Para 78%, manifestantes foram 'mais violentos do que deveriam' e 40% consideraram atuação da polícia excessiva, segundo Datafolha
SÃO PAULO - Os protestos contrários ao reajuste da
tarifa do transporte público em São Paulo têm apoio de 55% da população
paulistana, segundo pesquisa realizada pelo Datafolha nessa sexta-feira,
14. O levantamento foi feito antes da manifestação dessa quinta, que deixou ao menos 105 feridos.
Foram ouvidas 815 pessoas, com 16 anos ou mais, e 41% delas disseram
ser contrárias aos protestos. A margem de erro é de quatro pontos
porcentuais, para mais ou para menos. Entre os entrevistados com renda
acima de 10 salários mínimos, o índice de apoio às manifestações chega a
67%.
O instituto também perguntou se os manifestantes "foram mais violentos do que deveriam, violentos na medida certa ou menos violentos do que deveriam". A maioria, 78%, disse que foram mais violentos e 15% responderam ter sido na "medida certa".
Já os policiais foram considerados "mais violentos do que deveriam"
por 40% dos entrevistados e "na medida certa", por 47%. A atuação
policial foi considerada "menos violenta do que deveria" por 8%.
Ainda segundo a pesquisa, 67% dos paulistanos afirmaram que o
reajuste da tarifa de R$ 3 para R$ 3,20 foi alto, contra 29% que o
consideraram adequado.
Tarifa mantida. Um dia após o quarto protesto, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), voltou a negar a possibilidade,
proposta pelo Ministério Público, de revogar temporariamente o reajuste
em troca da suspensão das manifestações. Haddad afirmou que a
Prefeitura não entra em um "jogo de tudo ou nada".
O Movimento Passe Livre (MPL), à frente dos protestos, marcou outro
ato para esta segunda-feira, 17, no Largo da Batata, na zona oeste, às
17h.
O Estado de S. Paulo
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