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Eike na capa de revista americana ABAIXO: “um dos maiores colapsos pessoais e financeiros da história”
A derrocada do bilionário Eike Batista é tema de mais uma publicação
internacional. O rosto preocupado do empresário estampa a capa da
revista Bloomberg Businessweek, que traz a chamada “Como perder uma
fortuna de US$ 34,5 bilhões em um ano”.
Para a revista, Eike pode estar
se aproximando da falência, o que seria um dos maiores – se não o maior –
“colapsos pessoais e financeiros da história”.
A reportagem começa relembrando a comemoração do início da produção
de petróleo pela OGX, a petroleira do grupo EBX. Tratava-se de uma
visita de Eike, da cúpula política nacional – incluindo a presidente
Dilma Rousseff – e de investidores estrangeiros às obras do Porto do
Açu, em abril de 2012. Eram bons tempos, quando Eike, com 55 anos,
surgia como a oitava pessoa mais rica do mundo e era celebrado como a
personificação do crescimento econômico brasileiro.
Naquela época, Eike conseguiu apoio de muitos investidores
importantes. Entre os exemplos, a Businessweek cita BlackRock e Pimco,
dois dos maiores gestores de recursos do mundo, como compradores de
ações e títulos da OGX. O empresário vinha de uma trajetória de ascensão
como especialista em recursos naturais, potencializada pelo crescimento
econômico no governo Lula e pela abertura de capital de suas empresas.
A OGX mesmo, cita a reportagem, teve o maior IPO (oferta inicial de
ações) do país, levantando R$ 6,7 bilhões com base em uma estimativa de
reservas potenciais de petróleo equivalente a um terço das pertencentes à
Petrobras. O império de Eike se expandia, com outras empresas
destinadas a prover infraestrutura para as demais unidades do grupo.
Em 2011, porém, surgiram as primeiras revisões de reservas da OGX,
mais baixas do que as iniciais. Mesmo assim, Eike e o executivo à frente
da petroleira, Paulo Mendonça, continuaram a destilar otimismo. Quando
os resultados da empresa ficavam aquém das expectativas, Eike recorria
ao mercado financeiro para financiar as operações. Em 2012, diz a
revista, tanto a economia brasileira quanto os negócios da EBX
desaceleraram. Neste ano, poços da OGX foram declarados improdutivos e
Eike vem se desfazendo de empresas e bens pessoais.
No DCM
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