PGR pede a quebra dos sigilos de Zezé Perrella
247 - Envolvido recentemente na polêmica do helicóptero que foi apreendido no Espírito Santo com 445 kg de pasta-base de cocaína, o senador Zezé Perrela (PDT-MG) terá mais problemas pela frente em 2014. A Procuradoria-Geral da República defende a quebra de sigilo bancário e fiscal do parlamentar para aprofundar investigação contra ele e seu irmão, Alvimar de Oliveira Costa, em inquérito que tramita no Supremo Tribunal Federal.
247 - Envolvido recentemente na polêmica do helicóptero que foi apreendido no Espírito Santo com 445 kg de pasta-base de cocaína, o senador Zezé Perrela (PDT-MG) terá mais problemas pela frente em 2014. A Procuradoria-Geral da República defende a quebra de sigilo bancário e fiscal do parlamentar para aprofundar investigação contra ele e seu irmão, Alvimar de Oliveira Costa, em inquérito que tramita no Supremo Tribunal Federal.
Ex-presidentes do time mineiro Cruzeiro, os dois
são investigados por suposta lavagem de dinheiro na venda do zagueiro
Luisão ao Benfica, de Portugal. A negociação envolveu um clube uruguaio e
é considerada suspeita pela Polícia Federal, que indiciou Perrella em
2010 pelo caso. O caso foi retomado agora, dez dias depois de a polícia
encontrar cocaína no helicóptero da empresa do filho de Perrella.
O STF enviou o caso o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que pediu que o ministro Ricardo Lewandowski reconsiderasse a decisão de não autorizar a quebra de sigilo bancário. Advogados do Cruzeiro, que também defendem o senador, alegam haver erros na petição do Ministério Público, e Lewandowski desautorizou parte da quebra do sigilo bancário e fiscal.
Em 2003, Luisão foi vendido por 2,5 milhões de dólares ao clube uruguaio Central Español e logo em seguida repassado por cerca de 1 milhão de dólares a menos ao Benfica. Investigadores suspeitam que parte do valor declarado na negociação com o time uruguaio voltou irregularmente ao Brasil e teria sido pulverizado em contas de empresas ligadas à Perrella e ao irmão dele.
Perrella assumiu a presidência do Cruzeiro em 1995. Ele já foi deputado por três vezes e era suplente do senador Itamar Franco. Ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Perrella informou ter R$ 490 mil em bens, mas adquiriu uma fazenda estimada em R$ 60 milhões. Sobre isso, o Ministério Público Eleitoral investiga a evolução patrimonial do parlamentar.
O STF enviou o caso o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que pediu que o ministro Ricardo Lewandowski reconsiderasse a decisão de não autorizar a quebra de sigilo bancário. Advogados do Cruzeiro, que também defendem o senador, alegam haver erros na petição do Ministério Público, e Lewandowski desautorizou parte da quebra do sigilo bancário e fiscal.
Em 2003, Luisão foi vendido por 2,5 milhões de dólares ao clube uruguaio Central Español e logo em seguida repassado por cerca de 1 milhão de dólares a menos ao Benfica. Investigadores suspeitam que parte do valor declarado na negociação com o time uruguaio voltou irregularmente ao Brasil e teria sido pulverizado em contas de empresas ligadas à Perrella e ao irmão dele.
Perrella assumiu a presidência do Cruzeiro em 1995. Ele já foi deputado por três vezes e era suplente do senador Itamar Franco. Ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Perrella informou ter R$ 490 mil em bens, mas adquiriu uma fazenda estimada em R$ 60 milhões. Sobre isso, o Ministério Público Eleitoral investiga a evolução patrimonial do parlamentar.
Seu filho é o deputado estadual Gustavo Perrela, que, oficialmente, é
mais rico que o pai. Declarou à Justiça Eleitoral ter patrimônio de R$
1,9 milhão.
Já o helicóptero que foi apreendido pela PF, deverá ser
confiscado. O governo do Espírito Santo e a própria PF manifestaram
oficialmente, em juízo, interesse na utilização do helicóptero da
família do senador. Em despacho do juiz federal Marcus Vinícius
Figueiredo de Oliveira Costa, antes do recesso de fim de ano do
judiciário, o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), e o
comando da Superintendência da PF daquele estado declararam que
pretendem ficar com o helicóptero modelo Robinson 66, avaliado em R$ 3
milhões. Pela legislação, qualquer meio de transporte utilizado para o
tráfico de drogas pode ser confiscado para uso do Estado, caso
comprovado o interesse público e responsabilidade de conservação do bem.
http://www.cartacapital.com.br/sociedade/perrella-nao-tem-ligacao-com-cocaina-apreendida-em-helicoptero-diz-pf-6711.html
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