Povo brasileiro não confia na oposição |
A prestigiosa revista britânica The Economist publica na edição desta semana uma
reportagem sobre a queda da popularidade da presidente Dilma Rousseff e,
ao mesmo tempo, a falta de reação nas pesquisas de intenção de voto dos
nomes da oposição, como Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB). Para
a publicação, fatos como a denúncia de um esquema ilegal relacionado ao
setor de transportes no governo paulista e disputas internas tiram
força dos principais nomes da oposição à presidência.
A
The Economist observa que a popularidade de Dilma Rousseff caiu
drasticamente nas últimas semanas após os protestos que lotaram as ruas
do País. "Apesar disso, a maioria dos adversários não conseguiu fazer
muito progresso", destaca a publicação.
Após os
protestos, diz a reportagem, o tucano Aécio Neves teve apenas uma
pequena reação nas pesquisas de intenção de voto para 2014. "Neves teve
dois mandatos de sucesso como governador de Minas Gerais, o segundo
Estado mais populoso do Brasil. Mas desde que se mudou para o Senado, em
2011, ele tem tido pouco impacto no cenário nacional", diz o texto.
A
revista diz, ainda, que outra ameaça para o PSDB é uma investigação
sobre suposto esquema de corrupção no governo de São Paulo em projetos
do transporte sobre trilhos que envolveria "centenas de milhões de
reais". Há, ainda, disputas internas entre os tucanos, nota a revista,
especialmente entre Aécio Neves e José Serra. "Aos 71 anos, a ambição do
Sr. Serra está intacta, apesar da relutância de seu partido em
apoiá-lo", diz a reportagem.
"O outro candidato
que não conseguiu decolar é Eduardo Campos, governador de Pernambuco.
Sr. Campos é formalmente um aliado de Dilma Rousseff, mas tem sido
incentivado a uma candidatura presidencial", diz o texto.
Para
a Economist, o principal beneficiário dos protestos é Marina Silva.
"Marina está envolvida na criação de um partido, a Rede, que ela
apresenta como uma alternativa à política tradicional. Mas isso vai
limitar seu direito a espaço na campanha no rádio e televisão", diz a
reportagem.
Fonte: Estadão Conteúdo
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