por Eduardo Bueres
O que o povo dos EUA começa a entender é que Snowden é um daqueles heróis fora do seu tempo, que ajudou a libertar o atual e - os próximos presidentes - da forte prisão ditatorial imposta à nação norte-americana, pelas agencias de segurança, verdadeiros monstros descontrolados que impuseram um poder paralelo e sem precedentes ao modelo de liberdade e Democracia, que foi conquistada a custa de muito sangue derramado por várias gerações de americanos. Sem terem recebido um único voto ou terem sido eleitos pelo povo, muitos almirantes e generais, além de políticos conservadores lobistas, em cargos chaves, com bastante poder dentro desta estrutura, pretendem-se acima da autoridade do próprio presidente, que virou um marionete da novela de Orwell . Este herói deveria vir para o Brasil já que, somente estará seguro sob as 'bênçãos' do Putin da velha KGB, enquanto tiver um bom estoque de segredos guardados e não revelados; no momento em que deixar de ter importância em nível estratégico e midiático, poderá ser eliminado numa ação combinada entre agências da EUA X Rússia. (miltanciaviva!)
Amatéria abaixo foi publicada originalmente no site DW:
Petição online iniciada por David Miranda já conta com mais de 1 milhão e 80 mil assinaturas. Apesar de significativa, mobilização não deverá gerar efeito prático, avaliam especialistas
Asilado na Rússia, mas sem garantias de que poderá ficar
lá por muito mais tempo, Edward Snowden, o ex-técnico da Agência de
Segurança Nacional (NSA), não esconde que gostaria de receber asilo do
Brasil. Um pedido oficial não foi feito, mas uma petição online,
hospedada na plataforma Avaaz e criada por David Miranda - o companheiro
do jornalista Glenn Greewald (autor das primeiras entrevistas com
Snowden) -, já recolheu mais de um milhão de assinaturas.
A petição foi criada em novembro do ano passado e a meta
é chegar a 1,5 milhão de assinaturas e então levar o documento à
presidente Dilma Rousseff e ao ministro da Justiça, José Eduardo
Cardozo. "Se Snowden estivesse no Brasil, é possível que ele pudesse
fazer muito mais para ajudar o mundo a entender como a NSA e aliados
estão invadindo a privacidade de pessoas no mundo todo, e como podemos
nos proteger", diz o texto da petição, assinado por David Miranda.
O governo brasileiro não negou oficialmente o asilo, já
que o pedido formal nunca foi feito. Mas, em julho passado, o então
ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, disse que o Brasil
não acataria o pedido.
Sem efeito prático
Apesar de considerada por especialistas uma importante demonstração pública de apoio e simbolicamente significativa, a coleta das assinaturas não deverá levar a uma mudança de posição do governo brasileiro. "No momento não interessa ao Brasil afrontar politicamente os Estados Unidos", avalia o professor Virgílio Caixeta Arraes, pesquisador do Instituto Brasileiro de Relações Internacionais da Universidade de Brasília (UnB).
Apesar de considerada por especialistas uma importante demonstração pública de apoio e simbolicamente significativa, a coleta das assinaturas não deverá levar a uma mudança de posição do governo brasileiro. "No momento não interessa ao Brasil afrontar politicamente os Estados Unidos", avalia o professor Virgílio Caixeta Arraes, pesquisador do Instituto Brasileiro de Relações Internacionais da Universidade de Brasília (UnB).
"Por mais louvável que seja, por mais que ele mereça
pelo serviço que prestou, acredito que o governo não vai acrescentar ao
contencioso que já tem com os Estados Unidos mais uma situação que possa
elevar o constrangimento nas relações", concorda o cientista político e
professor de relações internacionais Antônio Celso Alves Pereira, da
UFRJ.
As eleições gerais que se aproximam também pesam na hora
da decisão, avaliam os especialistas. "Ao governo não interessa, em um
ano de eleição, que uma disputa política com os EUA possa afetar a
economia", pondera Virgílio Caixeta Arraes. Para ele, o cancelamento da
viagem de Dilma aos EUA, no ano passado, foi "a medida mais ousada" que o
governo poderia tomar.
Para Alves Pereira, não é possível prever como o governo
federal poderá reagir ao receber o documento com essa quantidade de
assinaturas, mas uma negativa poderia criar algum constrangimento para o
governo, dependendo do momento em que isso viesse a ocorrer.
Apoio no Congresso
Para Virgílio Caixeta, o Congresso é uma outra força que poderia adicionar pressão, junto com as assinaturas, para que o governo brasileiro revisse sua posição. Apesar de a prerrogativa para concessão de asilo ser do Executivo, uma ação de parlamentares poderia favorecer Snowden.
Para Virgílio Caixeta, o Congresso é uma outra força que poderia adicionar pressão, junto com as assinaturas, para que o governo brasileiro revisse sua posição. Apesar de a prerrogativa para concessão de asilo ser do Executivo, uma ação de parlamentares poderia favorecer Snowden.
No final do ano passado, após uma carta ao povo
brasileiro assinada por Snowden ser publicada no jornal Folha de S.
Paulo, parlamentares manifestaram a intenção de apoiarem um eventual
pedido de asilo.
"A presença do Snowden em nosso país seria ou será um
extraordinário facilitador", disse à época o senador Ricardo Ferraço,
presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional. Apesar
de defender o asilo, ele disse que o Brasil não poderia condicionar essa
concessão a uma eventual troca de informações. "O asilo político é,
antes de tudo, um gesto humanitário", completou.
Na época, a senadora Vanessa Grazziotin, presidente da
Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Espionagem, chegou a agendar
uma audiência com o ministro da Justiça para tratar do caso, mas o
encontro ainda não aconteceu.
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