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terça-feira, 29 de outubro de 2013

A desmoralizada ONU vota pela 22ª vez o fim do bloqueio dos EUA a Cuba


O chanceler cubano, Bruno Rodríguez, chegou nesta segunda-feira (28) a Nova York para uma nova votação na Assembleia Geral das Nações Unidas sobre o fim do bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto a Cuba pelo governo dos EUA, que já dura mais de meio século. Nos últimos 21 anos, a imensa maioria dos países membros da ONU tem votado a favor do fim da sanção, mas Washington segue ignorando a comunidade internacional de maneira categórica.

Segundo informações da Prensa Latina, Rodríguez foi recebido durante a madrugada pelo representante permanente de Cuba na ONU, Rodolfo Reyes. O chanceler vai intervir na plenária de 193 países, que acontece na terça-feira (29), em prol do fim do bloqueio dos Estados Unidos, que soma danos econômicos de mais de 1 trilhão de dólares à ilha caribenha. Apesar dos números, Rodríguez considera impossível mensurar as consequências sociais do embargo, assim como o seu impacto em setores como a saúde.

Não há dúvidas de qual será o resultado da votação. Desde 1992, a Assembleia Geral tem respaldado de maneira categórica documentos que pedem o levantamento do bloqueio, demanda apoiada por mais de 180 Estados nos últimos sete anos, com a isolada oposição de duas ou três nações sempre influenciadas pelos EUA.
 
Durante a 68ª Assembleia Geral das Nações Unidas, mais de 40 países defenderam a suspensão do cerco a Cuba. Ao longo da jornada, várias intervenções no debate geral consideraram o bloqueio um obstáculo ao desenvolvimento de Cuba, além de uma violação do direito internacional.
 
Um relatório apresentado pelo vice-ministro cubano de Relações Exteriores, Abelardo Moreno, no início de outubro, revelou que o "persistente recrudescimento” da sanção constitui uma transgressão do direito à paz, ao desenvolvimento e à segurança de um Estado soberano.
 
Na reunião da próxima terça, países e organizações especializadas das Nações Unidas devem enviar também suas considerações sobre a medida unilateral dos Estados Unidos ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.


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