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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

O 4º congresso Nacional do Partido dos Trabalhadores, aberto na quinta-feira 18, tem contornos especiais. O primeiro é simbólico, festivo, pois ele comemora os 30 anos do partido. O segundo pode ser perturbador: pela primeira vez, Lula não será indicado candidato a qualquer cargo pelo PT.

Fundado oficialmente em 1980, o partido já em 1982 apresentava o então metalúrgico como postulante ao governo do estado de São Paulo. Defendia então bandeiras claramente socialistas, seu slogan de campanha era “Trabalho, Terra e Liberdade”.

Os anos se passaram. A ditadura caiu, Lula foi eleito deputado federal constituinte. Depois, foi candidato à Presidência da República em 1989, 1994, 1998, 2002 e 2006. Durante esses anos, manteve-se como o grande condutor do partido, na oposição e na situação. Em 30 anos, muita coisa aconteceu. E o PT mudou e se afastou dos objetivos iniciais.

Agraciado com uma aprovação ao seu governo de cerca de 80% dos brasileiros e fortalecido como nunca, Lula lançou a ministra Dilma Rousseff como sua eventual sucessora. Os 1,3 mil delegados presentes ao 4º Congresso do PT têm como principal missão sacramentar a sua candidatura e definir o programa para seu mandato.

As diretrizes para o plano de governo que está há meses em debate interno fazem a defesa do que foi realizado nestes sete anos de governo federal e apresentam caminhos para a próxima gestão. Se for vitoriosa, Dilma governará na era pós-Lula, quando, segundo ele próprio, “o País terá a oportunidade de se transformar em uma das cinco principais economias do mundo”.

O programa que ela se proporá a cumprir tem de ser amplo para satisfazer sem traumas os integrantes do grande leque de alianças que dará sustentação à sua candidatura. Tarefa nada fácil.

Um exemplo: tema delicado é a definição do tamanho do Estado a ser defendido pelo próximo governo. A questão seguramente vai para o centro do debate político com a oposição, como já ocorreu em 2006. Mas marcar as diferenças sobre o assunto com a coligação PSDB/DEM pode ser tarefa menos árdua do que unir os aliados do PMDB na defesa de uma mesma posição.

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