O MViva!, espaço aberto, independente, progressista e democrático, que pretende tornar-se um fórum permanente de ideias e discussões, onde assuntos relacionados a conjuntura política, arte, cultura, meio ambiente, ética e outros, sejam a expressão consciente de todos aqueles simpatizantes, militantes, estudantes e trabalhadores que acreditam e reconhecem-se coadjuvantes na construção de um mundo novo da vanguarda de um socialismo moderno e humanista.

domingo, 27 de setembro de 2015

CUCARACHADA!: O LINCHAMENTO NA REDE DO JORNALISTA QUE ESCREVEU SOBRE HADDAD, COMPROVA A VOCAÇÃO 'BANANEIRISTA' DA ELITE IDIOTA

O Idiotismo ao cubo do MBL

por : Kiko Nogueira

. ”Siga o dinheiro”. Tá com cheiro de matéria encomendada
. Pra quem eu mando e-mail pra mandar ele TOMÁ NO CU?
. Mas que filho da puta!!! Levou quanto da prefeitura ?
. Esse ‘’jornalista” (olha a foto que ele tem ao seu lado) deve ser um imprestável mesmo, não teve 
dados suficientes para saber o custo, qualidade e o projeto em si e o seu ínfimo uso.
Esses insultos são dirigidos aos jornalista Rogerio Jelmayer, um dos autores da matéria do Wall Street Journalque chamou o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, de “visionário”.
Jelmayer está sendo enxovalhado pelo Movimento Brasil Livre, o grupo de extrema direita que teve seus 15 minutos de fama no auge dos protestos anti Dilma e agora atrai anônimos paranoicos.
Na melhor tradição macartista, os cafajestes do MBL se deram ao trabalho de pescar uma foto de Jelmayer em seu Facebook para acusá-lo de desonesto.

Na imagem, Jelmayer está posando ao lado de uma foto de Che Guevara, emulando o olhar distante do registro de Alberto Korda. A foto não significa, rigorosamente, nada.
Mas para esse tipo de boçal é a prova de que se trata, provavelmente, de um comunista e só isso explica o texto que perpetrou.
A legenda fala o seguinte:
O jornalista do Wall Street Journal (e fã do Che Guevara) Rogerio Jelmayer, produz peça de propaganda para tentar alavancar a já defunta gestão de Haddad na prefeitura de São Paulo. Tendo como base seus passeios dominicais de bicicleta, o brilhante jornalista chegou à conclusão que nosso alcaide seria considerado visionário em cidades como Berlim ou São Francisco.
Ficamos um pouco confusos. Veja por quê.
COISAS QUE UM PREFEITO DE BERLIM JAMAIS FARIA:
-Ter um secretário de transportes aliado à mafia de transportes;
-Negociar com traficantes da cracolândia;
-Negligenciar obras na periferia;
-Gastar mais do que devia e tentar equilibrar suas contas criando uma indústria da multa;
-Estar envolvido no escândalo do Petrolão.
A fotografia foi postada no Twitter e imediatamente replicada por Danilo Gentili. O ex-humorista que vive se queixando da ditadura bolivariana e do cerceamento de sua liberdade de expressão achou justo “denunciar” para seus seguidores o esquerdopata.
Claude Chabrol apontou que a estupidez é infinitamente mais fascinante do que a inteligência. A inteligência tem seus limites, a estupidez não, afirmou. Quando ela se junta com a má fé, a combinação é explosiva.
A necessidade de ser dedo duro fez com que um meliante invadisse uma conta privada para roubar uma foto. Se existisse um comitê para entregar o sujeito, ali estariam os justiceiros. Qualquer um que discorde do pensamento único tem uma agenda oculta e obedece a uma cartilha inimiga. Mais eficiente do que discutir é tentar assassinar uma reputação.
É essa a canalha democrática que quer tomar o poder pendurada em Eduardo Cunha.

sábado, 26 de setembro de 2015

A hora da verdade na Síria

Rússia reforça sua posição, os EUA fracassam em criar uma força alternativa e Merkel pede negociação com Assad
por Antonio Luiz M. C. Costa

 A queda de posições cada vez mais importantes da Síria nas mãos do Estado Islâmico e de outros grupos fundamentalistas abriu uma nova fase na guerra civil. 

A Rússia, disposta a respaldar seu aliado Bashar al-Assad e garantir sua única base naval no Mediterrâneo, enviou mais armas, helicópteros e aviões à Síria, apesar de Washington ter tentado bloqueá-los solicitando à Bulgária e Grécia fechar seu espaço aéreo aos cargueiros russos. 

Foi uma tentativa contraproducente até em termos diplomáticos, pois Atenas recusou a ordem.




A prioridade atual é, porém, o Estado Islâmico. Não era assim até há poucos meses: sua “capital”, Raqqa, está a 366 quilômetros de Damasco, enquanto outros grupos rebeldes lutavam nos subúrbios da capital e em outros pontos mais vitais para a sobrevivência do regime. A falta de ataques sistemáticos à organização de Al-Baghdadi chegou a permitir à propaganda de outros grupos rebeldes alegar que ele e Assad eram secretamente aliados.
A queda de Palmira e a ameaça à estrada mais vital para o regime sírio mudaram radicalmente o quadro. Em 17 de setembro, aviões sírios realizaram o primeiro grande bombardeio em Raqqa. Na terça-feira 22, atacaram o Estado Islâmico em Palmira e mataram 38 militantes, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos.
Na quinta-feira 24, novos aviões fornecidos pelos russos foram usados por Assad em um ataque a posições do Estado Islâmico perto de Alepo, em uma tentativa de romper o cerco a uma base aérea da região.
Os EUA, que não se atrevem a enfrentar diretamente os russos, nem a contrariar os aliados sauditas que respaldam grupos rebeldes fundamentalistas no país, estão ficando sem opções. A tentativa de Barack Obama de apoiar rebeldes sírios “moderados” e pró-ocidentais contra o Estado Islâmico tem se mostrado um completo fracasso.
Sua proposta era treinar 3 mil combatentes até o final de 2015 e 5,4 mil em 12 meses e o programa foi iniciado em maio. Ao depor ao Congresso em 16 de setembro, o general Lloyd Austin, do CentCom (comando dos EUA para o Oriente Médio), admitiu que, até a data, apenas 54 haviam feito o treinamento e retornado à Síria, apenas para serem imediatamente atacados e terem seus líderes capturados pela Al-Qaeda.
Foram mal preparados para um ataque e não tinham apoio local da população pobre, nem inteligência sobre seus inimigos. Chegaram à Síria durante o feriado de Eid (17 de julho) e muitos tiveram licença para visitar parentes em campos de refugiados na Turquia, o que alertou o inimigo. Segundo o próprio general, apenas “quatro ou cinco” desse grupo continuavam em campo.
Um segundo grupo de 75 rebeldes treinados pelo Pentágono chegou à Síria em 18 de setembro. No dia seguinte, seu comandante, coronel Mohammed Daher, anunciou sua renúncia nas redes sociais alegando falta de homens, armas e seriedade em todo o processo. No dia 23, segundo o jornal britânico The Times, o grupo inteiro desertara para a Al-Qaeda, nada menos. Enquanto isso, no Iraque, soldados do Exército treinados pelos EUA para combater o Estado Islâmico desertam para se juntar ao êxodo de refugiados para a Europa.
Ante o fracasso do Pentágono e para reforçar diplomaticamente sua posição na Síria, o governo russo propôs um projeto de declaração do Conselho de Segurança para instar os integrantes a lutar contra os extremistas “em coordenação com os governos dos Estados afetados”, ou seja, com Assad.
Os EUA se recusaram a negociar esse projeto, mas o movimento dos refugiados força os europeus a buscar uma saída para o impasse. Na quinta-feira 24, Angela Merkel contrariou também seus parceiros da França e Reino Unido para declarar, na cúpula europeia sobre a crise migratória, que é preciso negociar com Assad, bem como o Irã, a Rússia, além da Arábia Saudita e “parceiros regionais”. Como ela bem sabe, o número de refugiados dobrará se o Estado Islâmico chegar a Damasco.

Explorando o vácuo deixado pelo PT com os jovens, anarquistas florescem e incluem vertente dos anarcoexpropriadores


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Foto Rodrigo Guima/Dar (à esquerda); de costas, Lucas Bruno, do Coletivo Dona Maria, foto da autora


por Sylvia Albuquerque

Morador do Grajaú, periferia da zona sul de São Paulo, o jovem Lucas Bruno integra o coletivo Dona Maria Antifascista.
Aos 22 anos, ele ajuda a compor a cena paulistana dos movimentos anarquistas – que já existiam antes das jornadas de protestos de junho de 2013 ou foram criados após os atos que levaram milhares às ruas do Brasil.
Muitos deles floresceram à sombra do desengajamento do PT com os jovens desde que o partido ascendeu ao poder em 2002 e tornou-se um partido do status quo.
Atualmente, esses grupos vivem o que alguns qualificam como “a revolução dentro da revolução”, em razão da oxigenação das propostas.
Os coletivos conciliam a defesa das tradicionais lutas dos trabalhadores — aumento salarial e melhores condições de trabalho — com as necessidades ligadas ao cotidiano da população, como transporte público, moradia, questões de gênero, homossexualidade e legalização das drogas.
Levantamentos não oficiais realizados por ONGs indicam a existência de cerca de 280 grupos com proposta anarquista em São Paulo e região metropolitana.
A militância, no entanto, é muito distinta entre si.
A.V., de 19 anos, aceitou falar com a reportagem com a condição de não ser identificada.
Ela integra grupos anarquistas que utilizam a tática black block. Comparece a eventos organizados por outros coletivos, como o MPL (Movimento Passe Livre), para realizar ações de depredação de bancos, lojas com itens de luxo e contra a polícia.
Estudante de Filosofia da USP (Universidade de São Paulo), ela afirma que só as ações de base não são suficientes como forma de manifestação contra o Estado.
“Temos por prática cometer alguns furtos, destruir agências bancárias e atacar tudo o que possa representar o capitalismo que gere nossas vidas com o apoio do Estado. Faço parte da vertente dos anarcoexpropriadores e estou presente em encontros organizados por outros movimentos. Nossas ações cresceram muito após as jornadas de 2013”, afirma.
A universitária nunca foi detida, mas afirma que alguns de seus colegas respondem a processos por destruição de patrimônio público. “A mídia só sabe dizer que somos vândalos, bandidos e criminosos. Mas o que fazemos é uma forma de repúdio, um protesto contra a violência policial praticada no estado de São Paulo, um protesto contra um o governo que tem permitido lucros cada vez mais altos aos bancos, enquanto o povo passa fome”.
Para quem mora na periferia, como Lucas Bruno, o anarquismo chega por meio de outros movimentos, fora das estruturas criadas nas universidades. Dessa maneira, o trabalho de construção de base é mais lento.
“O anarquismo sempre foi e continua sendo periférico. A nossa dificuldade, de quem mora nas favelas, é conhecê-lo, ter acesso a sua literatura, por isso eu sempre digo que o punk é a forma divertida de entrar no anarquismo. Você é atraído pela música, pelo estilo e depois consegue avançar mais. Eu me tornei punk aos 16 anos, andava de skate aqui no Grajaú, e só anos mais tarde fui saber o que era anarquismo e entrar em uma biblioteca para pesquisar sobre ele ”, relata o jovem.
O coletivo Dona Maria foi criado há pouco mais de um ano por cinco jovens que fazem oficinas de circo e outras atividades no Grajaú.
O ator Rafael Presto integra o Dar – Desentorpecendo a Razão, organizador da marcha da maconha em São Paulo. Ele afirma que dez pessoas coordenam as atividades do grupo, mas que em dias de marcha conseguem reunir cerca de 20 mil, como ocorreu este ano.
“As redes sociais têm nos ajudado a difundir nossos propósitos, por isso investimos nessa forma de comunicação. Nos consideramos anarquistas e autônomos, mas nos unimos com outros movimentos e queremos criar uma rede em que um possa apoiar o outro, mesmo que as militâncias sejam diferentes. Somos jovens e temos o papel de dar a cara para bater”, diz.
A ação horizontal, ou seja, sem hierarquia definida entre “líderes” e “comandados”, é uma das características do anarquismo. Esse jeito de se organizar atrai os jovens, pelo caráter democrático, por desafiar as instituições vistas como fossilizadas e conservadores e por replicar algo com o qual eles estão acostumados, ao experimentar a vida na internet: ação em rede.
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A Federação Anarquista Gaúcha é uma das mais antigas do Brasil; autora deste artigo, Sylvia Albuquerque monitora os movimentos sociais
De onde vem e para onde vai o anarquismo
O anarquismo surgiu como uma corrente libertária do movimento socialista internacional de trabalhadores.
Essa ideia teve seu auge no Brasil nas primeiras décadas do século XX com grandes greves gerais com participação dos recém-chegados imigrantes europeus, que trouxeram suas ideias principalmente da Itália.
Foi o momento de maior força do anarquismo no país, com a promoção de um sindicalismo revolucionário que marcou sua atividade no período.
Poucos brasileiros sabem: o movimento sindical deve muito aos anarquistas, que combateram corajosamente a exploração da mão-de-obra que acompanhou a industrialização do Brasil.
Depois dos anos 30, mesmo existente, o movimento ficou enfraquecido. O governo de Getúlio Vargas, com suas concessões aos trabalhadores, promoveu um sindicalismo atrelado ao Estado e anti-revolucionário.
Implantada em 1964, a ditadura militar abalou ainda mais o movimento, que só voltou a ganhar fôlego nos anos 80.
Essa retomada foi iniciada pelo jornal baiano Inimigo do Rei, e culminou com a reabertura do Centro de Cultura Social (fechado pelos militares após o decreto do AI-5, em 1968) em São Paulo e a fundação do Círculo de Estudos Libertários, no Rio de Janeiro.
Militante anarquista e membro do Instituto de Teoria e História Anarquista, Felipe Corrêa diz que essa “retomada” nos anos 80 caracterizou uma fase de crescimento que, entre os fins dos anos 90 e início dos 2000, contou com a formação de distintas correntes no país. Esses grupos, ao mesmo tempo que resgataram o anarquismo “clássico”, incorporaram outras vertentes, de acordo com os novos tempos.
Ao falar da CAB (Coordenação Anarquista Brasileira), Corrêa aponta: “Essa coordenação nacional foi fundada em 2012, fruto de praticamente 10 anos de articulação. São nove organizações estaduais e outras em processo de coordenação com trabalho de base em sindicatos, movimentos de bairro, rurais, estudantis e outros. Há também trabalhos de propaganda, publicações e educação popular. Hoje, o anarquismo em geral, tem aproximado muitos jovens, que chegam com novas demandas, muitos deles sem conhecer a história. São contribuições legítimas que vão se organizando na medida do possível.”
Anarquista há 40 anos, o historiador e professor Eduardo Valadares, diz que as agrupações anarquistas conseguiram recuperar a proposta de liberdade e autonomia em um momento de conservadorismo da política brasileira, dominada pelo discurso da direita.
“Vivemos uma época em que estão confundindo ser de esquerda com dar apoio ao PT. Logo, apoiam a direita para ser antigoverno. Os anarquistas têm tentado lutar contra esse discurso conservador e golpista, atuando como proposta de uma verdadeira esquerda anticapitalista. Por mais que os grupos apresentem propostas plurais, estão conseguindo avançar, mesmo de maneira lenta. E isso é fundamental”, diz o historiador.
Para Valadares, as pessoas se identificam cada vez menos com a estrutura partidária. “Os partidos chegaram a uma exaustão em suas atuações verticais [hierárquicas] e o anarquismo é uma resposta quase que óbvia para esse momento. Ele propõe a quebra dessa lógica [se se organizar a partir] de partido e de governo”. 

Fonte:Viomundo

Rattle That Lock, o novo álbum de David Gilmour



O lendário Gilmour está de volta com novo material solo

O álbum Rattle That Lock, com colaboração do guitarrista e 
produtor musical Phil Manzanera, do Roxy Music, e do 
pianista e apresentador britânico Jools Holland, foi lançado 
nove anos após seu último trabalho, On An Island, de 2006.



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Singer: golpistas tentam atrelar impeachment à Lava Jato

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Convocar Lula - mesmo na condição de testemunha - para depor na Lava Jato, faz parte da estratégia de Janot do procurador  militante de colar a imagem do ex-presidente no imaginário popular,como sendo um dos envolvidos.(Mviva)
247 - O cientista político André Singer afirma, em texto publicado neste sábado (26) na Folha (aqui) que "os adeptos da tese do impeachment têm se aproveitado da Lava Jato para vender gato por lebre". "Procuram associar os problemas de Dilma Rousseff ao megaescândalo da Petrobras, quando sabem que uma coisa nada tem a ver com a outra. Tanto é assim que no pedido protocolado por Hélio Bicudo e Miguel Reale Jr. não há palavra a respeito", revela.
Segundo Singer, os juristas justificam o requerimento "por crimes de responsabilidade que atentam contra a lei orçamentária". "Qual teria sido o atentado de Dilma ao Orçamento? Ter atrasado repasses destinados a benefícios sociais, como Bolsa Família, seguro-desemprego e Minha Casa Minha Vida em 2013 e 2014. E, sobretudo, o pecado grave de, para evitar que os beneficiários fossem prejudicados, ter acionado recursos de estatais, como a Caixa Econômica Federal, e do FGTS. Para além de constituir tema mais do que controverso, pois todos os governos da República se utilizam das estatais, cujo caráter público, aliás, é compatível com o apoio aos referidos programas, o assunto tem zero apelo popular", pondera.
Por isso, diz o cientista político, "os promotores do golpe branco tentam se aproveitar da justificada indignação dos cidadãos com a corrupção para atingir a mandatária". "O mandato presidencial nada tem a ver com os problemas que recaem sobre o partido mais popular do Brasil. Dilma Rousseff tem garantido o pleno funcionamento das instâncias investigatórias, doa a quem doer. Basta ver os indicados para o STF e a Procuradoria-Geral da República. Os golpistas afirmam que isso é obrigação. Concordo. Porém, a mesma atitude republicana se exige de quem é contra a presidente", afirma.

RANDOLFE RODRIGUES... MAIS UMA BOLA NA "REDE"


Um dia depois de conseguir a adesão do deputado Alessandro Molon, que foi o mais votado pelo PT no Rio de Janeiro para Câmara Federal, a ex-senadora Marina Silva agora traz para o Rede Sustentabilidade o senador Randolfe Rodrigues (AP), um dos parlamentares mais ativos do Congresso, que deixou o PSOL. segundo a colunista Tereza Cruvinel, a filiação deve ocorrer nas próximas horas; Rede está se tornando o destino preferido de líderes de esquerda; segundo o deputado distrital petista Chico Leite, que também ingressa na Rede com outros três deputados, o partido de Marina surge em sintonia com outras organizações partidárias ao redor do mundo, "que representam um sopro novo na política e nas formas de participação política", como o Partido da Terra, em Portugal, o Podemos, na Espanha, o Partido do Homem, na Índia e La Red, na Argentina
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O 'cardinalato' aristocrático pavão do PT não faz autocritica e isola o partido das bases
247 - O deputado federal Alessandro Molon afirma que decidiu deixar o PT e se filiar ao Rede, pois não percebe "possibilidades reais de serem feitas as correções de rumos necessárias" para o seu antigo partido.
"Exemplo disso é que em junho propusemos que o partido fizesse uma autocrítica, assumindo os erros cometidos e apontando quais medidas para evitar que voltassem a ocorrer. Nenhuma proposta foi acolhida. Isso causou um desânimo enorme e sinalizou que não temos força para mudar o partido. E, no Rio, o PT abriu mão de ser uma alternativa política real e passou a se comportar como uma linha auxiliar, uma sublegenda do PMDB. Isso é inaceitável", disse.
Ele nega que tenha deixado o partido em decorrência da crise pela qual passa o governo da presidente Dilma Rousseff. "Estou saindo pelas limitações que eu percebo no PT de se reencontrar com sua história, não estou saindo por causa de dificuldades que o governo atravessa. Essa minha decisão não tem a ver com a impopularidade da presidente ou com a dificuldade de aprovar medidas no Congresso. Ela tem a ver com o partido", diz o ex-petista que pondera que apoiará o que for "justo e correto" no ajuste fiscal.
Sobre a situação do PT no Rio, Molon diz que "o partido está se desconstituindo e vem optando pelo caminho de se esvaziar e de se entregar".
"Isso tem um peso importante porque minha atuação também é importante para melhorar a vida dos que moram aqui. Se não vejo o partido contribuindo para melhorar a qualidade de vida das pessoas do Rio, é um problema sério. Eu não pretendia ser candidato pelo PT à prefeitura, mas achava fundamental que o PT tivesse candidato e apresentasse proposta à cidade. Isso não foi considerado. Na Rede, percebo a preocupação de discutir um programa para o desenvolvimento sustentável. Não a vejo preocupada em discutir nomes, mas em se constituir como partido que vai colaborar na construção do Brasil com seus ideais de humanismo progressista, sustentável, com desejo de reinventar e reencantar a política", afirma.
A entrevista na íntegra aqui.

POR QUE O ACHACADOR MOR NÃO SOFREU IMPEACHEMENT ?: MAIS QUE CONFIRMADO EM DELAÇÃO QUE CUNHA DO PMDB COBROU E RECEBEU PROPINA MILIONÁRIA

Antonio Cruz/ABrSeu cúmplice Fernando Baiano soltou o bico e complicaou de vez a situação de Cunha na Lava Jato

Josias de Souza

Apontado pela força-tarefa da Operação Lava Jato como operador do PMDB no esquema de pilhagem da Petrobras, Fernando Falcão Soares, o Fernando Baiano, complicou a situação do presidente da Câmara. Convertido em delator no início de setembro, Baiano confirmou em seus depoimentos a acusação do lobista Júlio Camargo de que Eduardo Cunha recebeu propina de US$ 5 milhões em contratos de aluguel de navios-sonda da empresa Sansumg para a Petrobras.
Preso desde novembro de 2014, Fernando Baiano já foi condenado pelo juiz Sérgio Moro. Pegou 16 anos de cadeia pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro justamente no processo que trata da contratação de navios-sonda. O negócio rendeu propina de US$ 15 milhões. O lobista Júlio Camargo dissera que, desse total, US$ 5 milhões foram repassados a Cunha por intermédio de Baiano. O deputado negou. Mas Baiano confirmou.
Em privado, Eduardo Cunha diz aos seus aliados que, a exemplo de Júlio Camargo, Fernando Baiano não apresenta provas do que afirma. Alardeia que não há evidências materiais contra ele, apenas depoimentos de delatores. Acha que será inocentado pelo STF. O procurador-geral da República Rodrigo Janot denunciou-o ao Supremo, no mês passado, por corrupção e lavagem de dinheiro.

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Os seis meses que faltam para o fim do conflito colombiano





Por Mariana Clini Diana

O dia 23 de março de 2016 foi a data estipulada para que a Colômbia deixe de ser um país em conflito. Não se sabe se depois de assinar um acordo com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), o cenário de violência será melhor ou pior, mas mostra que o país quer deixar de ser notícia pelos seus mortos e começar um capítulo de dias melhores.
A cerimônia desta quarta-feira (23/09), onde foi anunciado o prazo para finalizar os diálogos de paz, foi histórica pelo fim do conflito, mas por também simbolizar que as partes podem se conciliar a ponto de estabelecer um acordo político. Foi o que demonstrou o aperto de mão entre o presidente Juan Manuel Santos e o chefe máximo das FARC, Rodrigo Londoño, conhecido como Timochenko.

Os próximos seis meses decidirão o quão histórico foi este aperto de mão entre o presidente Santos e o líder guerrilheiro Tymochenko, sob a mediação de Raúl Castro.
Os próximos seis meses decidirão o quão histórico foi este aperto de mão entre o presidente Santos e o líder guerrilheiro Timochenko, sob a mediação de Raúl Castro. (foto: AFP)
A cena cordial entre os dois líderes em Havana, imortalizada pelas fotos dos meios de comunicação de todo o mundo, foi seguida pelo anúncio sobre um dos temas mais espinhosos para as duas partes: a justiça transicional. Isso significou que as FARC aceitaram passar por um processo jurídico, algo até então considerado improvável, mas que foi estabelecido a partir da promessa de que os guerrilheiros estarão sujeitos às mesmas sanções que os agentes do Estado – o que gerou incômodo, principalmente por parte da oposição mais à direita, liderada pelo ex-presidente e senador Álvaro Uribe.
Outra decisão importante – e que também foi alvo de críticas opositoras – foi a anistia a todos os guerrilheiros e agentes do Estado que não tenham cometido crimes contra a humanidade. De acordo com as diretrizes da Corte Penal Internacional, serão punidos aqueles que tenham cometidos crimes graves que incluem: massacres, exploração sexual, sequestro, execuções extrajudiciais, recrutamento de menores de idade, entre outros.
Será criada uma jurisdição especial para a paz, que aplicará penas baseadas em dois critérios: os que reconheçam a responsabilidade no crime, e os que não reconheçam. Os que reconheçam suas responsabilidades perante o tribunal, terão penas de privação de liberdade entre 5 a 8 anos, em instituições especiais. Já os que não reconheçam seus delitos, poderão ter uma pena de reclusão de no máximo 20 anos em instituição carcerária comum. “O que falta na Colômbia é, não somente saber mais o que aconteceu no conflito, senão que também reconhecer o que aconteceu e lidar com as consequências”, afirmou Sergio Jaramillo, estrategista por trás da Comissão de Paz criada pelo governo.
Muitas das milhões de vítimas deste conflito concordam com Jaramillo. Constanza Turbay teve sua família quase que integralmente assassinada pelas FARC, no ano 2000 em Caquetá. Ela viajou a Cuba em 2014, junto com outras 11 vítimas do conflito. Depois de 14 anos, ela se encontrou pessoalmente com Ivan Marques, integrante da Comissão das FARC em Havana. “A verdade não só dará descanso aos meus (parentes) em suas tumbas, senão que liberará o Caquetá do nefasto modelo que se apoderou desta região e que a mantém submergida na corrupção e subdesenvolvimento”, reconheceu Turbay em carta dirigida ao país sobre o histórico perdão de Ivan Marques.
A diferença entre entregar e deixar as armas
Além da data estipulada para término do conflito armado, também foi determinado um prazo para que os guerrilheiros deixem suas armas. Depois dos seis primeiros meses, se o acordo for confirmado na reunião de março, eles terão 60 dias para se desarmarem completamente, e esta será a condição para que as FARC possam se estabelecer como um partido político legal. Isso significa que, se todos os prazos forem cumpridos, as FARC poderão participar da política colombiana como um partido político normal ainda no primeiro semestre de 2016.
O processo de entrega das armas será um dos mais delicados para a consolidação do acordo desta semana. (foto: AFP)
O processo de entrega das armas será um dos mais delicados para a consolidação do acordo desta semana. (foto: AFP)
Por sua parte, o grupo guerrilheiro, ao se referir ao acordo com o governo, usou o termo “deixar as armas”, e não entregá-las. A diferença entre as duas palavras é muito mais simbólica que semântica. Entregar as armas para o Estado, segundo o grupo guerrilheiro, significaria um ato de submissão, e também geraria desconfiança com relação ao cumprimento do acordo por parte do governo.
Como forma de se resguardarem, as FARC estão estudando mecanismos para deixar as armas sem ter que necessariamente entregar ao Estado, condição que inicialmente foi aceita pelos delegados do governo em Havana. Entre as propostas que estão sendo discutidas, uma delas é que os dois países que atuaram como mediadores do diálogo (Cuba e Noruega) participem também desse processo, um dos mais delicados para determinar o sucesso do acordo.
Poder extraordinário a Santos
Depois de três anos de negociações, que passaram por alguns altos e baixos, o governo colombiano e o maior e mais antigo grupo guerrilheiro da América Latina chegaram a um ponto em comum. Mas os resultados anunciados esta semana são apenas o primeiro passo do chamado pós-conflito. A discussão posterior se centrará na reforma constitucional que o governo colombiano deverá fazer para implementar o que foi discutido em Havana.
Para colocar as medidas em prática, o governo deverá aplicar uma estratégia para validar em terras colombianas os acordos feitos em Havana, já que para aprovar uma lei, se exige certo tempo hábil. Uma vez que todos os passos programados para os próximos seis meses sejam concretizados, o governo e a cidadania terão que esperar até que sejam aprovadas todas as leis para efetivar os demais acordos, o que poderia tardar anos, e a paciência dos colombianos talvez não chegue a tanto, muito menos a da oposição política.
Para agilizar a aprovação de leis já elaboradas – que incluem: participação política, reforma agrária, nova legislação com relação ao narcotráfico e justiça transicional – será criada uma comissão legislativa para a paz. Os integrantes serão responsáveis por tramitar os projetos de reforma constitucional e os projetos de lei para implementar os pactos com as FARC. Também serão outorgadas faculdades extraordinárias do presidente Santos, para expedir os decretos necessários para efetuar essas leis.
Mesmo com estes anúncios, que significam um grande avanço, ainda resta saber como serão investigados os crimes e se o delito de narcotráfico será anistiado ou considerado crime comum. Também não ficou claro se existe a possibilidade de que os ex-combatentes sejam extraditados aos Estados Unidos, e como será feito este julgamento.
Ainda restam muitas dúvidas – e certamente surgirão muitas outras críticas quando os acordos forem colocados em prática. Porém, Santos e Timochenko coincidem em uma coisa: já não há mais volta atrás.

Nem o próprio FHC acredita em provas contra Dilma


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É preciso tirar as consequências da entrevista de Fernando Henrique Cardoso a Ricardo Balthazar, na Folha de hoje: "os que desejam o impeachment não construíram até hoje uma narrativa convincente."
Num país que não pode perder  inteiramente a capacidade de separar verdade de mentira, nem a justiça da fraude, uma afirmação como esta não pode ser vista como um comentário passageiro. Não  é um exercício de diletantismo intelectual. Nem uma alegoria acadêmica. É um alarme que anuncia uma tentativa de ataque a democracia.
Ex-presidente da Republica, principal referência do maior partido de oposição, que patrocina as principais iniciativas contra o mandato de Dilma Rousseff no Superior Tribunal Eleitoral e no Congresso, nem Fernando Henrique Cardoso está convencido de que há elementos para se propor o impeachment.
Essa avaliação comprova o caráter absurdo da cena  ocorrida ontem na Câmara de Deputados, quando, num passo de extrema gravidade,  o presidente Eduardo Cunha anunciou abertura das discussões sobre o ritual que pode abrir os debates em torno do impeachment da presidente Dilma. É preciso repetir as perguntas que cabem nessa hora: ritual? Por que? Qual foi o crime? Qual é a "narrativa"?
O artigo 85 da Constituição enumera os crimes de responsabilidade que podem dar base a uma ação contra a presidente. Dilma não pode ser enquadrada em nenhum caso, admite FHC.
Para reforçar a dificuldade de quem quer afastar a presidente de qualquer maneira, o parágrafo 4o. do artigo 86 diz que "o Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções."
Essa ressalva exclui, de saída, qualquer tentativa de empregar as operações contábeis conhecidas como pedaladas -- e  que eram previstas em contrato considerado regular pelo TCU -- como elemento para acusar a presidente.
Esta é a questão.  Em 1992, quando Fernando Collor foi afastado, descobriu-se que o esquema clandestino do tesoureiro PC Farias ajudava a pagar as contas da casa do Presidente. Essa foi a revelação trazida pelo motorista Eriberto França, que prestava serviços a uma secretária de Collor.  
Eriberto não fez delação premiada. Nem prestou depoimento depois de apodrecer na cadeia. Em declarações espontâneas e voluntárias, como quer o bom Direito,  o motorista contou à CPI o que fez e viu. Graças àquilo que se chamava de "prova material", o processo contra Collor pode seguir em frente, pois os indícios recolhidos a partir do motorista demonstravam de forma irretorquível que o presidente  recebia benefícios pessoais de um esquema corrupto, articulado por seu tesoureiro. E isso ocorria durante seu mandato presidencial.
O enriquecimento de PC era público e notório e fora demonstrado até pela quebra do sigilo fiscal. O mesmo se pode dizer de integrantes daquilo que se chamava República de Alagoas, que desfrutavam da intimidade do governo e gabavam-se de sua influência na troca de favores. O próprio irmão do presidente denunciou o que se passava.  Não adiantou.
Até ali, havia um problema real: provar que Collor, diretamente, recebia benefícios enquanto era o presidente da República. Mesmo admitindo que muitas pessoas que foram à rua queriam afastar o presidente de qualquer maneira, com ou sem provas jurídicas, as instituições apenas se moveram nessa direção quando não havia dúvidas do envolvimento direto do presidente. Por isso o afastamento de Collor contribuiu para fortalecer a democracia.
Antes da aparição de Eriberto, a grande pergunta dos democratas de um país que enfrentava os descalabros do primeiro presidente escolhido em urna após o golpe de 64 era saber como preservar as instituições -- quando as ruas se mexiam em outra direção.
Temia-se uma ação irresponsável, uma aventura sem uma "narrativa convincente." Foi só depois da denúncia de Eriberto França que o processo andou de verdade.
O próprio Fernando Henrique foi pedir ao jornalista Barbosa Lima Sobrinho e ao advogado Marcelo Lavenére que preparassem a denúncia contra Collor.
Ao contrário do que se poderia imaginar, os artigos 85 e 86 não se destinam a proteger a presidente. Sua finalidade é defender a soberania popular. Num país onde a Constituição, em seu artigo primeiro, diz que "todos os poderes emanam do povo, que o exerce através de seus representantes ou diretamente, na forma da lei".
E então: cadê a prova? E a narrativa?.

PAPA FRANCISCO NA ONU: TETO, TRABALHO E TERRA !!!



A integra do discurso do Papa Francisco
 
Senhor Presidente,  Senhoras e Senhores,  Bom dia!

Mais uma vez, seguindo uma tradição de que me sinto honrado, o Secretário-Geral das Nações Unidas convidou o Papa para falar a esta distinta assembleia das nações. Em meu nome e em nome de toda a comunidade católica, Senhor Ban Ki-moon, desejo manifestar-lhe a gratidão mais sincera e cordial; agradeço-lhe também as suas amáveis palavras.


Saúdo ainda os chefes de Estado e de Governo aqui presentes, os embaixadores, os diplomatas e os funcionários políticos e técnicos que os acompanham, o pessoal das Nações Unidas empenhado nesta LXX Sessão da Assembleia Geral, o pessoal de todos os programas e agências da família da ONU e todos aqueles que, por um título ou outro, participam nesta reunião. Por vosso intermédio, saúdo também os cidadãos de todas as nações representadas neste encontro. Obrigado pelos esforços de todos e cada um em prol do bem da humanidade.

Esta é a quinta vez que um Papa visita as Nações Unidas. Fizeram-no os meus antecessores Paulo VI em 1965, João Paulo II em 1979 e 1995 e o meu imediato antecessor, hoje Papa emérito Bento XVI, em 2008. Nenhum deles poupou expressões de reconhecido apreço pela Organização, considerando-a a resposta jurídica e política adequada para o momento histórico, caracterizado pela superação das distâncias e das fronteiras graças à tecnologia e, aparentemente, superação de qualquer limite natural à afirmação do poder. Uma resposta imprescindível, dado que o poder tecnológico, nas mãos de ideologias nacionalistas ou falsamente universalistas, é capaz de produzir atrocidades tremendas. Não posso deixar de me associar ao apreçamento dos meus antecessores, reiterando a importância que a Igreja Católica reconhece a esta instituição e as esperanças que coloca nas suas atividades.

A história da comunidade organizada dos Estados, representada pelas Nações Unidas, que festeja nestes dias o seu septuagésimo aniversário, é uma história de importantes sucessos comuns, em um período de incomum aceleração dos acontecimentos. Sem pretender ser exaustivo, pode-se mencionar a codificação e o desenvolvimento do direito internacional, a construção da normativa internacional dos direitos humanos, o aperfeiçoamento do direito humanitário, a solução de muitos conflitos e operações de paz e reconciliação, e muitas outras aquisições em todos os setores do âmbito internacional das atividades humanas.

Todas estas realizações são luzes que contrastam a obscuridade da desordem causada por ambições descontroladas e egoísmos. Apesar de serem muitos os problemas graves por resolver, todavia é seguro e evidente que, se faltasse toda esta atividade internacional, a humanidade poderia não ter sobrevivido ao uso descontrolado das suas próprias potencialidades. Cada um destes avanços políticos, jurídicos e técnicos representa um percurso de concretização do ideal da fraternidade humana e um meio para a sua maior realização.

Por isso, presto homenagem a todos os homens e mulheres que serviram, com lealdade e sacrifício, a humanidade inteira nestes setenta anos. Em particular, desejo hoje recordar aqueles que deram a sua vida pela paz e a reconciliação dos povos, desde Dag Hammarskjöld até aos inúmeros funcionários, de qualquer grau, caídos nas missões humanitárias de paz e reconciliação.

A experiência destes setenta anos demonstra que, para além de tudo o que se conseguiu, há constante necessidade de reforma e adaptação aos tempos, avançando rumo ao objetivo final que é conceder a todos os países, sem exceção, uma participação e uma incidência reais e equitativas nas decisões. Esta necessidade duma maior equidade é especialmente verdadeira nos órgãos com capacidade executiva real, como o Conselho de Segurança, os organismos financeiros e os grupos ou mecanismos criados especificamente para enfrentar as crises econômicas. Isto ajudará a limitar qualquer espécie de abuso ou usura especialmente sobre países em vias de desenvolvimento. Os Organismos Financeiros Internacionais devem velar pelo desenvolvimento sustentável dos países, evitando uma sujeição sufocante desses países a sistemas de crédito que, longe de promover o progresso, submetem as populações a mecanismos de maior pobreza, exclusão e dependência.

A trabalho das Nações Unidas, com base nos postulados do Preâmbulo e dos primeiros artigos da sua Carta constitucional, pode ser vista como o desenvolvimento e a promoção da soberania do direito, sabendo que a justiça é um requisito indispensável para se realizar o ideal da fraternidade universal. Neste contexto, convém recordar que a limitação do poder é uma ideia implícita no conceito de direito. Dar a cada um o que lhe é devido, segundo a definição clássica de justiça, significa que nenhum indivíduo ou grupo humano se pode considerar onipotente, autorizado a pisar a dignidade e os direitos dos outros indivíduos ou dos grupos sociais. A efetiva distribuição do poder (político, econômico, militar, tecnológico, etc.) entre uma pluralidade de sujeitos e a criação dum sistema jurídico de regulação das reivindicações e dos interesses realiza a limitação do poder. Mas, hoje, o panorama mundial apresenta-nos muitos direitos falsos e, ao mesmo tempo, amplos setores sem proteção, vítimas inclusivamente dum mau exercício do poder: o ambiente natural e o vasto mundo de mulheres e homens excluídos são dois setores intimamente unidos entre si, que as relações políticas e econômicas preponderantes transformaram em partes frágeis da realidade. Por isso, é necessário afirmar vigorosamente os seus direitos, consolidando a proteção do meio ambiente e pondo fim à exclusão.

Antes de mais nada, é preciso afirmar a existência dum verdadeiro «direito do ambiente», por duas razões. Em primeiro lugar, porque como seres humanos fazemos parte do ambiente. Vivemos em comunhão com ele, porque o próprio ambiente comporta limites éticos que a ação humana deve reconhecer e respeitar. O homem, apesar de dotado de «capacidades originais [que] manifestam uma singularidade que transcende o âmbito físico e biológico» (Enc. Laudato si’, 81), não deixa ao mesmo tempo de ser uma porção deste ambiente. Possui um corpo formado por elementos físicos, químicos e biológicos, e só pode sobreviver e desenvolver-se se o ambiente ecológico lhe for favorável. Por conseguinte, qualquer dano ao meio ambiente é um dano à humanidade. Em segundo lugar, porque cada uma das criaturas, especialmente seres vivos, possui em si mesma um valor de existência, de vida, de beleza e de interdependência com outras criaturas. Nós cristãos, juntamente com as outras religiões monoteístas, acreditamos que o universo provém duma decisão de amor do Criador, que permite ao homem servir-se respeitosamente da criação para o bem dos seus semelhantes e para a glória do Criador, mas sem abusar dela e muito menos sentir-se autorizado a destruí-la. E, para todas as crenças religiosas, o ambiente é um bem fundamental (cf. ibid., 81).

O abuso e a destruição do meio ambiente aparecem associados, simultaneamente, com um processo ininterrupto de exclusão. Na verdade, uma ambição egoísta e ilimitada de poder e bem-estar material leva tanto a abusar dos meios materiais disponíveis como a excluir os fracos e os menos hábeis, seja pelo fato de terem habilidades diferentes (deficientes), seja porque lhes faltam conhecimentos e instrumentos técnicos adequados ou possuem uma capacidade insuficiente de decisão política. A exclusão econômica e social é uma negação total da fraternidade humana e um atentado gravíssimo aos direitos humanos e ao ambiente. Os mais pobres são aqueles que mais sofrem esses ataques por um triplo e grave motivo: são descartados pela sociedade, ao mesmo tempo são obrigados a viver de desperdícios, e devem sofrer injustamente as consequências do abuso do ambiente. Estes fenômenos constituem, hoje, a difundida e inconscientemente consolidada «cultura do descarte».

O caráter dramático de toda esta situação de exclusão e desigualdade, com as suas consequências claras, leva-me, juntamente com todo o povo cristão e muitos outros, a tomar consciência também da minha grave responsabilidade a este respeito, pelo que levanto a minha voz, em conjunto com a de todos aqueles que aspiram por soluções urgentes e eficazes. A adoção da «Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável», durante a Cimeira Mundial que hoje mesmo começa, é um sinal importante de esperança. Estou confiado também que a Conferência de Paris sobre as alterações climáticas alcance acordos fundamentais e efetivos.

Todavia não são suficientes os compromissos solenemente assumidos, mesmo se constituem um passo necessário para a solução dos problemas. A definição clássica de justiça, a que antes me referi, contém como elemento essencial uma vontade constante e perpétua: Iustitia est constans et perpetua voluntas ius suum cuique tribuendi. O mundo pede vivamente a todos os governantes uma vontade efetiva, prática, constante, feita de passos concretos e medidas imediatas, para preservar e melhorar o ambiente natural e superar o mais rapidamente possível o fenômeno da exclusão social e econômica, com suas tristes consequências de tráfico de seres humanos, tráfico de órgãos e tecidos humanos, exploração sexual de meninos e meninas, trabalho escravo, incluindo a prostituição, tráfico de drogas e de armas, terrorismo e criminalidade internacional organizada. Tal é a magnitude destas situações e o número de vidas inocentes envolvidas que devemos evitar qualquer tentação de cair num nominalismo declamatório com efeito tranquilizador sobre as consciências. Devemos ter cuidado com as nossas instituições para que sejam realmente eficazes na luta contra estes flagelos.

A multiplicidade e complexidade dos problemas exigem servir-se de instrumentos técnicos de medição. Isto, porém, esconde um duplo perigo: limitar-se ao exercício burocrático de redigir longas enumerações de bons propósitos – metas, objetivos e indicadores estatísticos –, ou julgar que uma solução teórica única e apriorística dará resposta a todos os desafios. É preciso não perder de vista, em momento algum, que a ação política e econômica só é eficaz quando é concebida como uma atividade prudencial, guiada por um conceito perene de justiça e que tem sempre presente que, antes e para além de planos e programas, existem mulheres e homens concretos, iguais aos governantes, que vivem, lutam e sofrem e que muitas vezes se veem obrigados a viver miseravelmente, privados de qualquer direito.

A fim de que estes homens e mulheres concretos possam subtrair-se à pobreza extrema, é preciso permitir-lhes que sejam atores dignos do seu próprio destino. O desenvolvimento humano integral e o pleno exercício da dignidade humana não podem ser impostos; devem ser construídos e realizados por cada um, por cada família, em comunhão com os outros seres humanos e num relacionamento correto com todos os ambientes onde se desenvolve a sociabilidade humana – amigos, comunidades, aldeias e vilas, escolas, empresas e sindicatos, províncias, países, etc. Isto supõe e exige o direito à educação – mesmo para as meninas (excluídas em alguns lugares) –, que é assegurado antes de mais nada respeitando e reforçando o direito primário das famílias a educar e o direito das Igrejas e de agregações sociais a apoiar e colaborar com as famílias na educação das suas filhas e dos seus filhos. A educação, assim entendida, é a base para a realização da Agenda 2030 e para a recuperação do ambiente.

Ao mesmo tempo, os governantes devem fazer o máximo possível por que todos possam dispor da base mínima material e espiritual para tornar efetiva a sua dignidade e para formar e manter uma família, que é a célula primária de qualquer desenvolvimento social. A nível material, este mínimo absoluto tem três nomes: casa, trabalho e terra. E, a nível espiritual, um nome: liberdade do espírito, que inclui a liberdade religiosa, o direito à educação e os outros direitos civis.

Por todas estas razões, a medida e o indicador mais simples e adequado do cumprimento da nova Agenda para o desenvolvimento será o acesso efetivo, prático e imediato, para todos, aos bens materiais e espirituais indispensáveis: habitação própria, trabalho digno e devidamente remunerado, alimentação adequada e água potável; liberdade religiosa e, mais em geral, liberdade do espírito e educação. Ao mesmo tempo, estes pilares do desenvolvimento humano integral têm um fundamento comum, que é o direito à vida, e, em sentido ainda mais amplo, aquilo a que poderemos chamar o direito à existência da própria natureza humana.

A crise ecológica, juntamente com a destruição de grande parte da biodiversidade, pode pôr em perigo a própria existência da espécie humana. As nefastas consequências duma irresponsável má gestão da economia mundial, guiada unicamente pela ambição de lucro e poder, devem constituir um apelo a esta severa reflexão sobre o homem: «O homem não se cria a si mesmo. Ele é espírito e vontade, mas é também natureza» (BENTO XVI, Discurso ao Parlamento da República Federal da Alemanha, 22 de setembro de 2011; citado na Enc. Laudato si’, 6). A criação vê-se prejudicada «onde nós mesmos somos a última instância (…). E o desperdício da criação começa onde já não reconhecemos qualquer instância acima de nós, mas vemo-nos unicamente a nós mesmos» (BENTO XVI, Discurso ao clero da Diocese de Bolzano-Bressanone, 6 de agosto de 2008; citado na Enc. Laudato si’, 6). Por isso, a defesa do ambiente e a luta contra a exclusão exigem o reconhecimento duma lei moral inscrita na própria natureza humana, que inclui a distinção natural entre homem e mulher (cf. Enc. Laudato si’, 155) e o respeito absoluto da vida em todas as suas fases e dimensões (cf. ibid., 123; 136).

Sem o reconhecimento de alguns limites éticos naturais inultrapassáveis e sem a imediata atuação dos referidos pilares do desenvolvimento humano integral, o ideal de «preservar as gerações vindouras do flagelo da guerra» (Carta das Nações Unidas, Preâmbulo) e «promover o progresso social e um padrão mais elevado de viver em maior liberdade» (ibid.) corre o risco de se tornar uma miragem inatingível ou, pior ainda, palavras vazias que servem como desculpa para qualquer abuso e corrupção ou para promover uma colonização ideológica através da imposição de modelos e estilos de vida anormais, alheios à identidade dos povos.

Para isso, é preciso garantir o domínio do direito e o recurso incansável às negociações, aos mediadores e à arbitragem, como é proposto pela Carta das Nações Unidas, verdadeira norma jurídica fundamental. A experiência destes setenta anos de existência das Nações Unidas, em geral, e, de modo particular, a experiência dos primeiros quinze anos do terceiro milênio mostram tanto a eficácia da plena aplicação das normas internacionais como a ineficácia da sua inobservância. Se se respeita e aplica a Carta das Nações Unidas, com transparência e sinceridade, sem segundos fins, como um ponto de referência obrigatório de justiça e não como um instrumento para mascarar intenções ambíguas, obtém-se resultados de paz. Quando, pelo contrário, se confunde a norma com um simples instrumento que se usa quando resulta favorável e se contorna quando não o é, abre-se uma verdadeira caixa de Pandora com forças incontroláveis, que prejudicam seriamente as populações inermes, o ambiente cultural e também o ambiente biológico.

O Preâmbulo e o primeiro artigo da Carta das Nações Unidas indicam as bases da construção jurídica internacional: a paz, a solução pacífica das controvérsias e o desenvolvimento de relações amistosas entre as nações. Contrasta fortemente com estas afirmações – e nega-as na prática – a tendência sempre presente para a proliferação das armas, especialmente as de destruição em massa, como o podem ser as armas nucleares. Uma ética e um direito baseados sobre a ameaça da destruição recíproca – e, potencialmente, de toda a humanidade – são contraditórios e constituem um dolo em toda a construção das Nações Unidas, que se tornariam «Nações Unidas pelo medo e a desconfiança». É preciso trabalhar por um mundo sem armas nucleares, aplicando plenamente, na letra e no espírito, o Tratado de Não-Proliferação para se chegar a uma proibição total destes instrumentos.

O recente acordo sobre a questão nuclear, numa região sensível da Ásia e do Médio Oriente, é uma prova das possibilidades da boa vontade política e do direito, cultivados com sinceridade, paciência e constância. Faço votos de que este acordo seja duradouro e eficaz e, com a colaboração de todas as partes envolvidas, produza os frutos esperados. Nesta linha, não faltam provas graves das consequências negativas de intervenções políticas e militares não coordenadas entre os membros da comunidade internacional. Por isso, embora desejasse não ter necessidade de o fazer, não posso deixar de reiterar os meus apelos que venho repetidamente fazendo em relação à dolorosa situação de todo o Médio Oriente, do Norte de África e de outros países africanos, onde os cristãos, juntamente com outros grupos culturais ou étnicos e também com aquela parte dos membros da religião maioritária que não quer deixar-se envolver pelo ódio e a loucura, foram obrigados a ser testemunhas da destruição dos seus lugares de culto, do seu patrimônio cultural e religioso, das suas casas e haveres, e foram postos perante a alternativa de escapar ou pagar a adesão ao bem e à paz com a sua própria vida ou com a escravidão.

Estas realidades devem constituir um sério apelo a um exame de consciência por parte daqueles que têm a responsabilidade pela condução dos assuntos internacionais. Não só nos casos de perseguição religiosa ou cultural, mas em toda a situação de conflito, como na Ucrânia, Síria, Iraque, Líbia, Sudão do Sul e na região dos Grandes Lagos, antes dos interesses de parte, mesmo legítimos, existem rostos concretos. Nas guerras e conflitos, existem pessoas, nossos irmãos e irmãs, homens e mulheres, jovens e idosos, meninos e meninas que choram, sofrem e morrem. Seres humanos que se tornam material de descarte, enquanto nada mais se faz senão enumerar problemas, estratégias e discussões.

Como pedi ao Secretário-Geral das Nações Unidas, na minha carta de 9 de agosto de 2014, «a mais elementar compreensão da dignidade humana obriga a comunidade internacional, em particular através das regras e dos mecanismos do direito internacional, a fazer tudo o que estiver ao seu alcance para impedir e prevenir ulteriores violências sistemáticas contra as minorias étnicas e religiosas» e para proteger as populações inocentes.

Nesta mesma linha, quero citar outro tipo de conflitualidade, nem sempre assim explicitada, mas que inclui silenciosamente a morte de milhões de pessoas. Muitas das nossas sociedades vivem um tipo diferente de guerra com o fenómeno do narcotráfico. Uma guerra «suportada» e pobremente combatida. O narcotráfico, por sua própria natureza, é acompanhado pelo tráfico de pessoas, lavagem de dinheiro, tráfico de armas, exploração infantil e outras formas de corrupção. Corrupção, que penetrou nos diferentes níveis da vida social, política, militar, artística e religiosa, gerando, em muitos casos, uma estrutura paralela que põe em perigo a credibilidade das nossas instituições.

Comecei a minha intervenção recordando as visitas dos meus antecessores.

Agora quereria, em particular, que as minhas palavras fossem como que uma continuação das palavras finais do discurso de Paulo VI, pronunciadas quase há cinquenta anos, mas de valor perene. «Eis chegada a hora em que se impõe uma pausa, um momento de recolhimento, de reflexão, quase de oração: pensar de novo na nossa comum origem, na nossa história, no nosso destino comum. Nunca, como hoje, (…) foi tão necessário o apelo à consciência moral do homem. Porque o perigo não vem nem do progresso nem da ciência, que, bem utilizados, poderão, pelo contrário, resolver um grande número dos graves problemas que assaltam a humanidade» (Discurso aos Representantes dos Estados, 4 de outubro de 1965, n. 7).

Sem dúvida que a genialidade humana, bem aplicada, ajudará a resolver, entre outras coisas, os graves desafios da degradação ecológica e da exclusão. E continuo com as palavras de Paulo VI: «O verdadeiro perigo está no homem, que dispõe de instrumentos sempre cada vez mais poderosos, aptos tanto para a ruína como para as mais elevadas conquistas» (ibid.).

A casa comum de todos os homens deve continuar a erguer-se sobre uma reta compreensão da fraternidade universal e sobre o respeito pela sacralidade de cada vida humana, de cada homem e de cada mulher; dos pobres, dos idosos, das crianças, dos doentes, dos nascituros, dos desempregados, dos abandonados, daqueles que são vistos como descartáveis porque considerados meramente como números desta ou daquela estatística. A casa comum de todos os homens deve edificar-se também sobre a compreensão duma certa sacralidade da natureza criada.

Tal compreensão e respeito exigem um grau superior de sabedoria, que aceite a transcendência, renuncie à construção duma elite onipotente e entenda que o sentido pleno da vida individual e coletiva está no serviço desinteressado aos outros e no uso prudente e respeitoso da criação para o bem comum. Repetindo palavras de Paulo VI, «o edifício da civilização moderna deve construir-se sobre princípios espirituais, os únicos capazes não apenas de o sustentar, mas também de o iluminar e de o animar» (ibid.).

O Gaúcho Martín Fierro, um clássico da literatura da minha terra natal, canta: «Os irmãos estejam unidos, porque esta é a primeira lei. Tenham união verdadeira em qualquer tempo que seja, porque se litigam entre si, devorá-los-ão os de fora».

O mundo contemporâneo, aparentemente interligado, experimenta um crescente, consistente e contínua fragmentação social que põe em perigo «todo o fundamento da vida social» e assim «acaba por colocar-nos uns contra os outros na defesa dos próprios interesses» (Enc. Laudato si’, 229).

O tempo presente convida-nos a privilegiar ações que possam gerar novos dinamismos na sociedade e frutifiquem em acontecimentos históricos importantes e positivos (cf. Exort. ap. Evangelii gaudium, 223). Não podemos permitir-nos o adiamento de «algumas agendas» para o futuro. O futuro exige-nos decisões críticas e globais face aos conflitos mundiais que aumentam o número dos excluídos e necessitados.

A louvável construção jurídica internacional da Organização das Nações Unidas e de todas as suas realizações – melhorável como qualquer outra obra humana e, ao mesmo tempo, necessária – pode ser penhor dum futuro seguro e feliz para as gerações futuras. Sê-lo-á se os representantes dos Estados souberem pôr de lado interesses setoriais e ideologias e procurarem sinceramente o serviço do bem comum. Peço a Deus onipotente que assim seja, assegurando-vos o meu apoio, a minha oração, bem como o apoio e as orações de todos os fiéis da Igreja Católica, para que esta Instituição, com todos os seus Estados-Membros e cada um dos seus funcionários, preste sempre um serviço eficaz à humanidade, um serviço respeitoso da diversidade e que saiba potenciar, para o bem comum, o melhor de cada nação e de cada cidadão. Que Deus os abençoe!