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terça-feira, 3 de setembro de 2013

Wikileaks: EUA pretendem derrubar Assad desde 2006

Wikileaks: EUA têm planos para derrubar Assad desde 2006. Documento da diplomacia norte-americana aponta quais as fragilidades a serem aproveitadas para tirar presidente sírio do poder

A Marinha dos EUA esta pronta para entrar em ação a qualquer momento
Ao anunciar, na tarde deste sábado (31/08), que autorizava a realização da intervenção militar na Síria, o presidente norte-americano, Barack Obama, colocou em prática um plano antigo de seu país. A ideia de uma ação do gênero contra o governo do presidente Bashar Al Assad já tinha sido planejada durante o mandato de George W. Bush, ainda em 2006, conforme mostram documentos vazados pelo site Wikileaks.
Segundo o telegrama datado de 13 de dezembro de 2006, redigido pelo diplomata William Roebuck, “o regime sírio terminava 2006 mais forte domesticamente do que em dezembro de 2005”. Para o diplomata, o governo Assad era sustentado por uma pequena “claque”, imune às pressões externas e internas sofridas pelo líder sírio.
Porém, “a crescente confiança de Assad e o apoio desse pequeno grupo de poder poderiam levar o mandatário sírio a fazer más avaliações e cometer erros por conta das reações emocionais diante de desafios”. O diplomata cita o assassinato do ex-premiê libanês Hariri e a criação da Frente de Salvação Nacional como exemplos da reação irracional de Assad diante das crises. Segundo Roebuck, essa instabilidade emocional de Assad deveria ser explorada pelos EUA.
Assad demonstrava preocupação em como era percebido no exterior e se havia confiança no seu processo de tomada de decisões. Para os diplomatas norte-americanos sediados em Damasco, as fraquezas de Assad residiam em como o líder sírio lidava com ameaças iminentes – fossem elas hipotéticas ou reais. Entre essas ameaças, estavam o conflito entre as reformas econômicas e a corrupção, a questão curda e o relacionamento com os radicais islâmicos no país.
 
De acordo com os diplomatas, havia uma oportunidade para explorar essas fragilidades de Assad e, assim, conseguir influenciar o círculo ao redor do mandatário sírio. A ideia era reverter o cenário da época: economia relativamente estável, oposição fraca e intimidada, e um cenário regional do Oriente Médio condizente com os interesses da Síria. O principal foco das ações para desestabilizar a presidência de Assad envolviam as tensões entre a Síria e o Líbano, “a inexperiência de Assad e o fato de que o círculo de pessoas de confiança do ditador sírio era muito pequeno”. 


Fonte: Pragmatismo Político

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