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quarta-feira, 9 de novembro de 2011

MARINHA DO BRASIL PRECISA URGENTE DE R $ 223 BI, ATÉ 2030, PARA SER RESPEITADA QUANTO FORÇA DE DEFESA


O fortalecimento do poder naval brasileiro, com o objetivo de garantir a soberania nacional sobre riquezas como as reservas de petróleo, exigirá investimentos de R$ 223,5 bilhões até 2030. Os números foram apresentados pelo chefe do Estado-Maior da Armada, almirante de esquadra Luiz Umberto de Mendonça (foto abaixo), em audiência pública da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), ontem.
http://www.senado.gov.br/noticias/inc/multimidia/verImagem.aspx?codImagem=393999
Até 2030, disse o almirante, será necessária a aquisição de 20 submarinos convencionais e de seis nucleares, entre outras embarcações, além da constituição de uma segunda esquadra a ser sediada em um estado ainda não definido das regiões Norte ou Nordeste. Com o investimento previsto, explicou, será possível desenvolver os mais importantes projetos da Marinha, como o programa nuclear.
— Não é megalomania. A estratégia de dissuasão é prioritária em tempos de paz e a melhor forma de se evitar conflito armado — afirmou Mendonça durante o painel "Pré-Sal: papel das Forças Armadas na defesa do patrimônio e alocação de recursos para essa finalidade", parte do terceiro ciclo do conjunto de debates promovido pela comissão a respeito dos rumos da política externa brasileira.
Na abertura da audiência, presidida por Cristovam Buarque (PDT-DF) e que contou com a presença de diplomatas de oito países, o professor Simon Rosental, da Escola Superior de Guerra (ESG), observou que o mundo só dispõe de reservas conhecidas de petróleo para os próximos 45 anos — e os Estados Unidos, para apenas dez anos. Em sua ­avaliação, o século 21 ­marcará o fim do período ­histórico de queima de petróleo como combustível.
http://www.guarulhosnoticias.com.br/portal/wa_upload/image/1647_senador-cristovam-buarque1.jpg
— O Brasil descobriu o pré-sal quando no mundo as reservas declinam. O que devemos fazer? Utilizar as três Forças conjuntamente para garantir poder de dissuasão sobre toda essa área e defender a soberania e a integridade do país. É comum ouvir que não há necessidade de recursos para as Forças Armadas, pois estamos no Atlântico Sul, o lugar mais tranquilo do planeta. Há certa verdade nisso, mas o erro é o foco. A ameaça vem da linha do Equador para cima — alertou Rosental (primeiro a esquerda na foto abaixo em que aparece ao lado dos coroneis
Ramos,ao centro  e Heleno, á direita. O coronel Ramos retornou ao Brasil em junho último,após servir por dois anos em Israel como adido militar, tendo assumido agora a importante comissão de Chefe do Estado Maior da Brigada de Infantaria Paraquedista na Vila Militar, uma das unidades de elite do Exército Brasileiro).

PROF. SIMON ROSENTAL DA ESG, COM OS CORONÉIS RAMOS E HELENO.





Área sensível

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O presidente da Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate, ­brigadeiro do ar Carlos de Almeida Baptista Junior (na direita da foto acima, com o ex-presidente Lula), afirmou que a região onde estão localizadas as reservas do pré-sal será uma "área sensível" do território brasileiro, pois o país precisará estar preparado para garantir "pronta resposta" a qualquer ameaça externa. Ele informou que será montado para a região um moderno sistema de controle de tráfego aéreo e disse que aguarda "com ansiedade" a decisão final do governo a respeito da compra dos novos caças para a Força Aérea Brasileira (FAB).
http://www.guiadacarreira.com.br/wp-content/uploads/2009/09/mapa-pre-sal.png
— O pré-sal é e será ponto de cobiça. Trata-se de uma riqueza que precisa ser defendida, por isso a dissuasão deve ser permanente — observou Baptista.
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Cristovam observou que, se os investimentos para defesa dos recursos do pré-sal forem maiores do que os previstos para a defesa do país, isso deve ser feito com recursos provenientes dessas próprias riquezas e "não da nação brasileira como um todo". 

https://lh4.googleusercontent.com/_eYBPgnXGRSI/TYPI0D5QaBI/AAAAAAAACzk/dmoO2uTl3pA/obamapresal.jpg
Do jeito que esta....

Ana Amélia (PP-RS) ressaltou a necessidade de uma atenção especial à defesa da Amazônia, apesar da ênfase atual à região onde se encontram as jazidas de petróleo.



Fonte: Jornal do Senado

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