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quinta-feira, 1 de outubro de 2015

“Até onde Dilma Rousseff continuará cedendo?”

Da coluna de Janio de Freitas:

“Acabou-se o comércio de ministérios. Todos serão ocupados por especialistas da respectiva área. As exigências de certos núcleos partidários ultrapassaram os limites da política. A convivência harmoniosa entre entre os Poderes, determinada pela Constituição, foi rompida pela tentativa daqueles núcleos de ocupar o governo, de dominar o Executivo. Se quiserem me derrubar por esta decisão, podem fazê-lo. Mas fique o país ciente de que o governo só voltará a ter políticos no ministério quando as relações voltarem a ser normais. Sem tentativas de imposição, em plenas condições de respeito mútuo e de lealdade à democracia e ao bem do país e seu povo.”

Uma atitude de dignidade. Política e pessoal. No Brasil, gestos de dignidade não são considerados inteligentes. Na melhor hipótese, são vistos como temperamentais. Mas atitudes de dignidade não precisam ser inteligentes, basta-lhes a dignidade. E, se temperamentais, não têm por isso menos dignidade.
Em seguida, uma crise aguda com o Congresso. Rápida, como a labareda de uma bomba que logo se extingue. Congressos só enfrentam o clamor externo em raridades históricas. Clamor, no caso, de adesão a uma atitude coincidente com o repúdio, unânime no país, aos métodos predominantes na política.
Até onde Dilma Rousseff continuará cedendo, sujeitando-se aos que, quanto mais entregue se mostra, mais entrega exigem dela? E recebem.
“Negociações” por apoio no Congresso em troca de ministérios já eram espúrias. Nem “negociações” são mais. O que resultou das tais “negociações” foi, primeiro, um governo apenas em parte, a parte não originada desse tráfico. Depois, um arremedo de governo, com seu plano econômico primário sob bullying dos aliados hipócritas e dos oposicionistas, na Câmara. Pressente-se o que será agora. Nem é preciso ver as fichas de toda a nova leva dos arrivistas ou sondar-lhes as intenções ministeriais: são conhecidas por antecipação, desde que se sabe como e por que chegam às altitudes do governo.

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