Nova 'zona azul' melhora sistema e aposenta guardadores da tarefa
A garantia é do diretor de Trânsito da Autarquia de Mobilidade Urbana de Belém (Amub), João Renato Aguiar - autor do projeto. Para Aguiar, o novo projeto se distancia dos problemas identificados no plano elaborado, e quase implantado, à época de Duciomar Costa. Este, defende ele, não é um processo de privatização dos espaços públicos, mas uma chance de disciplinar a população sobre a utilização dos espaços. O projeto, inclusive, elimina de vez a necessidade dos flanelhinhas.
A garantia é do diretor de Trânsito da Autarquia de Mobilidade Urbana de Belém (Amub), João Renato Aguiar - autor do projeto.
'Os flanelhinhas, sim, privatizam o espaço público. Assim como quem deixa o carro parado o dia inteiro no mesmo lugar', comentou. Essencialmente, as diferenças entre o projeto anterior e o atual estão na comercialização dos tíquetes de estacionamento, gerenciamento das vagas e na fiscalização - em conformidade com o pedido pela Câmara Municipal de Belém (CMB) durante a gestão anterior. O novo projeto-base, que ainda em fase de conclusão e revisão, permite a aquisição da vaga de estacionamento de diversas maneiras: celular, site e pontos de venda. A ideia é criar ao menos 243 terminais de venda, semelhantes a máquinas de cartão de crédito ou de recarga de celular. Não haverá contato direto entre condutor e os fiscais para aquisição dos tíquetes. A função dos fiscais será fiscalizar se as vagas estão sendo preenchidas apenas por quem pagou. Estes fiscais terão equipamentos como celulares ou tablets para consultar o sistema de informações e até terão comunicação com os futuros equipamentos dos agentes normais de trânsito da Amub, facilitando a interação em caso de guinchamentos ou infrações cometidas. Os preços, divisão da arrecadação e aplicação dos recursos obtidos pelo órgão ainda não estão definidos. A 'Zona Azul' de Paraupebas reverte parte do tributo a órgãos e setores sociais. Outras exigências da Amub para a empresa que se interessar em participar da licitação, que ainda será anunciada, é que tenham 40 terminais fixos de monitoramento. Esses terminais deverão estar ligados a câmeras de vigilância. A empresa também deverá fornecer treinamento para todos os fiscais. 'Tudo será feito com campanhas educativas para informação e conscientização', completou Aguiar. Diferenças entre os modelos e especificidades Gestão Atual
Pesquisa de viabilidade técnica, justificativa técnica e lucratividade Garantia de gratuidades para idosos e pessoas com deficiência Sistema informatizado de pagamento pelas vagas Elimina a negociação e a corrupção entre condutor e fiscal, eliminando também o flanelinha Terá monitoramento por câmeras e fiscais motorizados, dando mais segurança ao proprietário do veículo Sistema informatizado que garante o controle do usuário e do operador Campanhas educativas e informativas Começará onde já existe cultura da 'Zona Azul', como a Braz de Aguiar, progredindo Já aprovado pela CMB e analisado positivamente pelo MPE-PA Gestão Anterior Não possuía pesquisa de viabilidade e nem justificativa técnica Usava talonários de papel Não teve campanhas educativas Começou no centro da cidade Não tinha como monitorar as vagas e nem a atuação dos fiscais Implantação: segundo semestre deste ano. Segunda etapa prevista para 2014. Preço: em estudo Forma de aquisição dos tíquetes: internet, celulares, bancas de revistas, vendedores autorizados Tempo de permanência: duas horas, renováveis, com tolerâncias de 15 minutos antes e depois do ocupação da vaga Número de vagas: 10 mil na primeira etapa Horários de isenção: 19h às 8h
Onde será implantada (1ª etapa) Avenida Braz de Aguiar e transversais Avenida Generalíssimo Deodoro Avenida Conselheiro Furtado Avenida Serzedelo Corrêa Transversais da avenida Governador José Malcher Ampliação (2ª etapa) Avenida Senador Lemos Avenida Almirante Tamandaré Rua São Pedro Rua São Francisco Rua dos 48 Travessa Padre Eutíquio Todo o centro histórico e comercial Fragilidade do projeto derrubou 1ª tentativa Aguiar aponta a fragilidade do sistema como o principal motivo para a rejeição da primeira 'Zona Azul'. O projeto, que era gerenciado pela Sociedade Nacional de Apoio Rodoviário e Turístico (Sinart) - empresa administradora do Terminal Rodoviário de Belém - facilitava a ação dos flanelhinhas, que não repassavam os tíquetes vendidos. Também não havia como monitorar quem estava ou não pagando. Isso gerou prejuízos. 'Entre 2009 e 2010, elaborei o novo projeto, que tinha parquímetros. Mas o conceito foi alterado e incluíram talonários de novo. Obviamente deu errado porque isso já caiu em desuso e não é seguro. Gastaram dinheiro com a implantação de sinalização que seria usada de forma experimental, para treinamento. E tudo sem uma campanha. Começaram também onde não havia cultura de pagamento por estacionamento, que foi o centro de Belém. Houve revolta. Este projeto está todo pensado e embasado em dados e pesquisa. Já tivemos uma conversa com o promotor Benedito Wilson Sá, do MPE-PA, e ele entendeu o projeto, diferente do que aconteceu com o anterior', concluiu o diretor de Trânsito da Amub.
Fonte: O Liberal
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