Parabéns à FAB pela brilhante organização dos exercícios
militares aéreos da Cruzex 2013 no Nordeste.
Com todo o respeito
pela nossa Força Aérea, faço, no entanto, duas observações: a recente
inclusão dos EUA e do Canadá, países da OTAN, no evento, que é realizado
desde
2002, eliminou a possibilidade de transformá-lo no primeiro projeto do
embrião
de um sistema de manobras militares conjuntas e periódicas, envolvendo
um
grande número de países da UNASUL e do Conselho de Defesa Sul-americano.
Esse fato abre a possibilidade de que outro país sul-americano
o faça, se a FAB não estudar a inclusão em seu calendário de manobras, de um
outro encontro, sem os EUA e o Canadá como participantes.
Em segundo lugar – o
pessoal do Comando da Aeronáutica pode não ter percebido - a
imperdoável ausência do espanhol – língua da grande maioria dos países
convidados - do site oficial do evento, que tem como alternativas ser
lido apenas
em português ou em inglês, este último idioma assinalado com o absurdo -
para o local e a circunstância - botão de uma bandeira dos Estados
Unidos.
Como dizia o professor da escola de homens-bomba, o diabo está nos detalhes, ou "os grandes
problemas vêm em pequenos pacotes".
A não ser que os EUA fossem co-organizadores do evento ou seus
patrocinadores, o que não é o caso, a omissão representa, no mínimo, uma
descortesia e um equívoco estratégico (que talvez ainda possam ser resolvidos a tempo) com
países e clientes do Brasil, como a Força Aérea do Equador, que compareceu com
seus novos Super-Tucanos.
Na pior das hipóteses, fica um recado de rasteira subordinação
aos EUA (por que não uma bandeira do Canadá, país que também tem o inglês como
língua, ou simplesmente as opções português/english
por extenso?). E,
como para bom entendedor um pingo é letra, uma mensagem que poderá ser
interpretada por oficiais de forças áreas sul-americanas como: “olhaí,
cucarachas... nós e nossos amiguinhos
gringos estamos por cima, e vocês, por baixo”:
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