por Eduardo Bueres
A despeito de tudo que se vê ou que se fala sobre a situação do Partido dos Trabalhadores no Pará, a realidade é uma só: o PT paraense esta deformado e, parece sofrer da síndrome de Benjamin Button.
Assim como no filme famoso, onde o personagem nasce velho e, a medida que o tempo vai passando, vai se metamorfoseando em um ser infantil, o mesmo parece acontecer com o velho Partido do Trabalhadores, que no início de sua fundação teve maturidade, sabedoria e rubor suficiente para se organizar em tornos de programas sólidos e afinados com os anseios populares, demarcando sua presença definitiva no cenário político local depois de alçar voos vitoriosos, numa trajetória invejável, chegando a governar a capital, eleger senadores, fazer deputados federais, vereadores, e depois governar o Estado do Pará.
EFEITO BOTTON
Chegado o decisivo e estratégico ano de 2014, quem se apresenta para a representar a sociedade paraense é um outro PT, desta feita ideologicamente desorientado, internamente desarticulado, desentrosado e desatrelado dos movimentos sociais e das lutas e bandeiras históricas defendida pelas forças de esquerda.
É esse o outro PT paraense, o Botton - que, por falta de luz própria, senta sob o tacão forte da sua direção nacional na condição de coadjuvante do PMDB, que aqui no Pará é comandado pela família Barbalho.
Evidentemente que o foco principal da coligação PT X Barbalhos é a reeleição da presidenta Dilma Rousseff, que nas eleições passadas foi eleitoralmente derrotada no Pará, sendo que, naquela época, o Estado era governado pelo seu partido.
Lembram-se todos que nas eleições majoritárias de 2010, já existia em nível nacional a mesma aliança PT x PMDB, sendo que aqui no Pará, assistiu-se um 'racha', tendo boa parte da bancada do PMDB pulado fora do compromisso assumido de reeleger as candidatas do PT, em nível regional e nacional. Haverá um troco?
Resta saber se esta nova coligação será verdadeiramente capaz de desfazer o eterno clima de desconfiança que existe entre alguns dirigentes e militantes destas forças partidárias; se o acordo é mesmo para valer, ou não passa de um termo de ajuste de conduta.
Resta agora saber quem será indicado para vice na chapa de Helder Barbalho. Se sair do PT, o nome 'natural' seria do ex-deputado jardísta Paulo Rocha, isso se este não tivesse manobrado internamente para disputar uma cadeira no senado. Diante deste fato, ouvi-se falar no nome de Carlos Bordalo, Regina Barata, Valdir Ganzer e Zé Geraldo.
Caso não haja interesse por conta de outras opções eleitorais de disputa dos nomes acima citados e, na ausência de um tarefeiro 'voluntário' que tenha sido antecipadamente escolhido de comum acordo pelas partes ao longo das negociações, o nome do vice, se depender da decisão exclusiva do núcleo duro do PMDB, sairá do amplo arco de aliança partidária que se formara em torno de Helder, desta forma, especula-se entre outros nomes, o da ex-deputada estadual e atual vereadora de Belém, Sandra Batista (PCdoB-PA) que já foi vice de Helder por quatro anos, quando este era prefeito em Ananindeua. Aguardemos pois, o andamento da berlinda...
Confira a matéria do Diário do Pará, abaixo:
PT e PMDB fecham acordo para eleição no Pará
Encontro no Pará reforça aliança entre PT e PMDB
O
presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Rui Falcão, esteve
nesta sexta-feira, 7, em Belém, para uma visita de cortesia. Depois de
se reunir, pela parte da manhã, com a executiva estadual do próprio PT,
ele compareceu ao diretório estadual do PMDB no início da tarde, onde se
reuniu por cerca de uma hora com o presidente estadual da sigla, o
senador Jader Barbalho; o vice-presidente e pré-candidato ao Governo do
Estado, Helder Barbalho; o pré-candidato do PT ao Senado, Paulo Rocha; o
presidente estadual do PT, Milton Zimmer; e com o líder do PMDB na
Assembleia Legislativa, Parsifal Pontes. O encontro foi considerado
bastante produtivo e tido como um passo significativo rumo à aliança
entre os dois partidos para as eleições estaduais – seguindo a tendência
nacional para a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT).
Falcão, que é deputado estadual pelo Estado
de São Paulo, reforçou a expectativa de ver as duas siglas unidas no
Pará. “A nossa aliança principal é com o PMDB. Nosso Encontro Estadual
do partido ocorre no final de março, quando essa orientação deverá ser
referendada também aqui”, declarou.
“Já havia conversado com o senador Jader
outras vezes, e vim a Belém fazer uma visita ao Helder Barbalho, com
quem eu ainda não tinha estado pessoalmente. Vim falar de nossas
intenções e ouvir as dele, falar do nosso compromisso com o projeto
nacional, bem como com o Paulo Rocha e com o Zimmer. Foi uma reunião
bastante positiva e a expectativa é de avanços nesse sentido. Espero
que, ao final do nosso encontro estadual, tenhamos uma parceria que vá
além das formalidades necessárias, que resulte em um palanque único e
forte para a reeleição da nossa presidente Dilma, com uma bancada grande
e parceira composta pelo PT e PMDB, e para a eleição de Helder Barbalho
governador do Estado”, profetizou.
Helder, por sua vez, também corroborou a
fala de Falcão, destacando a importância de o Pará ter um diálogo mais
frutífero com o Governo Federal. “Além da satisfação de receber o
presidente do PT nacional, é com grande alegria que vejo os avanços na
possibilidade de podermos, neste Estado, reproduzir e replicar a aliança
nacional entre as duas siglas, que têm feito com que o país se
desenvolva, e que poderá trazer ainda mais frutos em termos de
desenvolvimento e justiça social”, explanou.
“O Estado precisa dialogar com o Brasil e o
PMDB do Pará não se furtará de estar junto com o PT para a reeleição da
presidente Dilma, e com os demais partidos que desejem construir essa
grande união para que saiamos vencedores”, justificou o pré-candidato.
Cenário precisa de mudanças, diz Jader
O senador Jader Barbalho acredita que a
união das siglas vai trazer mais do que a simples vitória eleitoral. “O
erro de alguns políticos é crer que eleição é como casamento, ou seja,
que se conclui no altar. Essa é uma relação que se conclui com o passar
do tempo. Por isso eu torço para que um novo projeto se estabeleça, com
entrosamento maior e melhor com o governo federal, que o resultado das
urnas resulte em um benefício concreto, porque a população também
precisa ganhar. Quem vai aos comícios, aos manifestos e às eleições não
vai para homenagear um ou outro candidato. Ele vai em busca de uma
vitória também”, analisou. “Nosso cenário, sem dúvida, precisa de
mudanças, por isso a nossa expectativa de que aqui se repita a aliança
nacional, para que PT e PMDB saiam vitoriosos, para que saia vitoriosa a
nossa população, hoje tão sofrida na Saúde, na Educação, na Segurança
Pública”, enfatizou.
(Diário do Pará)
O que acontece no PT Pará é falta renovação! . A direção atual é ausente, acomodada demais, subprodutiva e contemplativa em excesso, que ñ se da conta que, a dinâmica do partido que representa o planalto, teria que ser obrigatoriamente diferenciada dos outros. É uma vergonha que a chapa não tenha o PT na cabeça. Agora só resta bater continência e dizer - Sim,senhor,seu coroné! ...
ResponderExcluirFrancamente, quem não sabe que a eleição para o governo do Pará vai ser tipo "merda no ventilador"?. PMDB e PSDB vão atirar tanta bosta no horário eleitoral,que uma terceira via,que seria o PT, levaria facinho. Não sei que seria o nome,mas tenho certeza que existe opção,além da dupla HelderxJatene. Sandra Batista, Regina Barata ou Edilson Moura?.
ResponderExcluirConcordo em parte com o post. Não totalmente já que muito foi feito por Ana Júlia. Comparado o seu governo com a administração estúpida dos tucanos no Par´, dá vontade de chorar. Pena é que o PT na oposição, consegue ser mais incompetente que o PSDB no governo. Em lugar nenhum do Brasil se viu uma oposição tão bunda como aqui. Quem faz oposição verdadeira é o PMDB, justiça se faça!. Vou de Helder,já q ñ voto nulo, jamais!.
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