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quarta-feira, 18 de setembro de 2013

JÁ VAI TARDE! - TRAIRÃO DO ZÓIO VERDE LARGA O OSSO DO GOVERNO DILMA

 

PSB de Eduardo Campos desembarca do governo Dilma para concorrer à Presidência

O PSB se antecipou ao Palácio do Planalto e deve anunciar nesta quarta-feira, 18, o desembarque do governo da presidente Dilma Rousseff e a entrega dos cargos que tem no ministério e em estatais. Na reunião marcada para esta quarta, a ala do partido que defende a saída tentará convencer os dilmistas da legenda a acatarem a decisão. Também será decidido que não haverá retaliação ao PT nos Estados governados pelos socialistas.
Os motivos da decisão foram explicitados nesta terça-feira, 17, pelo presidente do PSB e possível candidato a presidente nas eleições de 2014, Eduardo Campos. “Os cargos nunca precederam nem orientaram a aliança que fizemos há mais de dez anos com a frente política que está no poder”, disse. “Nossa relação com os governos de Lula e de Dilma sempre foi de apoio desinteressado”, completou o governador de Pernambuco.
Conforme o Estadão noticiou na quinta-feira passada, Dilma tinha decidido demitir os ministros do PSB levando em conta queixas feitas por outros partidos aliados do Nordeste, segundo a qual Campos estaria tendo uma posição ambígua. A despeito de integrar a base aliada com postos importantes como o Ministério da Integração Nacional e a Secretaria Especial de Portos, a legenda articula candidatura própria à presidência, adversária à da petista, que deve tentar a reeleição.
Na sexta-feira, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva convenceu Dilma a recuar. Lula acha que ainda é possível dobrar Campos e adiar a candidatura para 2018.
A direção do PSB, no entanto, sentiu-se constrangida com a situação e nesta terça, durante almoço com Campos, defendeu a entrega dos cargos. “O partido está constrangido com as ameaças que vêm sendo feitas por intermédio dos jornais. Nós nunca brigamos por cargos”, disse o líder do PSB na Câmara, Beto Albuquerque (RS).
Integrantes do partido lembraram que, em janeiro de 2012, o ministro Fernando Bezerra (Integração Nacional), procurou Dilma e falou da decisão de sair, mas a presidente não aceitou a demissão. O PSB então divulgou nota dizendo que permanecia no governo, mas não por causa dos cargos.

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