O MViva!, espaço aberto, independente, progressista e democrático, que pretende tornar-se um fórum permanente de ideias e discussões, onde assuntos relacionados a conjuntura política, arte, cultura, meio ambiente, ética e outros, sejam a expressão consciente de todos aqueles simpatizantes, militantes, estudantes e trabalhadores que acreditam e reconhecem-se coadjuvantes na construção de um mundo novo da vanguarda de um socialismo moderno e humanista.

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

O DEFUNTO E A VIRGEM




(Crônicas de Minas) - Devo tudo o que sou, e olhem que não sou pouca coisa, ao velho Sabinho, criador de jias, fabricante de gaiolas e mercador de passarinhos, no Brejo Escuro. Pai de Carola, viúvo da benzedeira Gertrude e jagunço enrustido. Sabinho é isso mesmo, sabidozinho. Criava jias, para não dar na vista de seu ofício sério. E muito estranho, não usava revólver, nem faca. Dava outros jeitos. Era criativo. “Tudo que a gente faz, deve ter gosto e arte”. E assim era. Inventou um jeito de cruzar jia-pimenta com jia-boluda, que pesava mais e tinha gosto de cascudo com frango. Suas gaiolas eram cada uma diferente da outra. Fazia gaiola que parecia castelo, tão cheia de torres e outras nove-horas; tinha gaiola com jeito de igreja e até uma – própria pra cardeal cantador – com jeito do Palácio do Catete.
“Cada sujeito deve morrer de um jeito diferente, dependendo da safadeza que fez, e olhe que eu só cuido de canalha. Gente boa, pra mim, é santo”. Armava alçapões para pegar passarinhos do mesmo jeito que montava suas arapucas pra caçar os grambaus. Não sei dizer de onde ele tirou essa palavra para as suas vítimas.
Pressenti, naquele domingo, depois da missa, que ele me colocara na sua lista de grambaus. Foi o jeito que ele me olhou.

Eu estava inocente: dera de bobo e desinteressado, quando Carola abriu o jogo. Estava, como se diz, “a fim”. Esqueci do caso da mulher de Putifar; se tivesse me lembrado, ficaria também “a fim”. Carola, não sendo casada com Putifar, e estando ofendida com minha covardia (foi por medo que não a levei ao rio), deve ter contado o caso para o pai. Pronto: passei à categoria de grambau.
Tratei logo de botar água no visgo de Sabinho. Aleguei negócio urgente na capital, e viajei pro Morro Triste. Arranjei um barraco, botei lá minhas coisas, e mandei um recadeiro positivo avisar a Carola que estava “a fim”. Ela chegou de tardezinha, meio ressabiada, sinal de que eu estava certo. Abri uma garrafa de vinho doce – ela adorava vinho doce – e taquei no copo três comprimidos daqueles dos bons. Ela dormiu, e eu fiquei de olho aceso e ouvido esperto. 

Foi então que ouvi o barulho do chocalho. Percebi logo: cascavel ensinada. Com jeitinho, e jeitinho eu tenho, agarrei a bicha pelo pescoço, e a enfiei no pote vazio e de boca larga, tampei bem, deixei passar um bom tempo, simulei certos ruídos de prazer. Depois, dei um urro de dor. Foi a tempo de Sabinho olhar pela fresta da janela e me ver arriado no chão. Chamou pela filha, e ela dormia feito pedra. Arrombou a porta – e foi a minha vez. Ficou de costas para ver a filha, e aproveitei. Sendo ele mais maneiro de corpo, puxei o bicho pelo pescoço, e enfiei sua cara na boca do pote, e sujiguei forte. Esperei até que não se mexesse mais e me mandei, deixando para trás o defunto e a virgem.
Com o que aprendi com Sabinho, usando em outros ofícios, cheguei aonde cheguei.

Venezuela investiga suposto massacre de 80 ianomâmis por garimpeiros brasileiros

Ianomâmis vivem na região amazônica do Brasil e da Venezuela.
BBC Brasil

A Promotoria da Venezuela investiga um suposto massacre de índios ianomâmi em uma aldeia situada na fronteira com o Brasil, num caso em que garimpeiros brasileiros são apontados como suspeitos da morte de até 80 de pessoas.
O suposto massacre, segundo testemunhas e sobreviventes, teria sido desencadeado pela tentativa dos garimpeiros de estuprar mulheres indígenas.
A Promotoria Geral da Venezuela indicou nesta quarta-feira uma comissão para investigar o suposto ataque, que teria sido cometido em julho, mas cujos detalhes só vieram à tona nos últimos dias.
De acordo com a ONG Survival International, os índios, que teriam encontrado os corpos carbonizados das supostas vítimas do massacre, só conseguiram reportar a ação muito tempo após ela ter sido cometida, já que os ianomâmi vivem em uma região isolada e as testemunhas levaram dias para chegar a pé até o povoamento mais próximo.
Histórico
Os ianomâmi são uma das maiores tribos relativamente isoladas da América do Sul. Vivem em florestas tropicais e em montanhas no norte do Brasil e no sul da Venezuela. No Brasil, seu território tem o dobro do tamanho da Suíça. Na Venezuela, os índios ianomâmis vivem em uma região de 8,2 milhões de hectares no Alto Orinoco. Juntas, as duas regiões formam o maior território indígena florestal em todo o mundo.
A denúncia sobre o suposto massacre ocorre no ano em que os indígenas celebram as duas décadas de criação do território ianomâmi no Brasil. Em março deste ano, o líder ianomâmi Davi Kopenawa havia alertado a ONU, em Genebra, sobre os perigos trazidos pela mineração ilegal, colocando a vida de indígenas em risco, principalmente em tribos isoladas, e contribuindo para a destruição da floresta e a poluição de rios.
''Testemunhas que conversaram com os três sobreviventes do ataque contaram que a comunidade irotatheri foi atacada e que ali vivem aproximadamente 80 pessoas. Esse é o número de mortos com o qual estamos trabalhando, mas esse dado ainda não foi confirmado", disse à BBC Mundo Luis Shatiwë, secretário-executivo da organização ianomâmi Horonami.
Especialistas que conhecem a região e a realidade das comunidades pediram cautela e advertiram sobre a dificuldade em verificar-se a precisão das denúncias, em parte pelo fato de que é complicado o acesso à zona conhecida como Alto Orinoco.
'Corpos carbonizados'
Ainda segundo o relato de Luis Shatiwë, "no último dia 5 de julho, um grupo de garimpeiros queimou a aldeia irothatheri. Em seguida, três visitantes chegaram à comunidade e encontraram os corpos carbonizados''.''Ao tomarem outro caminho para voltar, os visitantes encontraram três sobreviventes no meio da selva, que narraram que os garimpeiros pretendiam abusar sexualmente de mulheres ianomâmis. Diante da resistência dos ianomâmis, que conseguiram resgatar as jovens, os mineiros começaram a murmurar e a se organizar para matar e destruir a comunidade. Foi assim que o ataque ocorreu'', afirmou Shatiwë.


Segundo observadores, região é alvo da ação de garimpeiros ilegais desde os anos 1980

''Os três sobreviventes disseram que não podiam abandonar a aldeia, já que tinham ali os corpos sem vida de seus entes queridos. E pediram aos visitantes que transmitissem a informação ao exterior e pedissem ajuda. Assim começou o itinerário de volta, que culminou nesta semana, com a apresentação da denúncia formal do massacre perante as autoridades de Puerto Ayacucho (na Venezuela)'', contou Shatiwë.

A denúncia foi apresentada perante a Promotoria-Geral e a Defensoria Popular, em Puerto Ayachucho, e também perante a 52ª Brigada de Guarnição Militar, que registrou os depoimentos.
Incursões de garimpeiros
Em entrevista à BBC Mundo (serviço em espanhol da BBC), a antropóloga Hortensia Caballero disse que a ação ilegal dos garimpeiros brasileiros na região ocorre desde o final dos anos 1980.
Em 1993, uma incursão de garimpeiros da comunidade Haximú, em território venezuelano, levou à morte de 16 índios ianmoami.
''Foi nesse momento que o Estado Venezuelano começou a se envolver, quando se deu conta de que a matança havia ocorrido em seu território. Um grupo de direitos humanos com sede em Puerto Ayacucho fez uma denúncia perante a Comissão Interamericana por julgar que governo venezulano atuava de forma negligente, e a comissão deu razão aos ianomâmis'', afirmou a antropóloga.
Em 1999, o governo da Venezuela assinou um acordo no qual se comprometeu a implementar e financiar um programa de saúde para o povo ianomâmi e a firmar um acordo com o governo do Brasil com o intuito de promover a vigilância e a repressão à mineração ilegal.
Um advogado que trabalhou com organizações indígenas no Estado do Amazonas, na Venezuela, e que prefere manter anonimato devido ao temor de represálias, disse à BBC Mundo que teme que as incursões de mineiros ilegais em áreas indígenas estejam se intensificando.
''Devido à subida do ouro, existe uma incursão muito forte de mineração ilegal em toda a zona, e, com ela, todo um sistema de delinquência organizada, que vai além da área ianomâmi e se propaga por todo o Estado."
A Venezuela conta com cerca de 15 mil índios ianomami no Estado do Amazonas e outra parte no Estado de Bolívar. Os indígenas estão distribuídos ao longo de 200 comunidades, que mantêm práticas tradicionais de caça, pesca, coleta, ritos fúnebres, mitos e cosmologia.
_______________________________________________

Comunidade indígena sofre novo ataque de pistoleiros no Mato Grosso do Sul


Durante o ataque, os indígenas estavam reunidos com o antropólogo do MPF, Marcos Homero, representantes da Funai e agentes da Força Nacional. Comunidade já havia sido atacada no dia 10 de agosto.Após o ataque, na sexta-feira (10), a Polícia Federal e a Funai estiveram no acampamento - Foto: Juliana Melo/Funai

Por Renato Santana, Cimi

Pistoleiros atiraram na tarde dessa terça-feira (28) contra o tekoha Arroio Korá, do povo Guarani Kaiowá, localizado no município de Paranhos, fronteira do estado do Mato Grosso do Sul com o Paraguai. Por enquanto, não há notícias de feridos, mas a violência imposta pelos jagunços dessa vez não respeitou ao menos órgãos federais.
Durante o ataque dos atiradores, a comunidade indígena estava reunida com o antropólogo do Ministério Público Federal (MPF) do estado, Marcos Homero. Com ele estavam representantes da Fundação Nacional do Índio (Funai) e agentes da Força Nacional. Em Arroio Korá vivem cerca de 400 Guarani Kaiowá.
Os tiros foram desferidos contra o grupo reunido, que se dispersou. “Ficamos assustados. Acontece sempre de atirarem contra nós, por cima do acampamento. Hoje estava o Ministério Público, a Funai. Eles viram como acontece”, declarou a liderança de Arroio Korá, Dionísio Guarani Kaiowá.
Ameaçado de morte, o indígena não pode se locomover livremente pela Terra Indígena de sete mil hectares homologada em 21 de dezembro de 2009, mas que nunca teve os não-índios retirados pela Funai. Conforme decisão do Aty Guasu, grande reunião Guarani Kaiowá, a situação não poderia mais se manter.
No último dia 10 de agosto, a comunidade decidiu iniciar a retomada da área, e desde então Dionísio está marcado para morrer, além de seguir exigindo das autoridades providências quanto ao desaparecimento de Eduardo Pires Guarani Kaiowá, levado pelos pistoleiros durante ataque no dia do movimento de retomada.
“Aqui estamos vivendo assim, porque os invasores de nossas terras estão todos aqui dentro e não aceitam que estamos retomando o que é nosso. Estamos aqui e não vamos sair”, decretou Dionísio. Na última semana, o indígena entrou para o Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos da Presidência da República.
Uma criança morreu durante o ataque dos pistoleiros, ocorrido logo após o movimento de retomada. Um indígena chamado Eduardo Pires ainda está desaparecido e conforme testemunhas ele teria sido levado pelos pistoleiros. Segundo o MPF, o objetivo da investigação, além de apurar a ocorrência de crimes, é também o de preservar o local dos fatos para futuros exames periciais.
Relatório de Identificação da Terra Indígena, realizado pelo antropólogo Levi Marques Pereira e publicado pela Funai, atesta, em fontes documentais e bibliográficas, a presença dos guarani na região desde o século XVIII.


Comunidade após o ataque do dia 10 de agosto - Foto: Conselho Aty Guassu

Em 1767, com a instalação do Forte de Iguatemi, os índios começaram a ter contato com os “brancos”, que aos poucos passaram a habitar a região com o objetivo de mantê-la sob a guarda da corte portuguesa. A partir de 1940, fazendeiros ocuparam a área e passaram a pressionar os indígenas para que deixassem suas terras tradicionais.
Os primeiros proprietários adquiriram as terras junto ao Governo do, então, Estado de Mato Grosso e, aos poucos, expulsaram os índios, prática comum naquela época. Contudo, os indígenas de Arroio Korá permaneceram no solo de seus ancestrais, trabalhando como peões em fazendas.
Homologação contestada
No dia 21 de dezembro de 2009, o presidente Luís Inácio Lula da Silva homologou os sete mil hectares da Terra Indígena Arroio Korá. Desrespeitando o recesso do STF, o ministro Gilmar Mendes, oito dias depois do ato de homologação, embargou 184 hectares da área a pedido dos fazendeiros.
“O que perguntamos é: por que o processo ainda está parado e qual a razão da Funai não retirar os invasores de todo o resto da terra que não foi embargada? A guerra que nos declaramos é contra essa morosidade. Não vamos aceitar mais tanta demora em devolver nossas terras”, disse Eliseu Guarani Kaiowá.
_________________________________________
 

POLICARPO JR, ERA MESMO 'PAU MANDADO' DE CACHOEIRA

 
AFIRMAÇÃO FOI FEITA PELA MULHER DO CONTRAVENTOR CARLINHOS CACHOEIRA AO JUIZ FEDERAL ALDERICO ROCHA SANTOS; SE DEU DURANTE TENTATIVA DE CHANTAGEM SOBRE ELE, PARA QUE TIRASSE O MARIDO DA PENITENCIÁRIA DA PAPUDA; SANTOS REGISTROU AMEAÇA À JUSTIÇA FEDERAL, EM JULHO, COMO MOSTRA DOCUMENTO OBTIDO COM EXCLUSIVIDADE POR 247
247 – É muito mais surpreendente, perigosa e antiética a relação que une o contraventor Carlinhos Cachoeira e o jornalista Policarpo Júnior, editor-chefe e diretor da sucursal de Brasília da revista Veja, a julgar pela ameaça feita pela mulher de Cachoeira, Andressa Mendonça, ao juiz federal Alderico Rocha Santos.
Documento obtido com exclusividade por 247 contém o ofício à Justiça Federal de Goiás, datado de 26 de julho, assinado pelo juiz Rocha Santos, no qual ele relata como foi e quais foram os termos da ameaça recebida de Andressa. A iniciativa é tratada como "tentativa de intimidação". Ele lembrou, oficialmente, que só recebeu Andressa em seu gabinete, na 5ª Vara Federal, em Goiânia, após muita insitência da parte dela.



Com receio do que poderia ser a conversa, Rocha Santos pediu a presença, durante a audiência, da funcionária Kleine. "Após meia hora em que a referida senhora inistia para que este juiz revogasse a prisão preventiva do seu marido Carlos Augusto de Almeida Ramos, a mesma começou a fazer gestos para que fosse retirada do recindo da referida servidora".
Em sua narrativa à Justiça, Rocha Santos afirma que perguntou a Andressa porque ela queria ficar a sós com ele, obtendo como resposta, após nova insistência, que teria assuntos íntimos a relatar, concernentes às visitas feitas a Cachoeira, por ela, na penitenciária da Papuda. Neste momento, o juiz aceitou pedir a Kleine para sair.
"Ato incontinenti à saída da servidora, a sra. Andressa falou que seu marido Carlos Augusto tem como empregado o jornalista Policarpo Jr., vinculado à revista Veja, e que este teria montado um dossiê contra a minha pessoa".
A importância do depoimento oficial obtido com exclusividade por 247 é fácil de perceber. Nunca antes alguém tão próximo a Cachoeira, como é o caso de sua mulher Andressa, havia usado a expressão "empregado" para definir o padrão de relação entre eles. Após essa definição, Andressa disse que Policarpo tinha pronto um dossiê capaz de, no mínimo, constranger o juiz Rocha Santos, a partir de denúncias contra amigos dele. O magistrado respondeu que nada temia, e não iria conceder, em razão da pressão, a liberdade solicitada a Cachoeira. O caso rendeu a prisão de Andressa, que precisou pagar R$ 100 mil de fiança para não enfrentar a cadeia por longo tempo. A fiança foi paga em dinheiro. O juiz, ao denunciar a "tentativa de constrangimento", fez a sua parte. Cachoeira continua atrás das grades, na Papuda. Policarpo Jr. permanece com a sua reputação em jogo. Um dos grampos da Polícia Federal revelou que ele pediu a Cachoeira para realizar um grampo ilegal sobre o deputado federal Jovair Arantes – e conseguiu o que queria.
Confira documento na íntegra
__________________________________________

MAIS UMA ESPANHOLICE DO REI BABACA DOS ESPANHOIS - MONARCA ARROGANTE APLICA BOFETES EM SEU CHOFER


Major Curió e doutor Asdrúbal denunciados por crimes na ditadura

O Criminoso "majó" Curió, prestará conta das mortes que comandou
Em uma decisão inédita e histórica, a juíza da 2ª Vara Federal de Marabá, Nair Pimenta de Castro, recebeu as denúncias formuladas pelo Ministério Público Federal (MPF) contra dois dos agentes da ditadura apontados por vítimas e familiares como os maiores carrascos do período: o coronel da reserva do Exército, Sebastião Rodrigues de Moura, o Major Curió (foto), e o major da reserva Lício Augusto Maciel, o doutor Asdrúbal. Os dois são apontados como responsáveis pelo sequestro qualificado de militantes que atuaram na Guerrilha do Araguaia.
Envergonhando a farda:
O coronel da reserva do Exército Brasileiro, Sebastião Rodrigues de Moura, o "Majó" Curió, e o major da reserva Lício Augusto Maciel, o doutor Asdrúbal, serão os primeiros militares brasileiros a responder pelos crimes de lesa-humanidade cometidos durante a ditadura militar. Em uma decisão inédita e histórica, a juíza da 2ª Vara Federal de Marabá, Nair Pimenta de Castro, recebeu as denúncias formuladas pelo Ministério Público Federal (MPF) contra dois dos agentes da ditadura apontados por vítimas e familiares como os maiores carrascos do período.
Na denúncia, os dois são apontados como responsáveis pelo sequestro qualificado de militantes que atuaram na Guerrilha do Araguaia, na década de 1970, e estão desaparecidos até hoje. O major Curió é acusado de comandar as tropas que prenderam Maria Célia Corrêa (Rosinha), Hélio Luiz Navarro Magalhães (Edinho), Daniel Ribeiro Callado (Doca), Antônio de Pádua Costa (Piauí) e Telma Regina Cordeira Corrêa (Lia), entre janeiro e setembro de 1974. Todos eles foram capturados no Araguaia, levados a bases militares, submetidos à tortura e nunca mais foram vistos.

Curió se acha uma espécie de herói fascista do Brasil
O doutor Asdrúbal é responsabilizado pela captura de Divino Ferreira de Souza, o Nunes. De acordo com as investigações do MPF, Divino foi emboscado no dia 14 de outubro de 1973 pelos militares chefiados por Lício, quando estava ao lado de André Grabois (o Zé Carlos), João Gualberto Calatroni (o Zebão) e Antônio Alfredo de Lima (o Alfredo). 
 Apesar de ferido, Divino foi interrogado e torturado. Tal como os demais, não foi mais visto.
Na denúncia, o MPF defende que a responsabilização penal de Sebastião Curió e Lício Maciel é obrigação do Estado brasileiro diante da sentença da Comissão Interamericana de Direitos Humanos sobre o tema e não contradiz a Lei de Anistia ou o julgamento do Supremo Tribunal Federal, que a revalidou, em 2010. Para a acusação, os acusados são responsáveis por crimes contra a humanidade, que são imprescritíveis e não passíveis de anistia.
Ustra e Gravina
Em São Paulo tramita uma terceira ação penal relativa a crimes da ditadura, contra o ex-chefe do Doi-Codi, Carlos Alberto Brilhante Ustra, e o delegado da Polícia Civil, Dirceu Gravina, pelo crime de sequestro qualificado do bancário Aluizio Palhano Pedreira Ferreira, ocorrido em maio de 1971. A Justiça Federal, entretanto, negou o recebimento da denúncia. O MPF recorreu e aguarda julgamento de recurso.
_________________________________
 

ELEIÇÕES 2012 - O CANDIDATO PALHAÇO Á PREFEITURA DE BELÉM

Existem cidadãos aqui em Belém do Pará que, definitivamente, não levam  á sério o horário de propaganda gratúita na tv: o confundem com um programa de humor,  tal são as disparidades e aloprações em nível de promessas bestialmente proferidas por alguns candidatos, que se apresentam para a sociedade para lá de caricatos, assessorados e dirigidos por marqueteiros idiotas. 
MARQUETEIROS PICARETAS AJUSTANDO A IMAGEM DE CANDIDATOS PICARETAS
Quem já teve a paciência histórica de assistir o 'horário político' (muita gente escaldada desliga os aparelhos), pode constatar:são balaios de promessas que não se ajustam á verdade conjuntural; que estão fora de quaisquer padrões aceitáveis estruturalmente falando; que são proferidas com fundo musical para dentro dos nossos lares contendo uma tonelada de mentiras deslavadas e  recheadas com toda sorte de promessas, totalmente despropositadas, apartadas do fator exequibilidade em nível administrativo-financeiro; tudo por má fé com o eleitor, ganância cega pelo cargo, ou ignorância política de determinados candidatos que, desde o inicio da suas campanhas, surgem mal intencionados com o grande eleitorado. 
BELEMENSES OTÁRIOS, EU VOU CONSTRUIR CINCO NOVOS PRONTO SOCORROS!
A questão que levantamos aqui reside na necessidade de verificação dos dados desses péssimos cidadãos, presepeiros irresponsáveis alguns francamente  despreparados, que se acham no direito de postular o cargo de mandatário municipal da capital paraense, mas que, não sentem-se obrigados á se preparar para exercer a importante tarefa; que deveriam, eu disse deveriam, passar por uma espécie de triagem ou impedimento - diferente daquela á qual submeteu-se o candidato palhaço Tiriríca -  da necessidade da existência de uma linha de defesa pública por parte do tribunais, aquém das urnas, onde, caso se detecte alguma irregularidade. 
O MARQUETEIRO MONSTRO APRESENTA O SEU CANDIDATO PALHAÇO MONTRO

É difícil, mas bom seria se o TRE, preventivamente, pudesse formatar e proceder algum tipo de denuncia conjuntamente com o  Ministério Público, por um  pressuposto delito de falsidade genérica e ideológica; criando uma espécie de  ati-virus anti-picareta, um remédio legal que, no final do processo de depuração moral seletivo, fosse capaz de oferecer ao eleitorado desarmado, somente os nomes daqueles postulantes que, verdadeiramente, não somente possuíssem, mas, feito a mulher de Júlio César, demonstrassem reconhecida capacidade profissional, experiencia administrativa, postura e ética do início ao fim da campanha; que, além dessa condição moral, comprovassem a devida formação acadêmica á altura,  provando serem capazes de tomar conta dos cofres da nossa sofrida e bombardeada municipalidade, para evitar o que ocorreu em nossa cidade nos últimos oito anos, e que agora encontra-se endividada até o ano de 3.000.000. D.C., engessada pela gula e voluptuosidade do atual e orgulhoso gestor, o Nero no tucupi, Dulciomar Costa, que, pela justiça encontra-se acuado com relação a dezenas de inquéritos, que passadas as eleições, terá que responder, conjunto de processos que podem levá-lo á constrangedoras situações condenatórias.

Eduardo Bueres 
Blog militanciaviva

O texto abaixo é do Blog O Bilhetim, do Edir Veiga:

2012: quem deve surgir nas próximas sondagens

A minha última pesquisa de opinião,ocorreu entre os dias 16 e 18 de agosto, portanto 3 dias antes de começar o horário eleitoral gratuito.
Após duas semanas de campanha na TV, muitas mudanças deverão ser evidenciadas nas próximas pesquisas.
Parece certo que Anivaldo deixará o patamar dos entre 2 e 3% e deverá ultrapassar o o patamar dos 5%.
Como Jordy empatou com Zenaldo antes do horário eleitoral, é provável que o Jordy avance além do patamar entre 10 e 11%. Será que Zenaldo também crescerá no mesmo patamar de Jordy?
E  Alfredo Costa, alçará voo também?
Jefferson Lima tem potencial de crescimento, após o início da campanha na TV?
Será que Priante ultrapassará o teto de 20%?
Bom, se todos crescerem como espera-se, estas intenções de votos só podem sair de um lócus: de Edmilson Rodrigues. Então deveremos esperar  nas próximas pesquisas perda entre 3 e 5 pontos nas intenções de votos pró-Edmilson.
Só um crescimento concentrado de Zenaldo, Jordy, Anivaldo e Jefferson Lima poderá vir a ameaçar a passagem de Ed ao segundo turno. Eu diria que as chances de Edmilson chegar ao segundo são enormes, principalmente porque a sociedade cvil petista tende, na reta final, a práticar o voto útil em favor de Edmilson.
Quem atingir 18%, creio, estará na disputa direta pela passagem ao segundo turno.
 

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

CLIMA DE CUBA VEM AQUECENDO HÁ 18 MIL ANOS


DURANTE os últimos 18 mil anos, depois da ocorrência do Último Máximo Glacial, a temperatura média aumentou de forma natural, entre seis e oito graus Celsius, em zonas de montanha da região ocidental de Cuba, o qual demonstra uma clara tendência ao aquecimento gradual do clima, nessa zona de nosso arquipélago.

Tal hipótese faz parte dos resultados do estudo “Reconstrução Paleoclimática e Paleoambiental do Plistoceno Tardio-Holoceno para Cuba ocidental”, cujo autor principal é o professor Jesús M. Pajón, pesquisador do Museu Nacional de História Natural (MNHN), pertencente à Agência de Meio Ambiente, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente.


Para chegar a essa conclusão foi necessário estudar diversas estalagmites de grutas que fazem parte do sistema cavernoso Majaguas-Cantera, situado na serra de San Carlos, em Pinar del Rio.


Estas pesquisas contaram com o emprego de novos métodos analíticos de tecnologia moderna, mediante os quais foi possível realizar as datações isotópicas de Urânio/Tório e Carbono 14, além de avaliar os isótopos estáveis de oxigênio e carbono.

Segundo explicou o especialista, os trabalhos são desenvolvidos através de um projeto de colaboração com a Academia das Ciências de Heidelberg, na Alemanha, onde participam os professores Augusto Mangini, Cláudia Fensterer, Denis Scholz e Andrea Schroeder-Ritzrau.

As mencionadas formações de cavernas constituem uma espécie de arquivo natural, de muito valor nas indagações referentes às mudanças climáticas do passado, porque em seus anéis ou faixas de crescimento anual ficam registradas as modificações na composição ou atividade dos isótopos de oxigênio, que se produzem se esses eventos ocorreram.

Para a ciência é fundamental conhecer a evolução das temperaturas e outras variáveis nos diferentes períodos históricos da Terra, pois isso permite diferenciar com objetividade as mudanças produzidas pela variação natural e aquelas atribuídas à ação do homem, dados de suma utilidade na altura de desenhar modelos de previsões climáticas futuras mais fundamentados.

Alguns dos resultados destes estudos serão publicados, proximamente, nas revistas científicas de alto impacto The Holocene e Earth and Planetary Science.

Fonte: GRANMA
/Blog Solidários