Sem esquema dos cartéis, metrô deveria custar R$ 1,97
O
MPL (Movimento Passe Livre) e o Sindicato dos Metroviários de São Paulo
convocaram para esta quarta-feira (14), às 15h, no Vale do Anhangabaú ,
um ato político por transporte público e de qualidade.
As organizações
irão denunciar o suposto esquema de corrupção que teria desviado, até o
momento, R$ 425 milhões das obras do Metrô e da CPTM (Companhia
Paulistana de Trens Metropolitanos), por um transporte que atenda às
demandas da cidade e tenha uma redução maior na tarifa.
O metrô de São Paulo tem uma das tarifas mais altas do país. Mesmo após a revogação do aumento conquistado com as mobilizações de junho, a tarifa é de R$ 3,00. No entanto, sem contabilizar os prejuízos aos cofres públicos com as denúncias de cartel para licitação, uma petição encaminhada pelo Sindicato dos Metroviários ao MP-SP (Ministério Público de São Paulo), exigindo a correção das tarifas de transporte público de São Paulo, mostra que, em 1995, a passagem do metrô custava R$ 0,80. Se fosse corrigida pela inflação do período, teria de ser hoje de R$ 1,97, uma defasagem de R$ 1,23. O mesmo ocorria com as tarifas de ônibus que em 1994, eram de R$ 0,50 e deveriam custar R$ 1,71 defasagem de R$ 1,49 em relação à tarifa atual.
O metrô de São Paulo tem uma das tarifas mais altas do país. Mesmo após a revogação do aumento conquistado com as mobilizações de junho, a tarifa é de R$ 3,00. No entanto, sem contabilizar os prejuízos aos cofres públicos com as denúncias de cartel para licitação, uma petição encaminhada pelo Sindicato dos Metroviários ao MP-SP (Ministério Público de São Paulo), exigindo a correção das tarifas de transporte público de São Paulo, mostra que, em 1995, a passagem do metrô custava R$ 0,80. Se fosse corrigida pela inflação do período, teria de ser hoje de R$ 1,97, uma defasagem de R$ 1,23. O mesmo ocorria com as tarifas de ônibus que em 1994, eram de R$ 0,50 e deveriam custar R$ 1,71 defasagem de R$ 1,49 em relação à tarifa atual.
Para Lucas Monteiro, um dos representantes do MPL de São Paulo, com os
escândalos de superfaturamento que envolve um rombo nos cofres públicos
“a tarifa no metrô não só deveria, mas poderia ser reduzida. Entretanto,
o que falta é vontade política”, afirma.
Números da corrupçãoAté o momento, três contratos foram
investigados pelo Cade (Comitê Administrativo de Defesa Econômica): dois
na Linha 2-Verde e um na Linha 5-Lilás. O valor do superfaturamento é
de R$ 252 milhões. Já na CPTM, na contratação da série 3000 e na
manutenção das séries 2000 e 2100, o superfaturamento chegou a R$ 173,1
milhões.
Segundo as denúncias divulgadas na imprensa de que as gestões de Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin, do PSDB, teriam recebido propinas de grandes empresas para que vencessem licitações com preços superfaturados. No cartel estavam envolvidas 18 grandes empresas como Alstom, Bombardier, CAF e Mitsui.
A Siemens, empresa que entregou o esquema do qual também fazia parte, revelou que as corporações venciam concorrências com preços superfaturados em 30% para a manutenção e a aquisição de trens e para a realização das obras de expansão do Metrô e da CPTM.
Para o Sindicato dos Metroviários de São Paulo, é preciso dar um basta neste esquema de corrupção, pois “enquanto o usuário do Metrô e dos trens paga uma tarifa alta, vivendo no sufoco em trens lotados e convivendo com acidentes e paralisações cada vez mais frequentes, os políticos do PSDB e altos-executivos do Metrô e da CPTM recebem altos valores”.
Com todo dinheiro desviado e o superfaturamento envolvendo a administração pública do estado de São Paulo, seria possível delinear a redução da tarifa, rumo à tarifa zero, a ampliação das redes metroviária e ferroviária, integração da EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos) com o transporte municipal e a ampliação do funcionamento, redução de falhas, paradas técnicas e acidentes.
Segundo as denúncias divulgadas na imprensa de que as gestões de Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin, do PSDB, teriam recebido propinas de grandes empresas para que vencessem licitações com preços superfaturados. No cartel estavam envolvidas 18 grandes empresas como Alstom, Bombardier, CAF e Mitsui.
A Siemens, empresa que entregou o esquema do qual também fazia parte, revelou que as corporações venciam concorrências com preços superfaturados em 30% para a manutenção e a aquisição de trens e para a realização das obras de expansão do Metrô e da CPTM.
Para o Sindicato dos Metroviários de São Paulo, é preciso dar um basta neste esquema de corrupção, pois “enquanto o usuário do Metrô e dos trens paga uma tarifa alta, vivendo no sufoco em trens lotados e convivendo com acidentes e paralisações cada vez mais frequentes, os políticos do PSDB e altos-executivos do Metrô e da CPTM recebem altos valores”.
Com todo dinheiro desviado e o superfaturamento envolvendo a administração pública do estado de São Paulo, seria possível delinear a redução da tarifa, rumo à tarifa zero, a ampliação das redes metroviária e ferroviária, integração da EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos) com o transporte municipal e a ampliação do funcionamento, redução de falhas, paradas técnicas e acidentes.
Fonte: Análise de Conjuntura
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