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terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Super demanda mundial de óleo blinda reservas brasileiras da ação nefasta de entreguistas. Recuo da Petrobras sepulta abertura do pré-sal

247 – A queda acentuada das ações da Petrobras nos últimos pregões, que levou a cotação a R$ 4,80, no menor nível desde 2003 (leia mais aqui), terá um efeito colateral: o fim das discussões em torno do projeto do senador José Serra (PSDB-SP), que pretendia abrir a exploração do pré-sal para empresas estrangeiras como Shell, Exxon, Chevron e BP.
Desde que tomou posse como senador, no início de 2015, Serra fez de tudo para tentar emplacar seu projeto, que ganhou certo embalo após a Operação Lava Jato, que expôs casos de corrupção na Petrobras.
No entanto, com o petróleo a menos de US$ 30, nem mesmo os ultraliberais defenderão que o Brasil abra mão de suas reservas, no pior momento possível. "Ceder parte do pré-sal, em um momento de baixa do petróleo, é entregar isso ao capital internacional", argumenta o deputado Davidson Magalhães (PCdoB-BA), que coordena a frente parlamentar em defesa do pré-sal.
Diante do atual cenário de preços da commodity, a presidente Dilma Rousseff também apontou, em conversa com jornalistas no início deste ano, que os leilões de novas bacias de petróleo serão revistos neste ano. "Ninguém faz leilão de bloco de exploração a US$ 30. Como faço, em 2016, com o petróleo a US$ 30, uma concessão de 30 anos?", questionou a presidente. "A menos que alguém queira doar".
A abertura do pré-sal a empresas internacionais vinha sendo uma bandeira editorial do grupo Globo, da família Marinho, nos últimos anos. "Ainda que mantenha o modelo de partilha para o pré-sal, o governo terá então de rever a obrigação de a Petrobras ser a operadora única dos futuros blocos e ter um limite mínimo de participação nos consórcios", dizia editorial do Globo, publicado em dezembro do ano passado. Mais recentemente, os Marinho ironizaram a situação, afirmando que o pré-sal, "bilhete premiado do ex-presidente Lula", seria "inútil" (leia aqui).

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