Trabalhadores pedem o cancelamento do leilão do pré-sal
A greve dos trabalhadores da Petrobras, iniciada durante a madrugada,
atinge todas as refinarias, terminais, plataformas, campos de produção e
unidades operacionais da empresa no país, avaliou nesta quinta-feira
(17) a FUP (Federação Única dos Petroleiros), que reúne sindicatos.
Os trabalhadores pedem o cancelamento do leilão da área petrolífera de
Libra, no pré-sal, marcado para segunda-feira, além de melhorias
salariais.
A greve segue por tempo indeterminado, disseram os sindicatos.
Ao ser procurada, a Petrobras informou que nesse tipo de mobilização
tem como prática tomar todas as medidas necessárias para garantir suas
operações, "de modo a não haver qualquer prejuízo às atividades da
empresa e ao abastecimento do mercado, sendo mantidas as condições de
segurança dos trabalhadores e das instalações da companhia", sem
responder, contudo, quais os eventuais impactos da paralisação na sua
produção.
Segundo a FUP, a operação nas unidades da maioria das regiões do país
está sendo mantida pelas equipes de contingência da Petrobras, formadas
por gerentes, supervisores e outros profissionais que normalmente não
executam as tarefas de rotina das refinarias, plataformas e terminais.
"Coloca em risco a segurança das equipes e das próprias unidades", disse a federação, em nota.
Na Bacia de Campos, a greve teve adesão de pelo menos 39 plataformas,
que foram entregues pelos trabalhadores às equipes de contingência que a
Petrobras embarcou, disse a entidade sindical.
O sindicato dos trabalhadores do norte fluminense, que reúne
trabalhadores da importante Bacia de Campos, disse que 15 unidades foram
entregues com a produção de petróleo parada, e outras 24 foram
entregues produzindo.
Em Duque de Caxias, onde está a Reduc, importante refinaria do sistema
da Petrobras, a adesão à greve é de 100 por cento, disse a FUP.
Em Brasília, pouco mais de 100 trabalhadores invadiram a sede do
Ministério de Minas e Energia na manhã desta quinta-feira, informou a
Polícia Militar do Distrito Federal.
De acordo com a PM, a manifestação até o momento é pacífica.
O coordenador-geral da FUP, João Antônio Moraes, espera que a paralisação siga até o governo suspender o leilão.
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP)
garante a realização do leilão, agendado para a tarde do dia 21.
Fonte: Reuters
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