Na dor que é mais que uma dor,um pai chora a perda do filho de 12 anos, mais uma das milhares de vítimas inocentes da disputa estratégica entre a nova Russia imperial de Vladimir Putim e o Império Industrial Militar de Obama. Não há limites éticos nesta carnificina imoral e criminosa. Se o mundo fosse outro, esta dupla estaria sentada no banco de réus, lado a lado, aguardando o veredito da fôrca para ambos... (Nota do MVIVA). |
Soldados sírios na ofensiva na cidade de Al Qusair.
O governo sírio anunciou nesta quarta-feira (05/06) que retomou o controle da cidade de Al Qusair, situada no oeste do país e próxima à fronteira com o Líbano.
O governo sírio anunciou nesta quarta-feira (05/06) que retomou o controle da cidade de Al Qusair, situada no oeste do país e próxima à fronteira com o Líbano.
De acordo com agência estatal síria, o último
ato foi realizado na noite desta terça-feira (04) depois de duas semanas
de violentos confrontos contra os opositores.
Segundo informações do jornal britânico Guardian e do Observatório Sírio
de Direitos Humanos, foram milicianos do Hezbollah, aliado do regime de
Damasco, que efetuaram a ação final em Al Qusair após uma série de
bombardeios do Exército.
A cidade de Qusair é considerada estratégica para os opositores em
função de sua localização conectar o norte do Líbano - de maioria sunita
- com a província central síria de Homs.
Jovens de todas as idades e níveis sociais,amados por suas famílias, que antes estudavam, namoravam e eram felizes, hoje morrem feito moscas, lutando por uma guerra que não é deles, que foi inventada e alimentada a partir de confortáveis gabinetes em Moscow e Washington. Pobre Siria...(Nota do MVIVA) |
Esse canal de comunicação
entre os países garante aos opositores o constante abastecimento de
armas e munição.
O regime sírio conseguiu um acordo para que as tropas opositoras se
retirassem do local sem violência, evitando assim mais mortes de civis.
De acordo com informações da Agência Efe, na ação que retomou Qusair, os
soldados governamentais apreenderam armas e destruíram abrigos dos
grupos armados, além de desativar dezenas de artefatos explosivos que os
supostos "terroristas" colocaram em casas e em estradas para evitar o
avanço das forças armadas.
Agora, existe uma preocupação do governo
sírio com a situação de pelo menos 1,2 mil feridos que estão dentro da
cidade e que necessitam atendimento médico.
O regime, apoiado por
combatentes do Hezbollah, iniciou no último dia 19 de maio uma grande
ofensiva contra os insurgentes para recuperar o controle de Al Qusair.
Segundo informações da Agência Efe, Al Qusair é também fundamental para o
regime pois cria uma comunicação direta entre Damasco e seus redutos do
litoral mediterrâneo, de maioria alauita - seita à qual pertence o
presidente sírio, Bashar al Assad.
Free Ilustration bY Militanciaviva!
Fonte: Blog do Parcifal.
A nova desordem mundial
Os conflitos étnicos na ex-Iugoslávia causaram 100
mil mortes em 10 anos. Os dois anos de guerra civil na Síria já ceifaram
70 mil vidas. Há mais de 4 milhões de flagelados, dos quais, segundo a
Unicef, 3 milhões são crianças.
Observa Timothy
Ash, professor de estudos europeus na Universidade de Oxford, que após
as tragédias da Bósnia, Iugoslávia e Ruanda, a ONU sancionou uma
doutrina que visava evitar ocorrências similares. Mas, pergunta Ash, “por que ninguém se incomoda com a Síria?”.
A Baronesa Ashton, membro da Câmara dos Lordes, na Inglaterra e Comissária do Comércio Europeu, pergunta: “as coisas seriam diferentes se a Síria estivesse na Europa e a Sérvia, no Oriente Médio?”.
Sugere Ash que “para os europeus, uma vida árabe não vale tanto quanto uma europeia”, e completa:
“há [na Europa] uma espécie de racismo subconsciente, que faz com que,
aos líderes europeus, seja diferente ver europeus se matando
[ex-Iugoslávia, Sérvia, Kosovo, Bósnia] e árabes se explodindo.”.
Estendo
o raciocínio de Ash à América: os EUA ignoram a guerra civil síria
porque não têm interesse estratégico na área e a Síria não abriga
terroristas que lhes ameace a integridade doméstica.
O
Brasil, destarte respeitado pela comunidade árabe, encolhe-se em uma
política externa sofrível e perde uma oportunidade de protagonizar uma
solução para o conflito, o que o credenciaria ao Conselho de Segurança
da ONU.
> O regime de Assad não cairá sem intervenção externa
Observa
Julien Barnes-Dacey, do Conselho de Relações Exteriores Europeus, que
Assad tem tutano para segurar as pontas por mais uma década, pois a
peleja tem ares de guerra étnica: de um lado Assad, com “as minorias alauita, cristã, xiita e drusa” e de outro “uma oposição hoje esmagadoramente identificada com o islamismo sunita.”.
Observa
o professor Ash, que vivemos em mundo multipolar onde as guerras civis
cada vez mais se tornam difíceis de interromper. Foi algo assim que há
100 anos desencadeou as guerras balcânicas que desembocaram na 1ª
Guerra. Em consequência dela veio a 2ª, o que, segundo Ash, fez do
século XX “o mais sangrento da história humana.”.
É uma pena que estejamos na alvorada do século XXI com promessas de mais sangue, a se manter a nova desordem mundial.
Fonte: Blog do Parcifal.
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