Raul Castro. Ainda antes de apresentar o que havia preparado, pediu um minuto de silêncio pelos mortos na boate Kissi, de Santa Maria (RS), tema de total conhecimento e pêsames pelos cubanos. Lula também disse estar de camisa vermelha em homenagem a Hugo Chávez, antes de ser aplaudido de pé por todos os presentes.
Críticas
As críticas aos países ricos começaram pelos Estados Unidos. “Os americanos têm os ouvidos moucos quando algo se passa na América Latina. Só enxergaram a América Latina para favorecer os golpes militares”, disse, para em seguida criticar o bloqueio imposto a Cuba e lembrou que, além dos 160 anos de Martí, 2013 marca os 60 do Assalto ao Quartel Moncada, evento que deu início à Revolução Cubana, ainda antes da guerrilha que acabaria vitoriosa em 1959. 
Lula afirmou que recentemente fez uma reunião com 40 intelectuais para discutir a integração da América Latina, e falou da necessidade de criar-se “uma doutrina de integração”, com objetivos claros.
Procurando pincelar sua fala com a temática do evento, o ex presidente brasileiro lembrou ideias de José Martí, herói da independência de Cuba: “Martí lutou pelas causas mais justas de seu tempo: a independência de Cuba e a libertação da América Latina. Seu pensamento e sua ação não conheciam fronteiras geográficas e políticas. ‘Pátria é humanidade’, ensinava o líder”.
Durante mais da metade de sua fala, Lula manteve o foco em realizações de seu governo, especialmente no que se refere a políticas de incremento de renda. “Houve um tempo em que o pobre era o problema, e nós provamos que o pobre é parte da solução dos problemas do país”, disse. E garantiu que não é necessário diploma de economia para entender a equação: “É simples: se você tem um milhão de dólares e dá para um rico, ele vai botar na conta bancária. Se pega esse um milhão de dólares e distribuiu um pouquinho para mil pessoas, vai virar consumo de roupa, de comida, no dia seguinte, e a economia vai girar”.
Depois de enumerar políticas nesse sentido, completou: “Todo esse conjunto de políticas causou uma pequena revolução”. Em relação a uma das principais críticas da esquerda a seu governo e a Dilma Roussef, defendeu-se: “Quando chegamos ao governo tínhamos também um compromisso com os movimentos sociais, que atuavam principalmente em relação a reforma agrária. 
Em 8 anos nós desapropriamos 56% de todas as terras brasileiras desapropriadas em 500 anos de história”. E completou: “Não que tenhamos nada contra os grandes, porque o agronegócio é muito importante para o Brasil, mas quando se trata de comer são os pequenos que colocam a maior parte da comida na nossa mesa”.
Energia
A “crise energética”, tema recorrente na mídia dominante nos últimos meses, também esteve presente no discurso de Lula: “Eu penso que logo a presidenta Dilma vai poder anunciar a universalização da energia elétrica no Brasil”. Ele também voltou a exaltar o fato de ser “o presidente que mais fez universidades na história do país” mesmo não tendo diploma universitário, e lembrou que “nos últimos 10 anos 28 milhões de brasileiros saíram da linha da miséria”.
Ao fim de sua fala o ex-presidente tocou na questão da crise econômica e voltou a criticar os países ricos, agora pelos gastos “para salvar o sistema financeiro” e pela falta de ajuda à África: “Não podemos pagar em dinheiro a dívida que temos com os africanos, então temos que pagar com solidariedade”. 
Lula também convocou os países ricos a mudar essa atitude e derrubar as barreiras ao comércio com os africanos: “Os países africanos não querem nenhum favor, querem apenas o direito de vender o que produzem sem as barreiras protecionistas dos países ricos”.

Exclusivo: o relato de um médico de Santa Maria que participou do socorro

O transtorno em Santa Maria
No fim da tarde do dia 30 de janeiro, liguei para o Dr. Jones Oliveira de Moraes. Ele havia deixado um comentário no post que eu escrevera no domingo sobre a tragédia de Santa Maria, contando que havia atendido as vitimas do incêndio. Nós entramos em contato com ele para fazer uma entrevista. Durante a conversa, ele tinha tanto a dizer, que mal pude interferir. Foi um desabafo de alguém que viu muito de perto tantas pessoas que estiveram a um passo da morte. Acabei optando por juntar as partes e transformar a entrevista num relato. Espero que este texto seja mais um pequeno foco de luz neste episódio.
  Dr. Jones
Drº Jones Oliveira de Moraes conta como foi cuidar dos sobreviventes da tragédia de Santa Maria.
O transtorno em Santa Maria

Foi uma noite normal para mim, de sábado para domingo. Queria acordar cedo pois teria muito a fazer no dia seguinte. Acordei às 7 horas da manhã.
Ao sair do quarto, vi meu filho com os olhos arregalados. Felipe, 20, é estudante de direito e estivera na Kiss na noite de sexta. Contou-me que levara dez minutos para sair de lá às 2 da manhã, sóbrio, sem tumulto e com a vista boa.
Mas hoje seu semblante era de susto. Estava sentado no computador e me disse: “Pai… a Kiss pegou fogo e um monte de gente morreu”. Eu sabia que ele jamais brincaria com isso, mas mesmo assim fui impelido a perguntar retoricamente se ele estava brincando.
A partir deste momento, apenas coloquei as lentes e segui para o hospital. Sou residente de cardiologia na UTI de dois deles, o Hospital Universitário, ligado à UFSM, e o Hospital de Caridade Astrogildo de Azevedo, o maior e mais antigo da cidade. Este último é mais próximo da minha casa, e eu estava ansioso para ver a situação que se criara, por isso optei por ir a ele.
O hospital estava caótico. Havia gente no chão, e a primeira coisa que me passou pela cabeça foi: “Nós precisamos levar estas pessoas para algum lugar onde  possamos improvisar uma UTI”. Após uma breve conversa com os colegas, decidimos utilizar a Unidade de Apoio que o hospital tem. Foi para lá que nós levamos os pacientes em estado mais grave.
A maioria deles sofria de asfixia e intoxicação pela fumaça. Pouca gente estava queimada de fato. O tratamento inicial, neste caso, é oxigênio – ele expulsa o monóxido de carbono. Conforme conseguíamos transporte e condições adequadas, enviávamos alguns pacientes para Porto Alegre.
No meio de toda a tristeza que nos rodeava, duas coisas me deixaram satisfeito: primeiro, o senso cívico do corpo médico, da enfermagem e da equipe do hospital. Os que estavam de folga foram trabalhar, os que fizeram plantão na madrugada seguiram trabalhando. Qualquer coisa que se precisasse, havia três pessoas dispostas a buscar.
Outra foi o apoio da Força Aérea. Nós não tínhamos equipamento suficiente para ventilação mecânica – em certo momento, havia 50 pessoas precisando do aparelho – eles trouxeram de Porto Alegre o suficiente para atender a todos.
O hospital não perdeu nenhum paciente. Ao voltar para casa, depois de 12 horas de trabalho intenso, tanto mental quanto físico, me senti satisfeito de alguma forma. Tive a impressão que ajudei, que fiz meu melhor.
No dia seguinte, notei que estava apenas anestesiado pela intensidade do momento. Eu estava muito triste. Perdi duas amigas – Marina, uma estudante que trabalhou aqui na clinica, e Daniele, uma médica que havia se mudado de Santa Maria e que, por ironia, passava o fim de semana na cidade com o namorado.
Tenho duas amigas sobreviventes também. Luane está sendo encaminhada para ter ajuda psicológica e psiquiátrica; Janaína ainda está sob ventilação mecânica, internada no hospital em que trabalho – mas não cuido dela pela ligação pessoal.
A cidade de Santa Maria inteira está tomada por uma espécie de ressaca que a tragédia trouxe. É uma cidade pequena e todo mundo conhecia alguém que foi vítima do incêndio. Até um viaduto, chamado Garganta do Diabo, onde às vezes acontecem suicídios, foi interditado.
No meio da tristeza, paira no ar uma busca por justiça. Na minha visão, há muitos culpados – o projeto da casa, a ganância do proprietário, os seguranças sem treinamento, a falta de uma brigada de incêndio, a burrice da banda, e, claro, o poder público que permitiu o funcionamento da Kiss.
Meu filho poderia ter estado lá no dia da tragédia. Procuro não pensar nisso, porque as fatalidades podem estar em qualquer lugar. Ontem, atendi uma mãe que perdeu a filha. É uma velha paciente cardíaca. Ela disse: “Sei que preciso continuar com a minha vida, mas não sei como”. Nós choramos juntos.

Texto de Emir Ruivo no DCM

Quase viramos pó ! : o perigo que vem do espaço - asteroide vai passar de raspão pela Terra em fevereiro

Rocha espacial de 50 metros de diâmetro chegará a apenas 22 mil km do planeta

 
Descoberto por um astrônomo amador em fevereiro do ano passado, o asteroide 2012 DA14 por pouco não vai atingir a Terra no mês que vem. No próximo dia 15 de fevereiro, esta rocha espacial de cerca de 50 metros de diâmetro vai passar a apenas 22 mil quilômetros da superfície do planeta, menos de um décimo da distância da Lua, e dentro da região da órbita onde estão localizados os satélites geoestacionários de telecomunicações e meteorologia. 

Segundo os astrônomos, o asteroide não apresenta risco de colisão imediato nem no futuro próximo, mas sua passagem será acompanhada com grande interesse por apresentar uma oportunidade única para estudar este tipo de objeto, refinar os modelos usados para sua detecção e calcular a dinâmica de sua interação gravitacional com a Terra. — Estamos bastante animados com a possibilidade de observar o asteroide com telescópios — conta Alexandre Cherman, astrônomo da Fundação Planetário do Rio. — Ele vai passar a uma distância que é ridiculamente pequena em termos astronômicos e recorde na astronomia moderna. 
 
Impacto provocaria devastação local Segundo Cherman, o fato de o 2012 DA14 ter sido detectado há um ano e sua órbita já ter sido calculada com tamanha precisão é uma mostra da evolução de nossa capacidade de rastrear este tipo de objeto, mesmo os menores deles. 
 
Apesar do tamanho reduzido, caso estivesse em rota de colisão com o planeta, o asteroide poderia causar estragos consideráveis, que dependeriam de sua composição, velocidade, ângulo e local de impacto. Em 1908, um objeto de dimensões semelhantes teria explodido no céu sobre a desabitada região de Tunguska, na Sibéria, com uma força estimada em 2,5 megatons, o equivalente a uma bomba termonuclear de médio porte, derrubando ou destruindo 80 milhões de árvores em uma área de aproximadamente 2 mil quilômetros quadrados. Não seria um evento global como o do asteroide que, se acredita, exterminou os dinossauros. Este tinha entre três e oito quilômetros de diâmetro e liberou a energia de milhares de bombas nucleares. 

Mas seria mais do que suficiente para devastar uma grande cidade, deixando um rastro de milhões de mortos. — Um objeto deste tamanho atinge a Terra uma vez a cada 100 ou 120 anos, então estatisticamente já estamos passando da hora — lembra Cherman. — Mas como 75% da superfície da Terra são de água, o mais provável é que ele caísse sobre um oceano. E mesmo que atingisse o solo, seria uma explosão considerável, mas com uma devastação muito localizada. 
 
Segundo o astrônomo do Planetário, será difícil observar a passagem do asteroide no céu do Rio devido a sua trajetória. Apesar de os cálculos indicarem que ele vai chegar a uma magnitude entre 7 e 8, brilhante o bastante para ser visto com um binóculo, o horário da aproximação máxima (17h30) e sua rota, entrando na sombra do planeta, vão escondê-lo dos olhos dos cariocas. O 2012 DA14, porém, deverá voltar a se aproximar em 2020, quando novamente passará a uma distância inferior à da Lua e sem risco de colisão. Estratégias de sobrevivência Caso o 2012 DA14 estivesse em rota de colisão com a Terra, o conhecimento prévio de sua existência e trajetória permitiriam à Humanidade tomar medidas para evitar seus estragos. E para isso não precisaríamos chamar o Bruce Willis. 

Segundo o astrônomo Alexandre Cherman, por ser relativamente pequeno, o asteroide poderia ser destruído ainda no espaço por um míssil nuclear comum. — É só calcular posição e rota exatas e mandar bomba. Isso daria conta do recado — afirmou Cherman. O mesmo, no entanto, não poderia ser feito com objetos maiores, como o Apophis, uma rocha de cerca de 270 metros de diâmetro que deverá chegar a menos de 36 mil quilômetros do planeta em 2029, e muito menos com um eventual gigante como o que exterminou os dinossauros, que estimavas apontam colidir com o planeta a cada 100 milhões de anos. 

Isso porque o míssil poderia simplesmente parti-los em vários asteroides menores, mas ainda com tamanho suficiente para causar grandes estragos, efetivamente transformando uma ameaça em muitas. — Caso soubéssemos com antecedência, o melhor, neste caso, seria provocar algum pequeno desvio na sua trajetória de forma que ele “errasse” o planeta. Bastaria muito pouco para tirá-lo da rota de colisão, e depois era só deixar a gravidade atuar — conta Cherman. E são muitas as opções em estudo para desviar o asteroide. 

A primeira, que deverá ser testada pela Agência Espacial Europeia (ESA) em 2020, prevê uma ação cinética, com uma nave sendo enviada para se chocar com o asteroide e assim dar um pequeno empurrão nele, tirando-o da rota de colisão com a Terra. 

Outras envolvem os chamados “rebocadores gravitacionais”, naves colocadas em órbita dos asteroides que aos poucos alteram sua trajetória, e as velas espaciais, que usariam a força do vento solar com a mesma finalidade. E também há ideias menos ortodoxas, como a de pintar o asteroide de branco e aumentar sua reflexividade, aumentando em consequência a força exercida sobre ele pela luz solar e, mais uma vez, mudando sua rota.




Fonte: O Globo

ProUne URGENTE ! - corra - alunos tem até esta quinta-feira (31), para apresentar documentação

31/01/2013
Termina hoje (31) o prazo de matrícula dos candidatos pré-selecionados na primeira convocação do Programa Universidade para Todos (ProUni). Eles têm até esta quinta-feira para apresentar a documentação que comprove as informações fornecidas na inscrição e fazer a matrícula nas instituições para as quais foram selecionados
De acordo com o Ministério da Educação (MEC), para esta primeira convocação, divulgada no dia 24 deste mês, foram pré-selecionados 159.177 candidatos, dos quais 107.575 para bolsas integrais e 51.602 para parciais. 
No dia 8 de fevereiro, será feita a segunda chamada. O candidato deve providenciar a apresentação de documentos e a matrícula até o dia 19 do mesmo mês. Quem não for selecionado nas duas chamadas pode aderir à lista de espera na página do ProUni nos dias 24 de 25 de fevereiro. No site do programa estão detalhados os procedimentos necessários para obter a bolsa de estudos. Além de documentos pessoais, o candidato deve apresentar comprovantes de residência, de rendimentos, de conclusão do ensino médio, entre outros. O ProUni concede bolsas de estudo integrais e parciais em instituições privadas de educação superior para cursos de graduação e sequenciais de formação específica. Para o primeiro semestre deste ano, foram oferecidas 162.329 bolsas. O balanço final do programa registrou 1.032.873 inscritos. As bolsas aumentaram em relação ao número oferecido no segundo semestre de 2012, quando foram ofertadas 90.311 bolsas - 72.018 a menos que este ano. Em relação ao primeiro semestre de 2012, houve redução - foram oferecidas no período 195.030 bolsas, 32.701 a mais que neste ano. Tem direito à bolsa integral o candidato com renda familiar por pessoa até um salário mínimo e meio (R$ 1.017). Para as bolsas parciais (50% da mensalidade), a renda familiar deve ser até três salários mínimos (R$ 2.034) por pessoa.

 Fonte: Agência Brasil

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Sócios da boate Kiss têm ficha na polícia por agressão e estelionato



Kiko Spohr é acusado de agredir clientes em duas ocasiões; já Mauro Hoffmann tem registro na polícia por golpe
Os dois foram presos nesta segunda-feira por incêndio que provocou 231 mortes


SÃO PAULO e SANTA MARIA — Os arquivos da polícia gaúcha registram duas queixas de agressão física contra Elissandro Callegaro Spohr, o Kiko, um dos sócios da boate Kiss preso nesta segunda-feira. Ambas foram comunicadas por clientes da danceteria. Um terceiro boletim de ocorrência encontrado no banco de dados do Departamento Estadual de Informatica Policial (Dinp) informa o envolvimento de Kiko em acidente de trânsito com lesão culposa. O outro sócio preso, Mauro Hoffmann, tem o nome relacionado no mesmo banco de dados a um caso de estelionato.

Sob custódia da polícia gaúcha em hospital de Cruz Alta, onde alega que se internou por causa da inalação de fumaça, Kiko Spohr foi acusado de agressão corporal na danceteria no dia 18 de abril de 2010, mesmo ano do acidente de trânsito, como descrevem os boletins policiais. O segundo caso de agressão a cliente da boate ocorreu no dia 30 de janeiro de 2011. Já o caso de estelionato envolvendo Mauro foi registrado no dia 20 de novembro de 2011. Estes boletins podem ou não virar inquérito policial, dependendo a decisão da autoridade responsável pela área.

Fonte: Anjos & Guerreiros

O HOMEM E A MASSA



Trechos do livro Massa e Poder, de Elias Canetti (1905-1994), uma reflexão fundamental sobre o fenômeno das massas:  

Elias Canetti
“Não há nada que o homem mais tema do que o contato com o desconhecido. Ele quer ver aquilo que está tocando, que ser capaz de classificá-lo ou, ao menos, de classificá-lo.
Por toda parte, o homem evita o contato com o que lhe é estranho. À noite ou no escuro, o pavor ante o contato inesperado pode intensificar-se até o pânico. 

Nem mesmo suas roupas proporcionam segurança suficiente – quão facilmente se pode rasgá-las, quão fácil é avançar até a carne nua, lisa, indefesa da vítima”.(...)
“Tal aversão ao contato não nos deixa nem quando caminhamos em meio a outras pessoas. A maneira como nos movemos na rua, em meio aos muitos transeuntes, ou em restaurantes, trens e ônibus, é ditada por esse medo. Mesmo quando nos encontramos bastante próximos das pessoas; mesmo quando podemos observá-las bem e inspecioná-las, ainda assim evitamos, tanto quanto possível, qualquer contato com elas. Se fazemos o contrário, é porque gostamos de alguém, e, nesse caso, a iniciativa da aproximação parte de nós mesmos”.(...)
 
“A presteza com que nos desculpamos quando do contato não intencional; a tensão com que se aguardam tais desculpas; a reação veemente e, por vezes, violenta quando elas não vêm; a repugnância e o ódio sentidos em relação ao “malfeitor”, 
 
mesmo quando não nos é possível ter certeza de quem foi que nos tocou – todo esse emaranhado de reações psíquicas em torno do contato com o estranho demonstra, pela instabilidade e irritabilidade extremas, tratar-se aí de algo muito profundo, sempre desperto e melindroso, algo que, uma vez tendo o homem estabelecido as fronteiras de sua pessoa, nunca mais o abandona. Mesmo o sono, estado em que nos encontramos muito mais indefesos, é facilmente perturbado por este tipo de temor”.(...)
 
“Somente na massa é possível ao homem libertar-se do temor do contato. Tem-se aí a única situação na qual esse temor transforma-se no seu oposto. E é da massa densa que se precisa para tanto, aquela na qual um corpo comprime-se contra o outro, densa inclusive em sua constituição psíquica, de modo que não atentamos para quem é que nos “comprime”. Tão logo nos entregamos à massa não tememos o seu contato. 

Na massa ideal, todos são iguais. Nenhuma diversidade conta, nem mesmo a dos sexos. Quem quer que nos comprima é igual a nós. Sentimo-lo como sentimos a nós mesmos. Subitamente, tudo se passa então como no interior de um único corpo. talvez essa seja uma das razões pelas quais a massa busca concentrar-se de maneira tão densa: ela deseja libertar-se tão completamente quanto possível do temor individual do contato. Quanto mais energicamente os homens se apertam uns contra os outros, tanto mais seguros eles se sentirão de não se temerem mutuamente. Essa inversão do temor do contato é característico da massa”.
(...)
“Absoluta e indiscutível, tal igualdade jamais é questionada pela própria massa. Ela é de tão fundamental importância que se poderia definir o estado da massa como um estado de igualdade absoluta. Uma cabeça é uma cabeça; um braço é um braço – as diferenças não importam. 

É por causa dessa igualdade que as pessoas transformam-se em massa. O que quer que possa desviá-la desse propósito é ignorado. Toda demanda de justiça, todas as teorias igualitárias retiram sua energia dessa experiência de igualdade que todos, cada um a seu modo, conhecem a partir da massa”. 

AS EM CUBA, LULA DEVE ENCONTRAR FIDEL E CHÁVEZ


Ex-presidente participa hoje da III Conferência Internacional pelo Equilíbrio do Mundo, em homenagem ao líder cubano José Martí; há expectativa de conversa com líder Fidel Castro; encontro no hospital com Hugo Chávez não está descartado; Lula participou do lançamento do livro "Os últimos soldados da Guerra Fria", de Fernando Morais.
Desde segunda-feira em Cuba, onde participará de Conferência em homenagem a José Martí, herói nacional cubano, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve encontrar o líder cubano Fidel Castro e visitar o presidente venezuelano, Hugo Chávez, que está internado em Havana, em tratamento contra um câncer. Os dois encontros não estão confirmados oficialmente, mas há grande expectativa de que aconteçam. Lula também se encontrará com o presidente cubano, Raúl Castro.
Nesta terça-feira, o líder petista participou de dois eventos sociais na capital de Cuba. Pela manhã, visitou o Memorial José Martí - um monumento dedicado ao grande herói da independência cubana, que fica na Plaza de la Revolución - onde deixou flores.
À tarde, foi ao lançamento do livro "Os últimos soldados da Guerra Fria", do jornalista e escritor brasileiro Fernando Morais, que trata da ação de espiões cubanos contra a guerra. A obra foi escrita ao longo de três anos e depois de 20 viagens do jornalista à ilha.
A III Conferência Internacional pelo Equilíbrio do Mundo, que acontece nesta quarta-feira 30, é um evento que marca as comemorações dos 160 anos do nascimento de Jose Martí, para o qual foi convidado em agosto de 2011. Depois de Cuba o ex-presidente visita a República Dominicana, onde se encontrará com o presidente Danilo Medina Sánchez e o ex-presidente Leonel Fernández.
No dia 2 de fevereiro (sábado), Lula chega a Washington, onde no domingo 3 faz o discurso de abertura da conferência da The International Union, United Automobile, Aerospace and Agricultural Implement Workers of America (UAW), o sindicato dos trabalhadores da indústria automobilística e aeroespacial norte-americana. No próprio domingo Lula retorna ao Brasil.
 
 
Com informações do Instituto Lula

QUEM CONTROLARÁ O GUARDIÃO ?

(HD) Ao aprovar a reforma do Ministério Público no Brasil, e dar aos promotores e procuradores o poder de investigação criminal, os constituintes de 1988 adotaram uma cautela existente nos principais países do mundo. Os membros do Ministério Público podem, ou não, exercer a tarefa investigatória, conforme a sua própria decisão. 
 
É claro que o MP não pode, nem deve, tratar de questões policiais menores, mas a sua presença é absolutamente necessária quando se trata de delitos em que os suspeitos e os acusados são pessoas poderosas, seja pelo dinheiro, seja pela notoriedade, seja pela política.
                Foi esse poder constitucional que permitiu ao Procurador Geral da República Aristides Junqueira presidir às investigações que conduziriam ao impeachment de Collor.   Collor foi absolvido no processo judicial, conforme a decisão do STF – mas não escapou do julgamento político do Parlamento. Ainda assim, dos oito ministros do STF que o julgaram, três o condenaram.
               Sob qualquer ordem da inteligência de Estado – e mesmo com alguns exageros que serão corrigidos pela evolução do sistema e pela pressão da sociedade – o Ministério Público deve manter essa prerrogativa. A polícia judiciária, com todos os seus méritos e a dedicação de muitos de seus integrantes, comete erros todos os dias. Ainda que alguns procuradores possam também cometê-los e envolver-se em casos de corrupção, o mesmo ocorre com os juízes, e, em se tratando dos órgãos policiais, não é preciso dizer coisa alguma. O noticiário cotidiano mostra como policiais – civis e militares – integram grupos de bandoleiros e, em nome desses interesses de quadrilha, matam, muitas vezes impunemente.
              Esses argumentos não teriam de ser relembrados,  se uma Comissão Especial da Câmara não houvesse aprovado, por 14 votos a 2, proposta de emenda constitucional que retira do Ministério Público o poder de investigação. O projeto estapafúrdio é de um parlamentar obscuro, o delegado de polícia Lourival Mendes, do inexpressivo PTdoB do Maranhão.   Dois parlamentares – um deles  Santana de Vasconcelos, do PR de Minas, e o outro, Fábio Trad, do PMDB do Mato Grosso do Sul, tentaram amenizar o projeto, mantendo a presença subsidiária do MP nas investigações – mas foram vencidos. O lobby corporativo dos delegados de polícia encontrou eco na esperança de impunidade de parcela do Parlamento. A sociedade deve mobilizar-se contra esse conúbio.
            O Brasil está caminhando para tornar-se um estado policial, como se ainda estivéssemos no regime arbitrário que se encerrou em 1985, com a memorável campanha das ruas. Em um país em que mais de 10.000 pessoas foram mortas em com base em "autos de resistência à prisão" nos últimos anos, e já se discute o controle externo do judiciário, a polícia não pode ficar sem controle, seja do executivo, seja do MP, até mesmo para combater a corrupção e a tortura. Como ponderava o romano Juvenal em sua pergunta clássica,  quis custodiet ipsos custodes,           quem policiará a polícia?
            

Assange pretende concorrer ao Senado australiano em setembro

O jornalista Julian Assange, fundador do Wikileaks, afirmou nesta quarta-feira (30/01), em Londres, que planeja se candidatar para uma vaga no senado australiano em 2013. A informação foi confirmada por Kristinn Hrafnsson, representante do Wikileaks, ao site Russia Today.

Pela manhã, a primeira-ministra australiana, Julia Gilard (foto acima), anunciou que as eleições nacionais serão disputadas no dia 14 de setembro.
 
Manifestantes australianos protestam em defesa a Julian Assange em frente à Prefeitura de Sydney, em 2010

A mãe de Assange, Christine, também confirmou os planos de candidatura de seu filho à agência AAP News. Ela defendeu a ideia, afirmando que, atualmente, os eleitores australianos só podem escolher entre dois partidos [Trabalhistas e Liberais], os quais ela chamou de "Partido Lacaio dos EUA 1 e Partido Lacaio dos EUA 2".
O jornalista se encontra desde junho de 2012 exilado na embaixada equatoriana em Londres e não pode deixar o local. Caso contrário, será preso pelas forças de segurança britânicas, que monitoram o prédio, e levado à Suécia, onde responde por um processo de estupro.
O temor de Assange é que, uma vez em território sueco, ele seja extraditado para os Estados Unidos, que poderiam processá-lo por espionagem – já que o Wikileaks revelou centenas de milhares de documentos sigilosos da diplomacia norte-americana.
Em março de 2012, Assange já havia manifestado interesse em concorrer à vaga. Nascido em Townsville, no Estado de Queensland (nordeste da Austrália), Assange havia dito que gostaria de "trazer a liberdade de volta à política australiana".
Seu objetivo no Senado seria a defesa do "discurso livre" e do "direito dos cidadãos de viver suas vidas longe da interferência do Estado".
Em dezembro, ele afirmou que pretendia criar um “partido do Wikileaks”. Caso ele não possa concorrer fisicamente pela vaga, algum outro membro do site poderia concorrer em seu nome, como foi anunciado em um posto do Wikileaks no microblog Twitter.



Opera Mundi

Antissemitismo ou uma questão de timing?

scarfe
Na mesma semana em que Chico Caruso publicou sua charge infeliz, um jornal inglês faz a sua besteira.
Na mesma semana em que o cartunista Chico Caruso fez uma das charges mais despropositadas dos últimos anos no Globo, o celebrado chargista inglês Gerald Scarfe está sendo duramente criticado por um trabalho. 
 Scarfe
Scarfe retratou o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu construindo um muro, cimentado com sangue e pedaços de corpos de palestinos, no jornal Sunday Times.
Após uma reação indignada, Scarfe pediu desculpas imediatamente. Especialmente porque a data de publicação foi catastrófica: 27 de janeiro, quando os judeus comemoram a libertação de Auschwitz.
Não foi só ele quem fez um mea culpa: o dono do jornal, o tycoon Rupert Murdoch, também se manifestou no Twitter: “Gerald Scarfe nunca refletiu as opiniões do Times. Não obstante, nós nos desculpamos pelo cartum grotesco e ofensivo”.
Murdoch está fazendo média. Como uma empresa tem um colunista ou um chargista há anos trabalhando se ele não reflete as posições do lugar? Se não refletisse, não trabalharia lá. Simples assim.
Gerald Scarfe é o cartunista político do Sunday Times desde 1967. Ficou famoso por mostrar Margaret Thatcher como um pterodáctilo sedento de sangue. Depois fez a espetacular direção de arte do filme The Wall, do Pink Floyd. É um gênio.
Como quase tudo na vida, inclusive o ônibus, foi também uma questão de timing. Apesar do mau gosto, ela seria menos inoportuna se não fosse publicada numa data importante para os judeus? Ao contrário de Caruso, Scarfe publicou uma nota se lamentando em seu site: “Em primeiro lugar, eu não sou, nem nunca fui, antissemita. Eu estava, de qualquer maneira, estúpida e completamente desinformado de que a charge seria publicada no Dia do Holocausto e peço perdão pelo timing infeliz”.

Scarfe
 Kiko Nogueira no DCM

SAUDADES DA DITADURA?.PARECE QUE SO QUEREM UMA CHANCE ! - CONFIRA A IMBECILIDADE SEM LIMITES-


Como anunciado ontem, o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), futuro líder tucano na Câmara, entregou à Procuradoria-Geral da República (PGR) uma representação do PSDB contra o pronunciamento em rádio e TV em que a presidente Dilma Rousseff anunciou a redução na conta de luz.  

O PSDB lista na representação quatro exemplos do que considera utilização irregular das redes de TV e rádio nacionais. Uma delas é a semelhança entre a grafia do nome da presidente no programa e a dos programas da campanha em 2010. Os tucanos também destacam que a logomarca do governo foi utilizada no lugar do brasão da República. Um terceiro ponto é o uso, no pronunciamento, de recursos gráficos semelhantes aos usados na campanha eleitoral. Por último, o uso de roupas vermelhas, o que faria alusão à cor do PT.
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É o que o Sarney chamou de “politização da Justiça”, fenômeno que se materializou com o julgamento político do mensalão (o do PT).
A condenação da Dilma se seguirá à de Lula, pela mesma única porta da boate Kiss: a PGR.
Este ansioso blog tinha previsto que, condenado o Dirceu, a Casa Grande, instalada na Alta Magistratura, ia pra cima do Lula – como o Gurgel e o Herói Valeriodantas já foram - e da Dilma.
Não deu outra.
É provável que o brindeiro Gurgel, fã dos produtos Apple, siga o PSDB com tal fidelidade que proíba a Dilma de usar qualquer produto de cor vermelha. Nem o batom poderá ser vermelho.
Não deixe de assistir ao histórico pronunciamento sobre a redução da tarifa de energia eletrica: quando Dilma peita a Globo e os “do contra”.
Paulo Henrique Amorim
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A dor das mães e dos pais de Santa Maria pode ser vencida?

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As reflexões dos filósofos ocidentais e orientais sobre as perdas terríveis ao longo da vida
É uma daquelas situações em que você aprende que existem coisas piores do que morrer. Ver seu filho morrer, por exemplo.
Todos os grandes filósofos se detiveram na questão da morte.
Montaigne dizia que o teste real de caráter de uma pessoa era a maneira como ela se comportou diante da morte.
Ele citava Sócrates e Sêneca. Sócrates consolou seus discípulos, um dos quais Platão, antes de tomar serenamente a cicuta que a abjeta justiça ateniense lhe impôs.
Sêneca fez a mesma coisa, alguns séculos depois, quando seu antigo aluno Nero, já então desvairado, o obrigou a cortar os próprios pulsos e se matar.
Os romanos tinham um dito para se acostumar à ideia da morte: “Memento mori”. Em latim, lembre-se de que vai morrer.
Paradoxalmente, quanto mais você reflete sobre a morte, menos sufocante o fantasma dela é em seu dia a dia. Milarepa, um sábio tibetano, morava perto de um cemitério para se lembrar de que um dia morreria, e tinha uma caveira com o mesmo propósito.
Mas e quando a morte aparece para você não direta, mas indiretamente? Seu filho moço deu um beijo em você, avisou que ia a uma boate e acabou envolvido numa tragédia absurda como a de Santa Maria?
É uma daquelas situações em que você aprende que existem coisas piores do que morrer. Ver seu filho morrer, por exemplo.
Em sua imensa precariedade, a vida não poupa ninguém da possibilidade de uma catástrofe dessas. Pais enterraram, enterram e enterrarão filhos.
Príamo, o rei de Troia, tivera uma vida perfeita: dinheiro, poder, a admiração de seu povo. Velho, próximo do fim, foi obrigado a ver seu filho Heitor ser arrastado pelo chão, morto, no curso da guerra entre gregos e troianos.
“Ninguém pode dizer que foi feliz até o último momento da vida”, disse um filósofo com base no martírio sofrido por Príamo quando ele parecia prestes a encerrar uma existência gloriosa.
Para casos de pais que enterram filhos, a melhor consolação deriva do budismo, a singular religião oriental em que não existe Deus.
Na soberba fábula budista dos grãos de mostarda é contada a história de uma mãe desesperada com a morte de seu filho.
Ela recorre a Buda, de quem ouvira dizer que era capaz de fazer milagres. Buda a ouve e diz a ela que vai ressuscitar seu filho desde que ela leve a ele grãos de mostarda.
Não quaisquer grãos. Mas de alguma casa que não houvesse experimentado uma grande perda. Ela bate de porta em porta, e não encontra uma única casa sem perda.
A mãe entende então que o sofrimento é universal, e que estava irmanada à humanidade pela dor.
A dor solitária é a pior delas. A dor compartilhada é suportável. A mãe acaba virando monja, e se junta ao grupo de Buda. Aceitou sua sorte, que é a de todos – o sofrimento ao longo da jornada.
Penso nos grãos de mostarda, penso nas mães e pais e avós e avôs de Santa Maria, e por um momento sou tomado pela esperança de que, como na fábula budista, eles encontrem consolação que lhes permita seguir adiante, seja lá para onde for.
 
 Paulo Nogueira  no DCM

PIG VENEZUELANO ENCONTRA-SE FRUSTRADO - CHAVES RECUPERA-SE CADA VEZ MAIS

 
Terça-Feira, 29/01/2013
O presidente venezuelano, Hugo Chávez, está melhorando a cada dia e se encontra cada vez mais empenhado em seu trabalho, disse ontem o ministro de Ciência e Tecnologia, Jorge Arreaza (foto acima), em entrevista por telefone de Havana à rede de televisão VTV. Chávez se recupera na capital de Cuba, depois de passar por quatro cirurgias de câncer.

Chávez está ficando "cada dia melhor e mais envolvido em suas funções oficiais", afirmou Arreaza, que também é genro de Chávez e tem sido um porta-voz da família nas últimas semanas.

As informações são da Dow Jones.

(Agência Estado)

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

ESCÂNDALO NA REPÚBLICA! - E AÍ, GURGEL ? É O MENSALÃO DA APPLE ?

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Aqui vai a reportagem do Rovai sobre uma “licitação” no âmbito do brindeiro Gurgel, aquele que pegou o Renan aos 44′ do segundo tempo e se prepara para pegar o Lula com a ajuda do Herói do Supremo, o Marcos Valeriodantas.

PROCURADORIA GERAL DA REPÚBLICA DIRIGE LICITAÇÃO PARA COMPRA DE TABLETS DA APPLE

A Procuradoria Geral da República (PGR) realizou licitação no final de 2012 para a compra de 1226 tablets 1200 para a PGR e 25 para o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). Não se discute a importância dos aparelhos para o exercício da função dos procuradores, o interessante foi como o edital para compra pelo órgão comandado pelo senhor Roberto Gurgel foi produzido para que a vitoriosa no processo fosse a Apple.
A Lei de Licitações determina que marcas não podem ser citadas em editais de compras públicas, mas o edital da licitação da PGR (141/2012) cita a Apple ao menos duas vezes e exige tecnologias que só a empresa detém, o que inviabiliza a participação de qualquer outra fabricante. Ou seja, como se diz no universo das concorrências, a licitação foi dirigida.
Nas especificações técnicas para os tablets licitados, o edital determina que o aparelho precisa possuir a tecnologia “Tela Retina”, que é exclusiva da Apple e que venha equipado com o chip Apple A5X dual core, fabricado apenas para produtos da marca. Veja nas imagens.



Será que o Bill Gates também produz esse chip Apple A5X dual core ? Ou só a Apple ? Dúvida cruel !
E mais, as dimensões exigidas no edital são exatamente as mesmas do Ipad. Veja o comparativo entre o site da Apple e o texto da licitação.



Exige-se ainda uma capa para tablet, fabricada pela Apple e desenvolvida especificamente para o Ipad. Veja nas imagens abaixo onde a marca foi citada no edital.


O repórter Felipe Rousselet entrevistou Cláudio Weber Abramo, executivo da ONG Transparência Brasil, indagando-o sobre a legalidade de uma licitação feita nestes moldes. A resposta foi curta e direta: “Essa licitação é ilegal”. “As dimensões já direcionam. É difícil, mesmo pela Apple, conseguir este tipo de precisão. Não nas dimensões, mas no peso é aceitável que exista uma diferença de uma ou duas gramas”, comentou.
Evidente que a vencedora da concorrência em pregão eletrônico foi a Apple, conforme resultado publicado abaixo.

O repórter Felipe Rousselet entrou em contato com a assessoria de imprensa da PGR, do CNMP e da Apple., mas até a publicação deste post, apenas o CNMP se posicionou sobre o caso. Através da sua assessoria, o órgão afirmou que não participou da elaboração do edital para a compra dos tablets e do processo de fiscalização, apesar de ser beneficiado com algumas unidades do equipamento.
O CNMP disse ainda que o dinheiro ainda não foi empenhado. Ou seja, a empresa vencedora já foi escolhida, mas o pagamento e a entrega dos tablets ainda não foram feitos.
Roberto Gurgel que abusou dos holofotes da mídia para discursar sobre o “mensalão”, agora prefere se calar sob a suspeita de licitação dirigida envovendo R$ 2.940.990,10 no órgão que preside. 
Só para constar, o que em tese não é algo ilicito, mas pode explicar muita coisa. Esse pregão eletrônico ocorreu no dia 31 de dezembro à tarde, quando o órgão já estava em recesso. 
Dia 31 de dezembro à tarde, você não leu errado. E mesmo assim o órgão comandado por Gurgel acredita que não tem nenhuma explicação a dar à sociedade brasileira. Alvíssaras.  
 
 
Conversa Afiada