Criada a resistência cultural europeia contra o domínio do olhar do hospedeiro do império |
Liderados pelos diretores belgas Luc e Jean-Pierre Dardenne, alguns dos
principais cineastas europeus assinaram uma petição exigindo que os
chefes de Estado do continente excluam o setor audiovisual do acordo de
livre comércio entre a Europa e os Estados Unidos.
O documento chama o setor a "lutar para que a Europa continue a escrever
sua história pelo intelecto, pela cultura, a fim de que os cidadãos
possam trazer respostas profundas e complexas aos desafios que nossa
época desperta".
|
Entre os signatários do texto, intitulado "A Cultura não É Negociável",
estão o austríaco Michael Haneke (que ganhou o último Oscar de melhor
filme estrangeiro por "Amor"), o dinamarquês Thomas Vinterberg, o
greco-francês Constantin Costa-Gavras, o espanhol Pedro Almodóvar, os
britânicos Ken Loach, Mike Leigh e Stephen Frears e os franceses Michel
Hazanavicius e Olivier Nakache.
Em março, o Parlamento Europeu autorizou o início das negociações de
livre comércio com os Estados Unidos em diversas áreas, incluindo o
setor audiovisual. Para valer, o texto deve ser ratificado pelos 27
países que integram a União Europeia.
De acordo com estudo realizado pela Comissão do Filme na região de
Paris, o setor audiovisual empregou 19 mil trabalhadores fixos e 121 mil
em regime temporário apenas na França --um aumento de 8% em relação ao
ano anterior.
Com agências de notícias
Nenhum comentário:
Postar um comentário