Por: Fernando Brito
Diz a Folha,
à noite, que ” o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim
Barbosa, criticou o vice-presidente da corte, Ricardo Lewandowski, nesta
segunda-feira durante sessão administrativa do Conselho Nacional de
Justiça, órgão que também preside.
Segundo dois conselheiros do órgão,
que falaram reservadamente, Barbosa teria dito que uma liminar concedida
por Lewandowski durante suas férias a uma advogada portadora de
deficiência visual, em janeiro, seria um “exemplo” de “populismo
judiciário”.
Sabem qual é a história?
A advogada cega Deborah
Prates requereu o direito de acesso aos processos digitais do STF, que
foram informatizados por um sistema incompatível com os leitores
digitais para cegos.
Nas
férias de Barbosa, Deborah insistiu no pedido e o Ministro Ricardo
Lewandowski acolheu, determinando o acesso físico aos processos,
enquanto o sistema eletrônico não fosse compatibilizado com os meios de
acessibilidade.
Isso foi classificado por Barbosa, hoje, na reunião do CNJ, como “populismo judiciário”
Pimenta, é claro, só dói nos olhos dos outros.
O problema é que a Dra. Deborah é dura na queda.
E não tem medo do Joaquim.
(eu sou sofrida testemunha de que advogado não quer briga com juiz)
A Justiça, cuja virtude é (ou deveria ser) cega, também é “erga omnes”.
Ou para todos.
Inclusive os cegos que advogam.
Aos quais os juízem não podem fechar os olhos.
Veja a denúncia de Deborah Prates sobre Barbosa:
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