O FDA, órgão americano com ação semelhante ao da ANVISA, fez um anúncio preocupante.
Um estudo realizado com 12 marcas de refrigerantes pela Consumer Reports, segundo o jornal on-line NyDailyNews,
mostrou que o uso do corante em refrigerantes possui uma impureza
chamada 4-metilimidazol, uma substância conhecida por ser cancerígena. O
relatório mostrou ainda que, das 12 marcas, a Pepsi One estava entre os
dois no topo da lista como os níveis mais excessivos.
O FDA está agora realizando novos estudos de segurança do corante
caramelo usando em refrigerantes e alimentos líquidos. A medida foi
tomada, mesmo após um estudo anterior da própria agência mostrar que o
uso dessa substância não oferece nenhum risco identificável para a
saúde humana.
A Food and Drug Administration
afirma que não há razão para acreditar que a coloração adicionada ao
refrigerante não é segura. Mas, a agência está tomando um novo olhar
sobre isso para ter mais certeza de suas afirmações.
O anúncio da FDA veio após a Consumer Reports
mostrar que 12 marcas de refrigerantes possuíam níveis elevados do
corante. A agência ainda rebateu dizendo que estuda o aditivo há várias
décadas, mas estava aberta para analisar os novos dados – que não
foram revelados em detalhes.
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“Estes
esforços irão ajudar na análise de segurança do FDA e ajudará a
agência a determinar, se for o caso, ação regulatória que precisará ser
tomada”, disse a porta-voz da agência, Juli Putnam.
Nos EUA, não existem limites sobre a quantidade de 4-metilimidazol que
uma bebida ou comida pode conter. A substância é formada no corante
caramelo, em níveis muito baixos, durante o processo de fabricação. O
FDA ainda informou que ela também pode ocorrer em quantidades
vestigiais quando grãos de café são torrados ou quando algumas carnes
são grelhadas.
A Consumer Reports
pediu à agência para definir um nível máximo da substância quando é
artificialmente adicionada aos alimentos ou refrigerantes, exigindo que
a rotulagem apresente este dado. Além disso, eles querem barrar
produtos que afirmam ser “natural” em suas embalagens, mas possuem
corante caramelo na composição.
“Não existe nenhuma razão para expor os consumidores a este risco evitável e desnecessário”, afirmou o Dr. Urvashi Rangan, toxicologista da Consumer Reports.
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Embora estudos realizados não tenham sido conclusivos se o
4-metilimidazol é ou não uma substância cancerígena, a Califórnia o
incluiu na lista de substâncias com potencial de provocar câncer e
instituiu uma lei estadual exigindo que os produtos que usem o corante
caramelo coloquem nas etiquetas aviso de risco de câncer, informando
que o produto possui certo nível da substância. Em reação a lei, a
Coca-Cola, Pepsi e outros fabricantes de refrigerantes têm adotado
medidas para encontrar fabricantes de corante caramelo que tenham níveis
de 4-metilimidazol muito baixos ou inexistente. A substância não é
encontrada em todos os corantes caramelos, o que depende do processo de
fabricação da matéria-prima.
O estudo mostrou que marcas como Pepsi One e Malta Goya ultrapassaram
os 29 microgramas de 4-metilimidazol que é o limite estabelecido pela
Califórnia, mas não realizaram nenhum aviso nas embalagens. A Consumer Reports pediu que o escritório do procurador-geral da Califórnia investigasse o caso.
Em nota, a porta-voz da Pepsi Co, Aurora Gonzalez, disse que a empresa
está extremamente preocupada com o estudo e acredita que fatalmente
está incorreto. Ela ainda afirmou que as bebidas possuem concentração
menor do que 29 microgramas, o que está dentro dos limites da
Califórnia.
“Todos os produtos da Pepsi estão abaixo do limite definido na Califórnia e todos estão em plena conformidade com a lei”, disse ela.
As bebidas testadas foram: Sprite, Diet Coke, Coca-Cola, Coca-Cola
Zero, Dr. Pepper, Dr. Snap, Iced Tea Brisk, A & W Root Beer, Pepsi,
Diet Pepsi, Pepsi One e Goya Malta.
A Consumer Reports
ainda ressaltou que não há níveis significativos na Sprite e níveis
consistentemente baixos foram encontrados nos produtos da Coca-Cola.
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