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sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Ministro ouve sobre caos na saúde em Belém onde o cenário é de terra arrasada e fica estarrecido

Ministro ouve sobre caos na saúde em Belém (Foto: Elza Fiúza/ABr)
O caos na saúde  pública em Belém e um pedido de socorro foram temas de uma audiência entre o deputado estadual Edmilson Rodrigues (PSol) e o ministro da Saúde Alexandre Padilha. A conversa, que ocorreu na última quarta-feira no gabinete do ministro em Brasília, poderá resultar na criação de uma força tarefa para tentar desatar o nó que se criou em torno da gestão da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) em Belém. 

Em oito meses, o prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho já teve dois secretários de saúde. O segundo a ocupar o cargo foi o médico Iuji Ikuta que deixou a pasta no final de agosto. Desde então, a cadeira é ocupada interinamente pela enfermeira Selma Alves, que chegou a ser cogitada para assumir o cargo em definitivo, mas enfrentou resistência da equipe técnica. 

Há cerca de um mês, o prefeito vem sondando profissionais para assumir a Sesma, sem sucesso. “Belém vive a inusitada situação de não ter um profissional que queira assumir a Secretaria de Saúde. Ninguém quer se desgastar”, contou o deputado ao ministro. 
Interferências
Para Edmilson, a origem dos problemas estaria nas interferências políticas na Sesma que, segundo ele, ferem a autonomia do Sistema Único de Saúde, cujo fundo é administrado por comissão tripartite - formada por representantes do Estado, da União e dos municípios. 
O Professor e deputado Edmílson Rodrigues foi a Brasília em busca de socorro para a carente e politicamente desgraçada população da capital do Pará
“Todas as licitações estão concentradas no gabinete e as nomeações precisam ser aprovadas pelo irmão do prefeito (o secretário de Administração Augusto Coutinho). Ninguém aceita ser a vice-rainha da Inglaterra”, diz o deputado que é ex-prefeito de Belém e concorreu com Zenaldo nas últimas eleições.
Secretaria Municipal de Administração -(SEMAD)
Guto Coutinho, o prefeito virtual de Belém

Edmilson levou para Brasília recortes de jornais e, na conversa, ressaltou os problemas no atendimento à atenção básica. “Como os municípios não têm investido nessa área, o problema se agrava nos hospitais. 


Levamos dados técnicos porque não se trata de uma questão político partidário”. Desde 2010, o governo do Estado tem atrasado repasses do fundo para a assistência básica, o que também tem agravado a crise no interior do Estado e contribuído para sobrecarregar as unidades da capital.
Padilha ressaltou a importância de que cada instância do poder público mantenha autonomia sem interferências das demais, mas demonstrou preocupação e acenou que os problemas podem ser alvo de reunião do Conselho Nacional de Saúde.

(DOL) 
ESCÂNDALO NOJENTO! - VEREADORA COMUNISTA EXPÕE O CAOS EM BELÉM

Sandra Batista  (PCdoB-PA) com o ministro Padilha e deputado Airton Faleiro do PT

Vereadora já havia denunciado o quadro dramático da saúde de Belém. Nos centros de atenção psicossocial falta remédio, água, alimentação, médico, assistente social. Um dos CAP’s está até com alvará vencido desde 2008. Sesma muda de secretário duas vezes em 8 meses. Falta pediatra no PSM. E mesmo assim, Prefeitura não havia feito inscrição  no “Mais Médicos”. A vereadora requereu ao prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho, esclarecimentos sobre a não inscrição.

Para Sandra Batista, que preside a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da Câmara Municipal de Belém (CMB), o prefeito deveria ter considerado que o cenário da saúde na capital paraense é dramático, o que levou a atual gestão decretar estado de emergência na saúde pública no início do mandato e que já fez dois secretários pedirem exoneração do cargo.

“Falta pediatra nos PSM’s, os jornais mostram isso todos os dias em Belém.  Nas ilhas, a situação é ainda pior”, afirmou.

A saída do médico Yugi Ikuta da titularidade da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), repercutiu mal. “Dois secretários já pediram exoneração em oito meses de mandato. Já tínhamos relatado o caos na Rede de Assistência e Saúde Mental, pedindo providências do secretário. E agora? Vamos ter que esperar mais para que um novo secretário assuma e tome pé da situação. É preciso sanar esta descontinuidade de secretários na saúde. Quem mais sofre é a população pobre que precisa dos serviços” 


Rede de Saúde Mental não tem estrutura e profissionais 

A vereadora apresentou dossiê do Movimento Paraense de Luta Antimanicomial relatando o abandono e sucateamento da rede assistencial em saúde mental do município.

Belém conta com uma Rede de Serviços de Saúde Mental composta por quatro Centros de Atenção Psicossocial (CAP’s), geridas pela Sesma.

De acordo com os servidores, há irregularidades no fornecimento de insumos, com a recorrente falta de medicamentos básicos; o fornecimento de alimentação esteve interrompido desde o segundo semestre de 2012; além de infraestrutura sucateada e deficitária e desvalorização profissional.

Na Casa de Saúde Mental e Drogas não há espaço para internação e desintoxicação.

A Vigilância Sanitária, inclusive, não teria autorizado o funcionamento da casa, que está com alvará vencido desde 2008.

O CAPs Mar e Sol, de Mosqueiro, não possui médico psiquiatra e assistente social.

No CAPs Infantil, os problemas vão desde a recorrente falta de água à irregularidade de suprimento para despesas emergenciais.

Com a Casa Mental do Adulto a situação não é diferente: faltam água e alimentação, não há transporte para realizar visitas domiciliares ou cumprir atividades extramuros, recomendadas pela Política Nacional de Saúde Mental.

A vereadora solicitou ao então secretário de saúde informações sobre a ausência de diretor no CAPS AD, localizado no bairro do Marco; providências em relação à disponibilização de documentos, além de informações sobre a suspensão do lanche, com imediato retorno da alimentação. 

Solicitou, ainda, a contratação de mais psiquiatras e esclarecimentos sobre a recusa de atendimento a dependentes químicos que não estão cadastrados, sob a justificativa de que não há estrutura suficiente para o atendimento, quando, na verdade, a saúde é um direito de todo cidadão, sendo de responsabilidade do Poder Público garantir o atendimento. 
 
 
(Fonte: Ascom/Free ilustration by:militanciaviva!.

Um comentário:

  1. é uma vergonha. pois estamos lidando não com governantes e sim criminosos. não entendo como não prendem o prefeito; governador; secretário de saúde. pois literalmente eles rasgaram a constituição. cometendo esta bárbarie com o povo no geral. isso é crime. cometido não só em belem mais em todo território BRASILEIRO;;;;

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