Ai,ai,aia,ai...esta chegando a hora...
Depois do PSDB se consolidar como um partido desatualizado e incompetente para fazer o papel de oposição - sem a ajuda do PIG, estaria falecido há anos - exaurido e sem programas consistentes que o diferencie da pasteurização característica das siglas decadentes, resolveu 'inovar'. Não é para menos, já que, na situação negativa em que se encontra expressada claramente nas urnas pela maioria dos eleitores de São Paulo que elegeram Haddad, só lhes resta mesmo buscar desesperadamente uma saída para estancar esta sangria. Assim pensando os velhos caciques 'metrôtonicos' tucanos resolveram oPTar por uma solução ridícula, mas bastante conhecida dos historiadores: plagiar ou melhor, 'clonar' o programa de seus adversários, no caso, o Partido dos Trabalhadores.
Confira a matéria da Folha abaixo:
MARINA DIAS
Focado em montar a vitrine de seu governo para a eleição de 2014, o
governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), tem anunciado programas
e projetos na mesma linha de medidas já adotadas pelo PT nas esferas
federal e municipal.
Amanhã, o governo paulista deve anunciar que enviará à Assembleia
Legislativa um projeto de lei que prevê benefícios para negros e índios
em concursos do serviço público estadual. Segundo a proposta, os
candidatos receberiam pontuação extra em relação aos demais
participantes na etapa final dos processos seletivos.
Há exatamente 30 dias, a presidente Dilma Rousseff encaminhou ao Congresso um projeto que reserva 20% das vagas em concursos públicos federais a negros. O texto já tramita em caráter de urgência em comissões da Câmara.
Na área da saúde, por exemplo, o governo federal conseguiu no dia 16 de outubro a aprovação da Medida Provisória que criava o Mais Médicos, programa que leva profissionais para trabalhar em áreas carentes do país. Dois dias depois, Alckmin anunciou bonificação de até 30% para médicos que atuem na periferia do Estado.
O ex-presidente Lula, principal defensor da candidatura do ministro
Alexandre Padilha (Saúde) para a disputa do Palácio dos Bandeirantes,
inflou seu discurso público e disse que "os tucanos não têm mais o que
apresentar".
Durante evento em São Paulo na semana passada, Lula saiu em defesa de
seu afilhado político, Fernando Haddad, prefeito da capital, que teve
dois de seus programas acompanhados pelo governador paulista este ano.
"Não pense que eles estão copiando porque querem fazer exatamente o que
você [Haddad] faz. É porque eles não conseguem mais propor nada. Não
conseguem, porque não têm mais nenhuma novidade", afirmou Lula.
O ex-presidente fazia referência ao anúncio da adesão
do governo do Estado ao Bilhete Único Mensal e ao fim da chamada
"aprovação automática", uma das principais críticas do PT ao sistema de
educação do Estado.
Em agosto, Haddad anunciou o fim desse mecanismo e a divisão do ensino
fundamental em três ciclos, além da volta das provas bimestrais, lição
de casa e do boletim com notas de zero a dez.
A reforma da rede no Estado foi comunicada três meses depois, com
praticamente as mesmas mudanças propostas pela Prefeitura. Na ocasião, o
governador disse que a ideia "vinha sendo discutida há mais de dois
anos" pela Secretaria de Educação.
"Alckmin teve 20 anos para estudar educação. Foi preciso um governo do
PT tomar essa medida [reformar o sistema de ensino] para ele seguir
depois", criticou o presidente eleito do PT paulista, Emidio de Souza.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
ESTRATÉGIA
A reação à ofensiva pré-eleitoral do PT prevê que Alckmin esteja imune a
algumas das críticas durante a campanha do próximo ano e levante
bandeiras sociais que geralmente não são associadas aos projetos
tucanos. A proposta que prevê os benefícios a negros e índios em
concursos estaduais foi revelada na edição de hoje do jornal "O Estado
de S. Paulo".
Para o presidente do PSDB paulista, Duarte Nogueira, o PT é "craque em
fazer propaganda". "Já as nossas medidas são fruto de muita discussão e
planejamento e não costumamos fazer marketing em cima delas", afirmou.
No último dia 18, o governador anunciou a adesão ao Bilhete Único
Mensal, principal promessa da campanha de Haddad. Com o acordo, o
usuário poderá fazer viagens mensais ilimitadas tanto nos ônibus
municipais quanto no metrô e nos trens da CPTM (Companhia Paulista de
Trens Metropolitanos) com o mesmo cartão e por um único preço.
A decisão deu munição aos petistas, que lembram que o ex-governador José
Serra (PSDB), adversário de Haddad em 2012, chamou a promessa de
"enganação". O secretário da Casa Civil do Estado de São Paulo, Edson
Aparecido, rechaça qualquer possibilidade de apelo eleitoral no acordo.
"O governador pediu para estudar a viabilidade e achamos que era viável
aderir. Estamos viabilizando o Bilhete Único Mensal. Se o Estado não
entra, não tem programa", afirmou à Folha. "Fazer vacina para 2014 seria uma postura muito pequena do governador", completou o secretário.
Fonte: Folha
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