Molon: 'PT não faz autocrítica, nem corrige rumos'
O deputado federal Alessandro Molon afirma que
decidiu deixar o PT e se filiar ao Rede, pois não percebe
"possibilidades reais de serem feitas as correções de rumos necessárias"
para o seu antigo partido; "Exemplo disso é que em junho propusemos que
o partido fizesse uma autocrítica, assumindo os erros cometidos e
apontando quais medidas para evitar que voltassem a ocorrer. Nenhuma
proposta foi acolhida. Isso causou um desânimo enorme e sinalizou que
não temos força para mudar o partido. E, no Rio, o PT abriu mão de ser
uma alternativa política real e passou a se comportar como uma linha
auxiliar, uma sublegenda do PMDB. Isso é inaceitável", diz.
247 - O
deputado federal Alessandro Molon afirma que decidiu deixar o PT e se
filiar ao Rede, pois não percebe "possibilidades reais de serem feitas
as correções de rumos necessárias" para o seu antigo partido.
"Exemplo disso é que em junho propusemos que o partido fizesse uma
autocrítica, assumindo os erros cometidos e apontando quais medidas para
evitar que voltassem a ocorrer. Nenhuma proposta foi acolhida. Isso
causou um desânimo enorme e sinalizou que não temos força para mudar o
partido. E, no Rio, o PT abriu mão de ser uma alternativa política real e
passou a se comportar como uma linha auxiliar, uma sublegenda do PMDB.
Isso é inaceitável", disse.
Ele nega que tenha deixado o partido em decorrência da crise pela
qual passa o governo da presidente Dilma Rousseff. "Estou saindo pelas
limitações que eu percebo no PT de se reencontrar com sua história, não
estou saindo por causa de dificuldades que o governo atravessa. Essa
minha decisão não tem a ver com a impopularidade da presidente ou com a
dificuldade de aprovar medidas no Congresso. Ela tem a ver com o
partido", diz o ex-petista que pondera que apoiará o que for "justo e
correto" no ajuste fiscal.
Sobre a situação do PT no Rio, Molon diz que "o partido está se
desconstituindo e vem optando pelo caminho de se esvaziar e de se
entregar".
"Isso tem um peso importante porque minha atuação também é importante
para melhorar a vida dos que moram aqui. Se não vejo o partido
contribuindo para melhorar a qualidade de vida das pessoas do Rio, é um
problema sério. Eu não pretendia ser candidato pelo PT à prefeitura, mas
achava fundamental que o PT tivesse candidato e apresentasse proposta à
cidade. Isso não foi considerado. Na Rede, percebo a preocupação de
discutir um programa para o desenvolvimento sustentável. Não a vejo
preocupada em discutir nomes, mas em se constituir como partido que vai
colaborar na construção do Brasil com seus ideais de humanismo
progressista, sustentável, com desejo de reinventar e reencantar a
política", afirma.
A entrevista na íntegra aqui.
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