Relatório policial da Operação Alba Branca revela
que Luiz Roberto dos Santos, o “Moita”, braço-direito do secretário da
Casa Civil do governo tucano de Geraldo Alckmin, Edson Aparecido, caiu
no grampo várias vezes dizendo a interlocutores “tô no Palácio”; nas
conversas, ele trata com integrantes da organização sob suspeita de
fraudar licitações e superfaturar produtos agrícolas e suco de laranja
destinados à merenda em pelo menos 22 prefeituras; ele age para atender
aos interesses da Coaf (Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar), de
Cássio Chebabi (que aparece acima na foto com Alckmin); segundo Edson
Aparecido, a indicação de “Moita” para o cargo foi “do partido”; “O PSDB
precisa se posicionar”, diz ele; no fim de semana, Alckmin disse que
"Lula é a cara do PT, sem ética, sem limites", mas não falou do esquema
da merenda em seu próprio governo.
47 – Luiz
Roberto dos Santos, o “Moita”, então braço-direito do secretário-chefe
da Casa Civil do governo tucano de Geraldo Alckmin, Edson
Aparecido, operava para a quadrilha da merenda escolar de sua sala no
Palácio dos Bandeirantes.
O relatório policial da Operação Alba Branca revela que “Moita” caiu
no grampo várias vezes dizendo a interlocutores “tô no Palácio”. Nas
conversas, ele trata com integrantes da organização sob suspeita de
fraudar licitações e superfaturar produtos agrícolas e suco de laranja
destinados à merenda em pelo menos 22 prefeituras.
O presidente da Coaf (Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar), Cássio
Chebabi, delatou à polícia e ao Ministério Público que as propinas
pagas eram equivalentes a 10% sobre o valor dos contratos. Acusa o
presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, Fernando Capez
(PSDB), e o secretário estadual de Logística e de Transportes, Duarte
Nogueira, de se beneficiarem do esquema.
Segundo o secretário da Casa Civil, Edson Aparecido, a indicação de
“Moita” para o cargo foi “do partido”. “O PSDB precisa se posicionar. Da
nossa parte, o que tinha que ser feito do ponto de vista da
responsabilidade jurídica nós fizemos e o caso está na Corregedoria”,
disse.
No fim de semana, Alckmin disse que "Lula é a cara do PT, sem ética,
sem limites", mas não falou do esquema de desvios da merenda, em seu
próprio governo.
Leia aqui reportagem de Mateus Coutinho sobre o assunto.
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