Infanta Cristina de Bourbon deverá depor no dia 8 de março, suspeita de
participação em esquema de lavagem de dinheiro e fraude fiscal
envolvendo o marido.
A infanta Cristina de Bourbon, de 48 anos, filha mais nova do rei Juan
Carlos da Espanha, foi indiciada pela segunda vez num processo de desvio
de fundos e lavagem de dinheiro. Ela deverá ser ouvida em 8 de março,
como divulgou nesta terça-feira (07/01) o juiz instrutor do caso, em
Palma de Maiorca.
O caso envolvendo o Instituto Nóos – uma entidade sem fins lucrativos – é
uma trama de corrupção que se desenrola há três anos e implica
principalmente Iñaki Urdangarin, marido da infanta Cristina e também
indiciado.
Na condição de chefe do Nóos, ele teria desviado 6 milhões de euros de
recursos públicos obtidos pelo instituto. O dinheiro teria ido parar nas
contas da holding Aizoon, que os investigadores suspeitam ser uma
empresa de fachada. Cristina controla 50% do capital da Aizoon, e seu
marido, os restantes 50%. Os crimes teriam ocorrido entre 2004 e 2006.
Num auto de 227 páginas, o juiz instrutor José Castro afirma que existem
indícios penais suficientes para intimar a princesa. É a segunda vez
que Castro indicia a infanta no processo. Em abril de 2013, ele acabou
por suspender a decisão depois de um recurso apresentado pela
procuradoria anticorrupção.
O advogado da filha do rei disse que vai apresentar um recurso para
evitar que Cristina tenha que depor no próximo dia 8 de março.
Entretanto, a Casa Real expressou o seu respeito pelas decisões
judiciais.
AS/rtr/dpa/lusa
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