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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Ex-papa Bento 16 nega ter sido forçado a renunciar


Em um raro rompimento do silêncio desde que deixou o comando da Igreja Católica há quase um ano, o ex-papa Bento 16 qualificou de “absurda” as especulações de que teria sido obrigado a abdicar.
A lei eclesiástica diz que a renúncia pontifícia só é válida se o papa tomar a decisão com plena liberdade e isento de pressões alheias.
“Não há absolutamente nenhuma dúvida da validade da minha renúncia do ministério petrino (de Pedro)”, disse o papa emérito, de 86 anos, em carta publicada nesta quarta-feira pelo site italiano Vatican Insider.
“A única condição para a validade da minha renúncia é a completa liberdade da minha decisão. Especulações a respeito da sua validade são simplesmente absurdas”, escreveu ele em resposta a um pedido do site para que comentasse as recentes especulações na imprensa italiana.
Bento 16 anunciou sua renúncia em 11 de fevereiro de 2013 e a efetivou em 28 de fevereiro, tornando-se o primeiro pontífice em 600 anos a deixar o cargo em vida.
Na época, ele disse que estava renunciando por não ter mais força física e espiritual para comandar uma Igreja com 1,2 bilhão de seguidores.
Neste mês, por ocasião do primeiro aniversário do anúncio da renúncia, o jornal italiano Libero publicou uma longa reportagem reavivando as especulações de que Bento 16 pode ter sido forçado a renunciar por causa dos escândalos no Vaticano.
O ex-pontífice alemão vive praticamente recluso dentro de um antigo convento no Vaticano. O Libero insinuou que Bento 16 optou por continuar se vestindo de branco porque ainda se sente papa.
A respeito disso, o papa emérito respondeu: “Continuo a vestir batina branca e mantive o nome Bento por razões puramente práticas. No momento da minha renúncia, não havia outras roupas disponíveis. Seja como for, uso a batina branca de forma visivelmente diferente daquela como o papa (Francisco) a veste. Esse é mais um caso de especulação completamente infundada.”


Fonte:Reuters

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