Em
apenas seis meses, o ministro da Saúde conseguiu o que muitos
consideravam impossível: aprovou no Congresso a medida provisória do
programa Mais Médicos, que já beneficia 3,5 milhões de pessoas,
enfrentando corporativismo das classes médias, o preconceito da mídia e
até manifestações de xenofobia; sucesso do programa, aprovado pela
população, com louvor pode encerrar um ciclo de 20 anos de poder em São Paulo.
247 – O Senado bateu o martelo na noite desta quarta-feira pela
aprovação da medida provisória do programa Mais Médicos, coroando a
vitória do ministro Alexandre Padilha. Depois de enfrentar a resistência
e corporativismo das classes médicas e uma onda de críticas
preconceituosas da mídia tradicional, Padilha ganha fôlego no cenário
político e passa a ter chances reais rumo ao Palácio dos Bandeirantes,
para acabar com um ciclo de 20 anos do PSDB no poder em São Paulo.
O programa para levar médicos a lugares remotos do país, com a possibilidade de abrir vagas remanescentes a profissionais estrangeiros, ganhou repercussão em junho, quando Dilma Rousseff foi a TV e disse que essa seria uma reposta dela as manifestações de rua. Desde então, foi alvo de protestos vergonhosos da classe médica e da mídia.
O programa para levar médicos a lugares remotos do país, com a possibilidade de abrir vagas remanescentes a profissionais estrangeiros, ganhou repercussão em junho, quando Dilma Rousseff foi a TV e disse que essa seria uma reposta dela as manifestações de rua. Desde então, foi alvo de protestos vergonhosos da classe médica e da mídia.
No desembarque em Fortaleza,
médicos cubanos foram cercados e vaiados por jovens profissionais
brasileiras. O presidente do Conselho Regional de Medicina de Minas
Gerais, João Batista Gomes, chegou a dizer que orientaria os médicos
brasileiros a não socorrerem erros dos colegas cubanos. Na Folha, a
colunistas Eliane Cantanhêde afirmou que profissionais cubanos vieram
num "avião negreiro"; e na Veja, Reinaldo Azevedo, os chamou de "escravos de jaleco do Partido Comunista".
Contra a lamentável postura diante de profissionais que se dispuseram a ocupar postos desinteressados por brasileiros, Padilha falou grosso: "Não admitimos qualquer incitação ao preconceito e à xenofobia. Temos que receber de braços abertos médicos e médicas que aceitaram esse chamamento".
Contra a lamentável postura diante de profissionais que se dispuseram a ocupar postos desinteressados por brasileiros, Padilha falou grosso: "Não admitimos qualquer incitação ao preconceito e à xenofobia. Temos que receber de braços abertos médicos e médicas que aceitaram esse chamamento".
Aos poucos, até Estados governados pela oposição se renderam ao programa pela falta de atendimento na área da saúde. Em entrevista ao 247,
o ministro da Saúde chegou a rebater a afirmação do governador de São
Paulo, Geraldo Alckmin, que disse que "não faltam médicos, mas
estrutura" no setor de saúde. "São Paulo é o estado que mais demandou
profissionais: dois mil e quinhentos", disse ele. Ele lembrou ainda que
"um médico, mesmo sem estrutura, pode salvar vidas", quando o inverso
não é verdadeiro
Em um primeiro balanço, o Mais Médicos por si só derrubou as críticas. Os 1.020 profissionais que atuam nas unidades de saúde, entre brasileiros e estrangeiros, atingem 3,5 milhões de brasileiros. A maioria (61%) dessas pessoas vive no Norte e Nordeste. “A atuação desses profissionais começa a fazer diferença. Já temos relatos de cidades que conseguiram dobrar o atendimento com a chegada dos médicos do programa. A nossa expectativa é que o total de profissionais atendendo nas regiões que mais precisam aumente muito mais”, destacou o ministro da Saúde
Em um primeiro balanço, o Mais Médicos por si só derrubou as críticas. Os 1.020 profissionais que atuam nas unidades de saúde, entre brasileiros e estrangeiros, atingem 3,5 milhões de brasileiros. A maioria (61%) dessas pessoas vive no Norte e Nordeste. “A atuação desses profissionais começa a fazer diferença. Já temos relatos de cidades que conseguiram dobrar o atendimento com a chegada dos médicos do programa. A nossa expectativa é que o total de profissionais atendendo nas regiões que mais precisam aumente muito mais”, destacou o ministro da Saúde
Fonte: Análise de Conjuntura
Nenhum comentário:
Postar um comentário