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quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Projeto Marina II - a História repete-se sempre, pelo menos duas vezes - disse um dia Friedrich Hegel. Karl Marx acrescentou... a primeira vez como tragédia, a segunda como farsa

 

Datafolha e Vox: diferença é grande, mas Marina é a candidata




A pesquisa Vox Populi, é claro, não vai merecer a repercussão que alcançou o Datafolha de domingo.


Nao é tão boa para a “onda Marina 2″ que a mídia vai levantar nas próximas semanas.


Mas é, sem dúvida, mais coerente com os resultados anteriores, como o do Ibope da última semana de setembro – Dilma, 38%; Marina, 16%, Aécio, 11% e Eduardo Campos, 4% – quanto com a roda anterior do próprio Vox Populi, realizada no início do mesmo mês, que marcou os mesmo 38% para Dilma e apontou Marina Silva com 19%, Aécio com 13%, e Eduardo Campos com 4%.


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No cenário ortodoxo, isto é, aquele em que os candidatos são aqueles que correspondem à tendência natural dos partidos, sem a interferência de fatores externos, e o votos de Marina se distribuem entre eles, Aécio e Eduardo Campos ganham, cada um, seis dos 19 pontos de Marina, enquanto Dilma fica com cinco. Ou outros dois vão para nulos ou indecisos, que passam de 26 para 27%. Um ponto se perde nos arredondamentos de fração.

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O mesmo movimento se repete no cenário onde Serra toma o lugar de Aécio, variando apenas dentro da margem de erro.
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Em ambos, a vitória de Dilma se daria no primeiro turno, por ter índice maior do que a soma dos adversários.
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O quadro só tem mesmo algumas pequenas mudanças nos cenários onde a candidatura Marina Silva é mantida, porque há uma expressiva redução no número dos que dizem que vão anular o voto e, em menor, dos que dizem estar indecisos.

Isso acontece tanto quando se oferece o nome de Aécio Neves quanto o de José Serra, aparentemente indicando que, nos cenários onde ela não aparece como candidato, parcela de seus simpatizantes migrou para os votos nulos, o que é compatível com o discurso marinista de desencanto político.


É evidente que o impacto da decisão inesperada de Marina Silva e a intensa exposição de mídia da ex-senadora deu-lhe novo oxigênio, sobretudo porque persiste e até se consolida a impressão de que ela já devorou a candidatura Eduardo Campos em favor de seu próprio nome.


Mesmo com a menção expressa de que ela seria vice, a dobradinha com Campos ficou significativamente abaixo dos resultados de intenção de voto que, solitariamente, ela obtém.


De todos os detalhes e interpretações desta primeira de rodada de pesquisas após o “fato novo” criado por Marina Silva o que ficou mais claro – e o Datafolha, com suas “ratas” e erratas fez questão de frisar – é que ela se tornou uma alternativa real para a direita, frente a um Aécio insosso e um Serra impalatável.


Mas, como a pesquisa Vox Populi repõe na devida medida,  muito longe de ser um vendaval na política, até porque ela vem de velhos carnavais, embora, na época, desfilasse por escolas diferentes.

Fernando Brito
No Tijolaço

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