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quarta-feira, 10 de abril de 2013

UMA ENDEMIA UNIVERSAL








(HD) - O Grupo Nacional de Combate às Organizações Criminosas do Ministério Público, em parceria com diversos outros órgãos, deflagrou ontem uma Operação Nacional contra a Corrupção. 
A ação, que visa a cumprir 92 mandados de prisão, 337 mandados de busca e apreensão, 65 mandados de bloqueio de bens, e 20 mandados de afastamento das funções públicas, expedidos pelo Poder Judiciário, mobiliza efetivo de 158 promotores de Justiça e 1.300 policiais federais, rodoviários, civis, militares, servidores de Tribunais de Contas, da Controladoria-Geral da União, da Receita Federal e das Receitas Estaduais em 12 unidades da federação.
 
       
A corrupção tem sido uma praga em nosso país. A sociedade não a aceita, e ela deve ser duramente combatida, como tem sido no atual governo, em operações como a deflagrada ontem, com o conhecimento e o aval do Ministério da Justiça.
         Os crimes contra os bens públicos não ocorrem apenas no Brasil, por mais que certos cidadãos e meios de comunicação ultra-conservadores insistam em associá-los ao nosso sangue, ao processo lusitano de colonização, ou a pretendido “subdesenvolvimento”, frente a países que se situam, normalmente, acima da linha do Equador.
         A corrupção está disseminada por todo o mundo, e, fruto da ganância e do egoísmo, costuma se enraizar mais nas sociedades em que o interesse de uma pequena minoria de privilegiados se sobrepõe, de forma definida e clara, ao interesse dos que vivem de seu trabalho.
          A crise na Europa - além de desmascarar o livre mercado como paradigma econômico, mostrou a necessidade de  maior controle público sobre o sistema financeiro e desnudou a existência de ampla rede de tráfico de influência, ligando partidos, agentes do estado e grandes fortunas surgidas durante os anos noventa, quando muita gente se fez milionária da noite para o dia, enquanto a dívida pública se multiplicava, sem que o cidadão comum percebesse.
          Não é por acaso, portanto, que países que estão à beira da quebra, como a Espanha, sejam justamente aqueles em que mais escândalos estão estourando.
       O ex-tesoureiro do partido de centro-direita de Mariano Rajoy, Luis Barcenas, acusa diversos figurões do PP de receber, durante anos, dinheiro ilegal. 

O rei Juan Carlos parece ter coberto de privilégios uma estrangeira, a “princesa” alemã Corinna de Wittgenstein, sua amante conhecida, e que o acompanhou em suas caçadas a elefantes. Ela usa o nome do rei em negócios escusos e, ao que parece, viajava com passaporte diplomático espanhol.
 
   
 A filha do monarca, a Infanta Cristina, e seu marido, Iñaki Urdangarin, ex-jogador de handebol (a máscara sorridente à esquerda, na foto da manifestação espanhola publicada acima) também acabam de ser acusados de corrupção passiva.
       E esta semana, Jordi Pujol Ferrusola, filho do conceituado Jordi Pujol, ex-Presidente da Generalitat da Catalunha, foi acusado de movimentar ilegalmente milhões de euros em bancos de paraísos fiscais, nos últimos 5 anos.
  

               

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