Apesar de espionagem dos EUA, orçamento para defesa cibernética é reduzido em R$20 milhões
Ao
contrário do esperado após as ações de espionagem do governo americano
ao Brasil, o orçamento para defesa cibernética, previsto no Projeto de
Lei Orçamentária Anual (Ploa), foi reduzido em R$ 20 milhões para o
próximo ano. Apenas R$ 70 milhões foram destinados à ação “Implantação
do Sistema de Defesa Cibernética”, valor que representa 78% dos R$ 90
milhões previstos no Ploa 2013 e autorizados no orçamento deste ano,
considerando os valores correntes.
Os
recursos da iniciativa são destinados ao Centro de Defesa Cibernética
(CDCiber), criado em 2012 para atuar na proteção das redes e
infraestruturas de tecnologia da informação das instituições e entidades
que compõem a defesa nacional. As atividades do CDCiber estão centradas
em ações relativas à segurança do Estado, por meio da utilização de
sistemas de defesa contra possíveis ameaças e de mecanismos de proteção
de dados sensíveis. Desde a criação, o Centro atuou na Rio+20, na Copa
das Confederações e na visita do papa ao país.
O Ministério da Defesa (MD) informou que o orçamento da ação foi definido antes das recentes denúncias sobre práticas ilegais de interceptação de dados de cidadãos e de autoridades do governo brasileiro. “À luz desses novos fatos, o Ministério da Defesa iniciou uma série de iniciativas com o objetivo de reforçar os mecanismos de proteção das redes de dados dos órgãos, militares e civis, que compõem a defesa nacional”, afirma em nota.
O Ministério da Defesa (MD) informou que o orçamento da ação foi definido antes das recentes denúncias sobre práticas ilegais de interceptação de dados de cidadãos e de autoridades do governo brasileiro. “À luz desses novos fatos, o Ministério da Defesa iniciou uma série de iniciativas com o objetivo de reforçar os mecanismos de proteção das redes de dados dos órgãos, militares e civis, que compõem a defesa nacional”, afirma em nota.
No
início de setembro, o MD criou um grupo de trabalho com o objetivo de
estudar e propor, em 60 dias, medidas para ampliar a capacidade da
defesa cibernética nacional. “As medidas a serem propostas deverão
demandar mais recursos para o setor cibernético a partir de 2014,
valores que serão submetidos à consideração da área econômica do
governo”, afirma o ministério.
O
MD reforçou que o montante previsto do Ploa 2014 refere-se apenas ao
orçamento para o Centro de Defesa Cibernética (CDCiber) do Exército
Brasileiro. Não contempla, portanto, outros valores que os comandos das
Forças Armadas investem em ações de proteção de suas redes e sistemas
informatizados, e nem os investimentos que outros órgãos e entidades
governamentais fazem com o mesmo propósito.
Em
entrevista recente ao jornal Correio Braziliense, o ministro da Defesa,
Celso Amorim, afirmou que o Brasil está vulnerável a ataques
cibernéticos e é necessário promover uma modernização tecnológica. Para
Amorim, o CDCiber precisa evoluir, criar capacidades e uma “escola de
defesa cibernética”. “Precisamos desenvolver tecnologia brasileira. Isso
leva tempo, demanda investimentos, formação de pessoal e mudança de
cultura”, apontou o ministro.
Questionado a respeito do orçamento destinado a ação de defesa cibernética, Celso Amorim não mostrou preocupação com a verba destinada à iniciativa: “O orçamento do Centro, este ano, é de R$ 90 milhões. Os outros países, com exceção dos EUA, não gastam muito mais. Talvez três ou quatro vezes mais, não chegando à casa dos bilhões. A Marinha faz alguma coisa em sua área, a Aeronáutica também, a Abin investe em criptografia”.
Como já divulgado pelo Contas Abertas em reportagem anterior (relembre aqui), os recursos destinados à ação estão mal executados. Dos R$ 90 milhões autorizados para 2013, apenas R$ 15,7 milhões foram empenhados (reservados em orçamento para pagamento posterior) e somente R$ 14,4 milhões haviam sido pagos até o dia 21 deste mês.
Questionado a respeito do orçamento destinado a ação de defesa cibernética, Celso Amorim não mostrou preocupação com a verba destinada à iniciativa: “O orçamento do Centro, este ano, é de R$ 90 milhões. Os outros países, com exceção dos EUA, não gastam muito mais. Talvez três ou quatro vezes mais, não chegando à casa dos bilhões. A Marinha faz alguma coisa em sua área, a Aeronáutica também, a Abin investe em criptografia”.
Como já divulgado pelo Contas Abertas em reportagem anterior (relembre aqui), os recursos destinados à ação estão mal executados. Dos R$ 90 milhões autorizados para 2013, apenas R$ 15,7 milhões foram empenhados (reservados em orçamento para pagamento posterior) e somente R$ 14,4 milhões haviam sido pagos até o dia 21 deste mês.
De
acordo com o Ministério da Defesa, o fato de ter havido empenho de
apenas parte do valor previsto não significa que os recursos não serão
desembolsados. “O orçamento da área cibernética segue histórico de
execução que registra uma concentração de empenho dos recursos no
segundo semestre do ano” afirma o órgão. Ainda segundo a Defesa, há
projetos e contratações em curso este ano que permitem a execução
integral do montante previsto na LOA.
Ação contra espionagem
Durante apresentação na 68ª Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), na manhã desta terça-feira (24), a presidente Dilma Rousseff demonstrou sua indignação em relação à espionagem da NSA. Dilma considerou a ação de espionagem da Agência Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos uma de violação de direitos humanos, não só em relação ao país, mas sobre todos os cidadãos e aos Estados.
Durante apresentação na 68ª Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), na manhã desta terça-feira (24), a presidente Dilma Rousseff demonstrou sua indignação em relação à espionagem da NSA. Dilma considerou a ação de espionagem da Agência Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos uma de violação de direitos humanos, não só em relação ao país, mas sobre todos os cidadãos e aos Estados.
A
presidente afirmou que o Brasil apresentará uma proposta de uma nova
governança na internet, que defina normas e mecanismos para coibir
práticas de violação de direitos ou espionagem de quaisquer países.
Fonte: Contas Abertas/Free ilustration by: militânciaviva!
Ótimo artigo.
ResponderExcluirA Associação dos Concursados mapeia nepotismo no Governo do Estado e na Prefeitura de Belém para ajuizar ação no STF. Filhos, ex-mulher, cunhada, nora, genro e sobrinho do governador Simão Jatene já na lista da associação. Guto Coutinho, irmão de Zenaldo, também na mira da Asconpa. E você também pode contribuir para livrar o Pará da praga do nepotismo.
ResponderExcluirFaça sua denúncia no site: http://blogdosconcursados.blogspot.com.br