Manifestante protesta contra o julgamento do soldado Bradley Manning do lado de fora do tribunal militar, em Maryland, EUA. |
O soldado norte-americano Bradley Manning, acusado de fornecer ao
Wikileaks milhares de documentos secretos dos Estados Unidos, foi
condenado a 35 anos de prisão nesta quarta-feira (21/08). Manning, que
foi declarado culpado de 20 acusações, entre as quais violações da lei
da espionagem e roubo de informação governamental, estava sujeito a uma
pena máxima de 90 anos de prisão.
Manning terá de cumprir um terço da pena antes de receber o direito de pedir liberdade condicional.
Manning terá de cumprir um terço da pena antes de receber o direito de pedir liberdade condicional.
O soldado recebeu um crédito de 1293 dias pelo tempo que esteve preso
antes de ser condenado, nos quais se incluem 112 dias pelo tratamento
abusivo ao qual foi submetido na prisão de Quântico.
A promotoria havia pedido 60 anos de prisão ao considerar que Manning merece passar a maior parte do resto de sua vida na cadeia. Já a defesa disse que o ex-soldado não deve passar mais de 25 anos detido, tempo que será necessário para que os documentos que divulgou não sejam mais considerados confidenciais.
A promotoria havia pedido 60 anos de prisão ao considerar que Manning merece passar a maior parte do resto de sua vida na cadeia. Já a defesa disse que o ex-soldado não deve passar mais de 25 anos detido, tempo que será necessário para que os documentos que divulgou não sejam mais considerados confidenciais.
O processo judicial realizado no tribunal militar de Fort Meade
(Maryland) começou com as vistas preliminares em dezembro de 2011,
enquanto o julgamento começou em junho. Manning, que serviu no Iraque
como analista de inteligência em 2009 e 2010, vazou, segundo confessou
no julgamento, centenas de milhares de documentos das guerras neste país
e no Afeganistão e mensagens diplomáticas do Departamento de Estado,
que foram publicadas pelo Wikileaks.
A questão abriu um debate mundial sobre o papel dos EUA no mundo e sobre as injustiças cometidas na guerra contra o terrorismo após os atentados de 11 de setembro de 2001. Manning, que pediu perdão pelo prejuízo causado aos EUA, não foi acusado de "ajuda ao inimigo", que poderia siginifcar uma condenação à prisão perpétua.
A questão abriu um debate mundial sobre o papel dos EUA no mundo e sobre as injustiças cometidas na guerra contra o terrorismo após os atentados de 11 de setembro de 2001. Manning, que pediu perdão pelo prejuízo causado aos EUA, não foi acusado de "ajuda ao inimigo", que poderia siginifcar uma condenação à prisão perpétua.
Blog do Porter
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