Jornalistas à beira de um ataque de nervos
Leio no Portal Imprensa que
o jornalista Paulo Henrique Amorim foi condenado a 20 meses de prisão
por "injúria preconceituosa" de cunho racista contra o colega Heraldo
Pereira (veja aqui),
podendo, contudo, a pena ser substituída por alguma restrição de
direito a ser definida; e que Boris Casoy e Jorge Kajuru trocam pesadas
acusações pelo Youtube (veja aqui),
o primeiro tratando o segundo como um "pobre coitado" que telefonava
ao bicheiro Jorginho Cachoeira para pedir dinheiro e o Kajuru
retrucando que Casoy seria "elitista", "racista", "fascista" e
"pedófilo" (veja aqui).
Os leitores podem tirar suas conclusões clicando nos quatro links acima.
Eu apenas destaco que a catilinária de Kajuru contra Casoy foi a mais
ofensiva de que já tomei conhecimento numa refrega entre jornalistas,
daí eu estranhar que "o Boris não irá se manifestar sobre esse assunto",
segundo a assessoria de imprensa da Band.
Como alguma resposta ele terá de dar em função da gravidade das imputações, presumo que vá novamente acionar a Justiça.
Então, quero deixar registrado meu inconformismo com a estranha prática
de jornalistas recorrerem aos tribunais, quando o instrumento e arma do
nosso ofício é o teclado. Heraldo, Boris e todos os outros que assim
têm procedido, deveriam confiar mais nos próprios tacos do que nas
togas.
Um Paulo Francis, p. ex., sempre encontrava o que responder, mesmo
quando um Caetano Veloso o qualificava de "bicha amarga", "boneca
travada", etc. Na minha opinião, ao esnobar Caetano como mero
"fabricante de ruídos populares", ele causou mais danos ao ego do
adversário do que conseguiria se também apelasse para baixarias. A advogada de Amorim afirmou que vai recorrer da decisão. “O Paulo
exerceu o direito de crítica. Ele tem esse estilo muito contundente,
irônico, cortante. Mas a história toda da vida dele é de defesa dos
negros, das cotas, de políticas afirmativas. Soa estranho ser acusado
dessas práticas.”
No Náufrago da Utopia/ Militanciaviva
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