2.Para
fazer reformas estruturais, é necessário força, o que exige articular
luta de idéias, ação partidária, disputa institucional, mobilização
social e alianças. Esta orientação se traduz, do ponto de vista tático,
na diretriz de reeleger Dilma criando as condições para ela fazer um
segundo mandato superior ao atual, um segundo mandato que seja marcado
por reformas estruturais (tributária, política, Lei da Mídia
Democrática, agrária, urbana, 40 horas, políticas universais etc.);
3.As
alianças necessárias para fazer reformas estruturais são as alianças
estratégicas, com os setores sociais e políticos que estão de acordo com
estas reformas. Isto inclui partidos e setores de partidos, mas inclui
principalmente setores sociais, organizados ou não. No primeiro turno
das eleições de 2014, estes devem ser nossos aliados fundamentais,
prioritários.
4.Alianças
fora deste arco estratégico, alianças de natureza tática ou pontual,
podem ser feitas nas eleições de 2014, tanto no primeiro quanto no
segundo turno? Sim, sempre e quando isto não constituam obstáculo para
um segundo mandato marcado por reformas estruturais.
5.Por
isto, aliás, temos defendido com ênfase que nas eleições estaduais o PT
não pode submeter-se aos interesses do PMDB, nem de oligarquias
regionais, nem tampouco virar moeda de troca para alianças nacionais
pragmáticas. Por isto, por exemplo, temos defendido há tempos que o PT
rompa com o governo Cabral, saia dos governos Cid Gomes e Eduardo
Campos, faça oposição a oligarquia Sarney.
6.Do
ponto de vista do método, propomos que a discussão interna e pública
não seja posta assim: "com ou sem o PMDB". Defendemos que a discussão
seja posta desta forma: "aliados que defendem o programa de reformas
estruturais".
7.Na
prática, entretanto, temos claro que defender um programa de reformas
estruturais implicará em uma aliança para 2014 diferente da aliança
realizada em 2010.
8.Consideramos
que o papel desempenhado pelo PMDB no primeiro mandato Dilma, tanto no
governo quanto no Congresso Nacional, consiste num freio, um obstáculo,
um elemento de contra-reforma, um sabotador constante. Que conta com o
apoio de uma quinta-coluna dentro do PT, quinta-coluna hoje encabeçada
pelo deputado Candido Vaccarezza, que jacta-se de ser integrante fiel e
destacado do grupo majoritário do PT, eleitor da chapa "Construindo um
novo Brasil" e da candidatura Rui Falcão.
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