Isso já aconteceu num evento esportivo nos estados Unidos, na década de 1990.
O artigo abaixo foi publicado, originalmente, na versão em português do site DW.
As explosões na Maratona de Boston reacenderam o medo do terrorismo
nos Estados Unidos. Os investigadores estão trabalhando em ritmo
acelerado, enquanto as medidas de segurança foram reforçadas em várias
cidades.
As autoridades americanas estão trabalhando com duas hipóteses. Uma é de que os autores sejam de um grupo do próprio país, talvez contrário ao governo; a outra é de que o ataque seja obra de radicais islamistas. Embora o discurso oficial seja outro, nos círculos do governo o duplo atentado é tratado como uma ação terrorista.
A Guarda Nacional de Massachusetts entrou em alerta, enquanto
policiais fortemente armados fazem a segurança dos hospitais. Grande
parte do centro da cidade permanece interditada. O FBI assumiu a chefia
da investigação, que conta com participação da CIA, além das autoridades
locais. Várias fontes afirmaram que não foi recebido qualquer alerta
antes do ataque.
Segundo Richard DesLauriers, diretor do FBI em Boston, não é
descartada a hipótese de que o ato faça parte de um plano terrorista
maior. Ele não quis confirmar a informação de que outras bombas não
detonadas foram descobertas. As autoridades sublinharam que não houve
detenções. Mas os bombeiros afirmaram que um apartamento suspeito havia
sido revistado.
Um policial de alta patente ouvido pela agência de notícias Reuters
que não quis ser mencionado disse que havia dois explosivos de pólvora
equipados com bolas de metal. Fontes ligadas aos investigadores
afirmaram que o momento do ataque é um indício de que os autores possam
ser extremistas americanos.
Não é a primeira vez que um grande evento esportivo é alvo de ataque
nos EUA. Em julho de 1996, o ativista radical antiaborto Eric Rudolph
realizou um atentado a bomba durante os Jogos Olímpicos de Atlanta,
matando uma mulher.
Outra linha que os investigadores estão seguindo, de acordo com a
Reuters, envolve terrorismo islamista. Um indício que fortaleceria a
possibilidade foi o procedimento: a detonação de dois explosivos em
curto espaço de tempo, a uma curta distância um do outro, durante um
grande evento.
Esse tipo de ataque é propagado pela revista islâmica Inspire,
publicada na internet no Iêmen pelo grupo Al Qaeda e que contém apelos
em inglês dirigidos a islamistas no Ocidente, para que eles consigam
realizar ataques também com meios modestos.
Numa edição recente, havia um manual detalhado para fabricação e utilização de explosivos.
Numa edição recente, havia um manual detalhado para fabricação e utilização de explosivos.
Em resposta às explosões de Boston, a polícia de Nova York aumentou
suas medidas de segurança. Washington, Los Angeles e outras cidades do
país também estão em estado de alerta.
Segundo a imprensa local, várias pessoas tiveram os membros
amputados. Médicos afirmaram que muitos ferimentos foram provocados por
estilhaços de metal. “Vimos pessoas com pernas arrancadas”, disse o
hoteleiro Mark Hagopian. “Um homem perto de mim teve as pernas
arrancadas na altura do joelho.”
A chanceler alemã, Angela Merkel, enviou seus sentimentos às famílias das vítimas. “Nada justifica um ataque tão traiçoeiro contra pessoas que se reuniram para um evento esportivo pacífico”, disse. “Espero que o culpado ou os culpados possam ser responsabilizados.”
O presidente russo, Vladimir Putin (foto acima), condenou “o crime bárbaro”. O primeiro-ministro italiano, Mario Monti, classificou o ataque de “covarde”, enquanto o presidente francês, François Hollande, assegurou “total solidariedade” aos EUA.
No Paquistão, um porta-voz dos Talibãs paquistaneses afirmou que eles
apoiam ataques contra os EUA, mas que não eram responsáveis pelas
explosões.
O governo iraniano condenou veementemente os “assassinatos de cidadãos americanos”.
Fonte: DCM/Free ilustration by: militanciaviva!
O governo iraniano condenou veementemente os “assassinatos de cidadãos americanos”.
Fonte: DCM/Free ilustration by: militanciaviva!
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