O Onibus rápido já foi implantado em cidades como Curitiba e Bogotá.
A Prefeitura de Belém inicia ainda este mês o processo licitatório para a implantação do projeto do Ônibus de Trânsito Rápido, os chamados ônibus como BRT (Bus Rapid Transit). O projeto, que é modelo em cidades como Curitiba (PR) e Bogotá (Colômbia), terá início no distrito de
Icoaraci, passando pela rodovia Augusto Montenegro, avenida Almirante Barroso até o bairro de São Brás. O custo estimado do projeto é R$ 400 milhões.
O BTR é um sistema alternativo de transporte público cujo objetivo é viabilizar o deslocamento rápido dos passageiros por meio de estações de transferência e corredores exclusivos de ônibus. A obra do BRT de Belém, após vencidos todos os trâmites, deve ser concluída em até 12 meses. A obra inclui ainda a construção de um elevado na área do Entroncamento, o que deve garantir melhor fluidez do corredor exclusivo de ônibus que será criado.
O secretário municipal de Habitação, Oswaldo Gonzaga Santos, explica que o projeto será financiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Serão R$ 370 milhões mediante uma contrapartida da prefeitura em torno de R$ 30 milhões.
Segundo o secretário, Belém se encontra numa situação de caos no trânsito que era prevista para 2025, mas que já é uma realidade em 2011. “Estamos buscando alternativas para resolver esse problema. Nossa preocupação maior é com Icoaraci, pois a Augusto Montenegro se tornou um verdadeiro canteiro de obras (de conjuntos habitacionais)”, explica.
SERVIÇO
Oswaldo detalha que o serviço de ônibus BRT tem vantagens sobre os sistema de transporte coletivo comum. “Estes veículos possuem corredores exclusivos, com uma calha de trafegabilidade e consegue atender um grande número de pessoas. Os embarques e desembarques são mais rápidos porque são feitos em plataformas elevadas no mesmo nível dos veículos”.
O sistema de ônibus BRT possui características semelhantes aos sistemas mais modernos de transporte urbano sobre trilhos, mas com um diferencial importante: representa 20% do custo de implantação de um metrô de superfície e as obras necessárias são muito mais rápidas.
O serviço deverá ter uma tarifa diferenciada, mas cujo valor será calculado e estudado pela CTBel, diz Gonzaga. “Não será algo como uma passagem de R$ 10. Queremos algo que seja interessante para o empresário, mas que não sangre ainda mais os baixos salários da população”.
Empresas concessionárias de transportes coletivos serão orientadas pela Prefeitura de Belém sobre o novo projeto. “Vamos dar a chance para aos empresários conhecerem o projeto e ver como ocorre em cidades como Curituba e Bogotá. Gonzaga acredita que após o trâmite do processo licitatório deverá ser concluído em até 60 dias e logo no início de 2012 as obras deverão ser iniciadas.
(Diário do Pará)
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