O mercado internacional de equipamentos de defesa é altamente competitivo, dominado por um pequeno número de exportadores. Países com uma forte base industrial e tecnológicos com uma maior capacidade de ofertar novos equipamentos voltados à defesa.
Em 2010, a competitividade da indústria francesa permitiu-lhe manter a sua posição como exportador mundial como quarto maior em equipamentos de defesa. Com € 5,12 Bilhões em contratos, reflete o forte desempenho da indústria francesa em um ambiente tão competitivo.
De fato, a França tem ativos valiosos. Suas exportações são baseadas em produtos que têm qualidades amplamente reconhecidas em toda a vasta gama de equipamentos de defesa, onde sua escolha histórica em favor da autonomia nacional em defesa tem favorecido o surgimento de pólos de excelência na França. Assim, a França é um dos poucos países a dominar todas as técnicas, graças ao investimento público em programas de pesquisa e desenvolvimento.
A importância das exportações para a sobrevivência da base industrial de defesa é crucial. A indústria francesa, dependente dos programas nacionais e cada vez mais se volta para exportação. O mercado de exportação já responde por 32% das vendas da indústria aeroespacial francesa e empresas de defesa, e há um considerável potencial para crescer ainda mais.
Por esta razão, e uma vez que o sucesso no campo dos contratos de exportação é um processo longo e complexo que envolve uma pluralidade de negócios, indústria e Estado, o papel do governo é fundamental.
O apoio estatal para a exportação assume várias formas. Autoridades nacionais primeiro criam um ambiente favorável para as exportações, tanto através da adaptação dos procedimentos internos de supervisão e controle para as perspectivas do mercado e fornecendo apoio nas relações diplomáticas com países amigos e aliados. As autoridades nacionais também podem fornecer, em alguns casos, apoio técnico ou de financiamento para a exportação de equipamentos de defesa.
Distribuição geográfica das exportações
A geografia das exportações francesas se mantém estável de ano a ano, refletindo o mercado mundial, e coloca a França em paridade com seus principais concorrentes globais.
Durante o período de 2006-2010, o Oriente Médio respondeu por 27% dos contratos da indústria francesa, reforçando a sua posição tradicional como o principal comprador de equipamentos franceses.
A América Latina, com 25%, quase alcançou o mesmo nível, principalmente por causa dos grandes contratos com o Brasil. Na primeira década do século XXI (2001-2010), os Estados Unidos, a União Europeia (principalmente França e Reino Unido), Rússia e Israel têm sido responsáveis por 90% do mercado de exportação. O ranking "Top 5" de exportadores, que inclui fornecedores líderes em equipamentos de alta tecnologia, não se alterou significativamente nos últimos anos.
A Ásia, com 18%, tem uma posição menor, mas muito significativa, e espera-se que os sucessos na Índia possam ajudar a aumentar a cota no futuro. Finalmente, a Europa responde por 17% das exportações francesas.
Em 2010, os principais clientes da França foram Arábia Saudita, Brasil, Índia e Malásia.
Em um mercado competitivo, onde a posição dos países exportadores não é assegurada, a diversidade de clientes regionais e o equilíbrio entre áreas geográficas, é um trunfo importante para as exportações de defesa da França.
Além disso, 2011 e 2012 pode ser um ano crucial com a França competindo em vários grandes contratos para fornecer equipamentos de defesa. Dentre estes grandes contratos, podemos citar o programa FX-2, onde o caça Dassault Rafale é o favorito à equipar a Força Aérea Brasileira.
Fonte: GeoPolítica Brasil / DEFPRO
Tradução/adaptação e complementação: GeoPolítica Brasil
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