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sexta-feira, 7 de junho de 2013

Aplicações na poupança atingem marca recorde

Aplicações na poupança atingem marca recorde (Foto: Divulgação)
Na era do real, o brasileiro nunca guardou tantos recursos na poupança em um início de ano como em 2013. De janeiro a maio, as economias destinadas à aplicação somaram R$ 18,8 bilhões, recorde que supera em mais de 80% a maior marca vista nos primeiros cinco meses do ano, em 2012. 
As informações foram divulgadas nesta quinta-feira, 6, pelo Banco Central (BC).
Apenas em maio, o poupador conseguiu fazer reservas no valor de R$ 5,6 bilhões. O saldo mensal é robusto, mas não chegou a atingir a marca de igual mês do ano passado, que foi o maior para o período desde que o BC passou a apresentar os dados, no início de 1995.
Por tradição e facilidade, o brasileiro é fiel à caderneta. Mas o aumento do interesse por esse tipo de aplicação mesmo depois das mudanças de regras de rentabilidade, há um ano, chama atenção. Em maio do ano passado, o governo determinou que o retorno financeiro da poupança estaria atrelado a 70% da taxa básica de juros, a Selic (atualmente em 8% ao ano) mais Taxa Referencial (TR).
O professor de economia do Ibmec André Comunale atribuiu a escolha acentuada pela poupança à busca do investidor por segurança. Ele lembrou que nas demais ofertas de aplicação tem sido difícil encontrar alguma com rentabilidade positiva. Como exemplo, citou que ações em Bolsa, fundos prefixados e de multimercados têm amargado perdas nos últimos meses.
“Alguns investidores têm se sentido um pouco desprotegidos e até mesmo os mais sofisticados acabam ficando confusos com esse cenário que se desenha hoje, de muita volatilidade”, avaliou o professor. “Eles acabam correndo para o porto seguro, que é a poupança”, continuou.
A rentabilidade da caderneta, por si, não é um grande atrativo, mas, pelo menos, segue no campo positivo, como lembrou Comunale. No acumulado dos cinco primeiros meses de 2013 ante o mesmo período do ano anterior, a expansão acumulada da rentabilidade da poupança é de 1,59%. O crescimento é ainda menos expressivo se for levada em conta a forte expansão do saldo no período.


(Agência Estado)

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