Parece
que os empresários do transporte de Belém não ouviram a voz dos
milhares de jovens que foram às ruas em junho deste ano. Foi publicado
hoje (17/12), no jornal O Liberal,
a intenção do SETRANSBEL de solicitar reajuste da tarifa de ônibus em
janeiro de 2014. O prefeito Zenaldo Coutinho (PSDB) não pode ceder à
ganância deste setor que tanto lucra em cima de um direito social, que é
o transporte público.
Os
argumentos do presidente do sindicato patronal, Sr. Paulo Gomes, acerca
da elevação dos gastos relacionados à folha salarial e ao preço dos
combustíveis, não justificam o aumento. Não podemos esquecer que uma
dívida de mais de R$84 milhões foi perdoada aos empresários de ônibus e
que a antiga legislatura da CMB reduziu em 60% o Imposto Sobre Serviços
(ISS) para o setor de transporte coletivo da capital. Já em nível
nacional, o Governo Federal zerou o pagamento do Programa de Integração
Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social
(Cofins) de empresas de transporte coletivo urbano.
Mesmo com todos esses benefícios concedidos aos empresários, o caos no transporte permanece. Precisamos
discutir coletivamente com toda a população um projeto global que vise
solucionar todos esses problemas e que, nem de longe, passa por aumento
da tarifa. Esse projeto necessita incluir, entre outras coisas, o tema
do passe-livre, da diversificação do modal de transporte, da natureza
dos contratos e das relações entre o poder público e as empresas
privadas e da gestão do transporte público metropolitano.
A combativa vereadora comunista abaixo, que é a autora do vitorioso projeto que beneficia estudantes paraenses com a meia passagem interestadual,avisa que estas conquistas ainda irão avançar em 2014. |
Sandra Batista do PCdoB |
Por
enquanto, o vereador Cleber Rabelo (PSTU) apresentou um abaixo-assinado
convocando os vereadores de Belém a se posicionarem contra o reajuste
da tarifa. Além de Cleber, 13 parlamentares assinaram: Iran Moraes (PT),
Paulo Bengtson (PTB), Sandra Batista (PCdoB), Pio Neto (PTB), Thiago
Araújo (PPS), Victor Cunha (PTB), Ivanise Gasparim (PT), Fernando
Carneiro (PSOL), Meg Barros (Pros), Marinor Brito (PSOL), Abel Loureiro
(DEM), Amauri (PT), Moa Moraes (PCdoB).
"Sabemos que isso não é suficiente. Só com muita mobilização impediremos
esse verdadeiro absurdo. Se os empresários não nos ouviram em junho,
vamos gritar mais alto em janeiro,conclui Rabelo".
Ascom/.Kleber Rabelo/ militanciaviva!
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