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quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Professores decidem hoje se a greve vai ser mantida

Quatro das 12 reivindicações do movimento foram acatadas pelo Estado

A greve dos professores da rede estadual em Belém continua. Muitos estabelecimentos de ensino seguiram de portões fechados na manhã de ontem, mesmo após a aceitação de algumas das reivindicações impostas ao governo do Estado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado do Pará (Sintepp). Os professores estão em greve desde o início da semana e, na terça-feira, se reuniram com representantes da gestão para discutir cinco itens prioritários dos 12 que compõem a pauta de exigências. Quatro foram atendidos pelo Estado - são dois projetos de lei, um que regulamenta a jornada de trabalho e as aulas suplementares e outro que remete à regulamentação do funcionamento do Sistema de Organização Modular de Ensino (Some). Além disso, a implementação das pendências do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR). 

Já o pagamento do piso salarial retroativo de 2011 está em análise pelo governo, sob a justificativa da Secretaria de Estado de Administração (Sead), de que representa um custo de mais de R$ 70 milhões. Por telefone, a assessoria de comunicação da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) informou que a pasta aguarda retorno da categoria quanto ao que foi respondido. Porém, o Sintepp está insatisfeito e informou, por meio da assessoria de comunicação, que a decisão pelo fim da greve deve ser tomada em assembleia prevista para as 9 horas de hoje, no ginásio do Sindicato dos Bancários, no Reduto.
No site oficial do Sintepp, a matéria publicada após a reunião com o governo afirma que 'a negociação não avança e a greve continua'. 'Mais uma vez o governo tucano de Jatene não apresentou respostas satisfatórias às reivindicações da categoria', reforçou a assessoria de comunicação do sindicato. Diante do impasse, a escola estadual Augusto Meira, em São Brás, amanheceu sem aulas pelo quarto dia. De acordo com o porteiro, que preferiu não se identificar, com medo de represálias, os alunos programaram fechar a avenida José Bonifácio, em frente à escola, por volta das 8 horas de hoje, para protestar pela falta de aulas. 'Aluno nem vem mais e poucos professores estão vindo mesmo só para bater o ponto. Não há previsão para o recomeço das aulas', comentou o funcionário. 

No Marco, a escola estadual Visconde de Souza Franco está com as portas fechadas a cadeados. Segundo informações de funcionários, apenas alunos do 3º ano do ensino médio receberam um 'aulão' para a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). 'Estamos sem aula desde segunda. Sei que já houve um ‘aulão’ para o pessoal do 3º ano e parece que amanhã (hoje) vai ter de novo. Fora isso, nem professores e nem alunos estão vindo. Não estou sabendo quando vai voltar ao normal', observou uma agente de serviços gerais, que também não quis se identificar.

No Guamá, a situação é de ameaça de adesão à greve na escola estadual Mário Barbosa. O porteiro da instituição, Raimundo Gomes, conta que aulas 'ainda' não foram interrompidas, porque os alunos estão em período de provas. 'Está tudo normal. Eles estão fazendo a 2ª avaliação, que vai até sexta-feira. Na segunda, só Deus sabe se pode estourar uma greve', afirmou. 

Fonte: O Liberal
Foto: Bruno Magno (Portal ORM)

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